Capítulo 23

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Isabela não sabia o que fazer, Charles lhe oferecia o braço, mas olhou para trás procurando por John, que os encarava com raiva. Charles ainda sorria daquele jeito doce que ela tanto amava e aceitou seu braço.

- Você deveria parar de provocar seu irmão, ela disse.
Ele olhou para trás e sorriu ao ver John cerrar os punhos.
- Você sabe que só quero seu bem.
- Eu sei, sempre soube, ela respondeu abaixando os olhos se sentindo muito cansada.
Se dirigiram para seus lugares e ficaram em silêncio enquanto o primeiro prato era servido. Charles engatou uma conversa com a Mãe, enquanto John a encarava seriamente. Tentou desviar os olhos e conversar com a irmã que estava próxima mas não adiantou, sentia seu olhar queimando seu corpo. Já ia pedir licença e se levantar, quando a sua tia disse.
- Tive uma ideia incrivel, que tal irmos para a casa Somerset e passar alguns dias por lá? O tempo está firme esses dias e faríamos uma pausa da temporada.
- Adorei a ideia Carol, disse Helena sorrindo para Addam, acho que estamos precisando de uns dias de descanso.
Isa olhou para sua mãe que ainda sorria, e depois para seu pai que sorria de volta ( nada fora do comum), então olhou para John que encarava a mãe, e depois para Charles que encarava John. Sentiu um aperto no peito, como conseguiria ficar no.mesmo espaço que John e Charles naquelr momento? Não conseguiria, não, não agora.
- Com licença, disse ela se levantando de repente e praticamente correu para fora da sala. Dessa vez John foi mais rápido e se levantou também indo atrás dela.
Saiu pelo corredor a procurando, mas não a viu. Tinham tantos cômodos ali demoraria uma eternidade para encontra-la, então se lembrou que ela costumava se esconder na sala de desenho. Foi até a porta do cômodo e entrou, ela estava com os braços cruzados olhando pela grande janela. A Luz da lua e uma vela refletiam nos brilhos de seu vestido, a fazendo brilhar. Parecia algo surreal, uma pintura que ganhava vida. Ela percebeu que ele estava na sala e virou o rosto pálido, iluminado apenas pela pouca luz em sua direção.
- Não sei se tomamos uma boa decisão,  ela disse o encarando, temos ideias diferentes de companheirismo no casamento.
Ele se aproximou um pouco e disse:
- Não aconteceu daquela forma que foi dita no jornal. Se tivesse me recebido, já teríamos superado isso.
- Será? Não consigo ter certeza disso.
Ele se aproximou mais um pouco e continuou.
- Me esqueci completamente de McKenna, mas quando fui viajar, quis deixar nossa relação definida, terminada. Mas não a encontrei, então, a primeira coisa que quis fazer quando voltei, foi resolver isso, de uma vez. Mas claro que ela fez um teatro e me atrasei, quando cheguei em casa para me trocar e ir te ver, tudo estava um caos, empregados doentes e outros se demitindo. Demorei o restante do dia para resolver tudo. E quando tomava café para ir te ver, vi aquela coluna idiota. Em cada passo que dei só pensava em você e em como só queria te tocar.
Quebrou todo o espaço e a segurou pela nuca a fazendo gemer baixinho e virar o pescoço para lhe dar acesso.
Ele aproveitou e beijou a pele nua.
- Não sei se isso é suficiente... Ela sussurrou.
- Deixe-me provar a você... Ele falou e depois  Lambendo levemente o local antes beijado, ele continuou. Pode nos dar uma chance? Ele se afastou um pouco e a olhou nos olhos esperando a resposta.

Uma escolha e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora