𝕮𝖚𝖗𝖆

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𝒞𝓁𝒶𝓇𝒾𝓈𝓈ℯ

─ Puta merda. ─ Noah levava a mão a boca enquanto eu mostrava minhas descobertas.

─ Como deixamos tudo isso passa? Quem é o responsável por isso? ─ Michael quase amassava as folhas de tanta raiva,

─ Quem você acha? Pietra! Ou você se esqueceu que o pai dela colocou ela lá de algum jeito? Nem formação ela tem...

─ Vocês poderiam ter visto muitas pessoas morrem por causa dela. Eu notei que vocês não tentaram usar nenhum feitiço.

─ A Pietra é contra o uso de magia no hospital então ela convenceu a todos a não usarem. ─ O príncipe revirava os olhos.

─ Ela é a chefe? ─ Perguntava tentando me arrumar melhor na cama.

─ Eu quem sou. ─ Ele respondia.

─ E por que você deixa ela dar ordens?

─ Ela é filha de Carmak, mexer com ela é mexer com o papai dela e como consequência a Rainha acaba se dando mal. ─ Meu tio responde calmo.

─ Bom, vocês tem que salvar vidas e por causa da incompetência dela entupiram essas pessoas de medicamentos. Um feitiço resolve isso rápido os pacientes só terão que cuidar de no máximo 4 pontos depois.

─ Pontos? ─ Os dois diziam ao mesmo tempo.

─ Sim, um pequeno corte tem que ser feito em um dos braços para retirar a seja lá o que for e vai sair como uma gosma. É simples, só se concentrar em tudo que não fizer parte da composição orgânica da pessoa, tudo que for de fora, inclusive o medicamento que vocês deram, deixe o organismo limpo. Não recitar nada porém, seria bom ter ajuda de mais algumas pessoas, mesmo sendo simples o processo é bem doloroso e vai fazer com que a pessoa se debata muito.

─ Eu vou pro hospital agora, você fica ai e cuida dela. ─ Noah se levantava pegava sua mochila e jogava todos os papéis dentro dela menos os com as minhas anotações. ─ Você é demais. ─ Ele veio até mim e deu um beijo na bochecha me deixando sem reação e eu sentia meu rosto queimar.

─ É... Noah? ─ Ele parou na porta e me olhava sorrindo ─ Separa uma amostra da substancia e analisa, eu acredito que esteja na água. ─ Balançou a cabeça em afirmação e foi embora.

─ Clary? ─ Meu tio me chamava a atenção ─ Você fica uma gracinha envergonhada.

─ Que? Envergonhada? Eu? Até parece. ─ Eu estava envergonhada.

─ Ta bom, tomate. Vou pegar algo para você comer.

Passei a tarde com meu tio e conversamos sobre nossas vidas. Ele me explicou que os anjos eram responsáveis por ajudar os humanos com os avanços dando dica a eles e algumas ideias mas, na maioria das vezes, eles usavam essas informações para se prejudicaram ao invés de se ajudarem. Se Deus os tivesse feitos menos parecidos conosco, talvez eles fossem melhores que nós e vivessem em paz. Michael me contou sobre as inúmeras vezes em que foi a terra para ajudar os humanos com pesquisas de medicamentos e tratamentos para doenças mas eram proibidos de ensinar magia a eles e o motivo ele não quis me contar.

A noite caiu tão rápido enquanto nós conversávamos que nem sentimos as horas passarem. Estávamos falando sobre a Rainha Lana a algum tempo e pude notar como ele falava com carinho sobre ela e era justamente esse carinho que não me fazia cansar do assunto. Ela parecia ser uma governante boa porém estava tendo algumas atitudes estranhas ultimamente, primeiro criou um parlamento que decidia tudo sem questionar a ela, todos os integrantes eram homens extremamente poderosos, donos de grandes industriais, empresários e donos de sobrenomes com peso muito grande em nosso mundo. Lana simplesmente permitia que eles tomassem atitudes que são contra as ideias dela e prejudicavam muito as pessoas mais humildes e até ao meu Reino (que dependia da tecnologia dos Anjos para algumas coisas), uma das coisas mais estranhas era o descarte de lixo industrial próximo a rios que abasteciam a cidade coisa que, segundo Michael, ela nunca permitia já que tinha uma ligação muito forte com a natureza.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora