𝕽𝖊𝖊𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖔

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                            𝕸𝖎𝖈𝖍𝖆𝖊𝖑

Clarisse me empurrou pelo portal.

Ela me salvou.

E eu a deixei sozinha.

Tentei agarrar sua mão para que ela viesse junto comigo, mas não consegui. Senti minhas costas bateram contra o chão duro, mas a dor daquele impacto era mínima comparada a culpa de ter deixado minha sobrinha que acabei de conhecer em uma situação daquelas.
Eu quem deveria estar lá.

Eu sou o culpado.

Deveria ter sido mais educado com Mamon.

Deveria parado a adaga dela.

Deveria não ter vindo aqui.

Meu irmão vai me matar.

Quando volto a mim me vejo rodeado por guardas de Lúcifer apontando armas de fogo e espadas para mim. Até que ele em pessoa aparece com uma expressão séria e braços cruzados esperando que eu de algum sinal de que sou eu mesmo e não alguém com o meu corpo.

─Ela ficou. Não consegui puxar ela.

Vejo a expressão de Lúcifer ir de fria para de ódio em poucos segundos. Ele me pegou pela gola de minha camisa me levantando.

─ O que você fez? ─ a voz dele saia arrastada de tanto ódio, seus olhos começavam a emanar uma luz vermelha.

─ Mamon estava descontrolado. Eu não consegui dizer quase nada quando ele mandou os guardas nos atacarem. Ela tomou a frente da batalha e chamou a atenção dele quando ela o atacou. Mamon pareceu descobrir quem era ela e deu ordens para que seus soldados a pegassem a qualquer custo. Eu juro que tentei puxa-la comigo, mas...─ Uma dor forte no meu rosto e o gosto de sangue que surgiu em minha boca.

Ele havia me dado um soco.

─ Eu confiei em você, Michael. Você disse que me ajudaria e me fez perder a última coisa que eu tinha. ─ Os olhos dele estavam negros e ele cuspia aquelas palavras.

─ Irmão eu tentei pega-la mas falhei.... Nunca a deixaria para trás. Eu posso ficar e ajudar nas buscas.

─ Pra fazer mais merda? Vai ser o que agora? Destruir meu castelo e me entregar em uma bandeja pra Mamon? Saia daqui. ─ Ele me dava as costas.

─ E a cura? Você me prometeu.

Ele vinha em minha direção e parava na minha frente com certeza se controlando para não me bater de novo.

─ Você ainda tem coragem de me pedir algo, Michael? ─ Podia sentir o calor do ódio dele.

─ Pessoas estão morrendo. Por isso eu...

─ Foda-se. ─ Todos os soldados que estavam a nossa volta se entre olharam espantados. ─ Saia de meu reino agora.

Eu estava me sentindo um merda por ter deixado Clary lá e agora tudo piorava por eu não conseguir o medicamento. O estado em que meu irmão estava era completamente compreensível em um mês fariam 340 anos que Catherine morreu e que Clarisse nasceu, essa data era um misto de alegria e dor no peito dele. Mesmo depois de todos esses anos ele não havia esquecido um dia se quer da mulher que ele amou e creio que sempre irá amar. E agora, por minha causa, ele havia perdido a filha dele. Que merda de irmão que eu sou.

Eu conjurei um portal e voltei para Coelum. Não tinha cara de voltar sem a cura, na verdade, não tinha cabeça para enfrentar nada naquele momento. Me enfiei no primeiro hotel que achei próximo de onde eu estava e fiquei por lá por dois dias, sem conseguir dormir, sem conseguir comer, sem ter coragem de enfrentar tudo aquilo.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora