𝕭𝖆𝖓𝖖𝖚𝖊𝖙𝖊 𝖕𝖆𝖗𝖙. 2

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                           𝕮𝖑𝖆𝖗𝖎𝖘𝖘𝖊

A ansiedade em conhecer a mulher que podia me ajudar a vencer a guerra e querendo ou não, mãe do rapaz por quem eu estava apaixonada me deixava com as mãos suando.

As enormes portas finalmente se abriram e ela entrou no salão me deixando boquiaberta com sua beleza. Sua aparência era de uma mortal com pouco mais 40 anos, seus cabelos castanhos ondulados passavam da altura da lombar, sua pele morena e se destacava ainda mais com o vestido em tom azul marinho com detalhes dourados sem decote mas marcava bem a sua cintura e a saia bufante por ter várias camadas de tecido se arrastava no chão. Sua coroa tinha a estrutura com folhas ouro e cravejada com safiras. Por mais que sua figura estivesse impecável sua expressão era triste e melancólica fazendo com que eu sentisse a enorme tristeza que ela carregava em seu peito, aquilo me fez ter ainda mais vontade de ajuda-la.

Ela adentrou ao salão cumprimentando algumas pessoas, porém seu olhar que transbordava ansiedade e esperança vasculhava todos os cantos do salão em busca dos homens que estavam ao meu lado parados como se estivessem petrificados. Pegue as mãos dos dois anjos e comecei a andar em direção a ela.

─ O que está fazendo? ─ Noah me perguntava.

─ Vocês vão me apresentar a ela agora. ─ Respondi sem olhar ele. Eu só desejava que a agonia daquela mulher acabasse.

Empurrei a todos que estavam no caminho e assim que estávamos próximos a ela os coloquei na minha frente e a notei que um sorriso enorme se formou no rosto da Rainha. Sua felicidade era tão grande que transbordava por seus olhos cor de mel, seu sorriso fez com que eu desse um leve sorriso também. Ela ignorou a todos e abraçou os dois ao mesmo tempo de olhos fechados que retribuíram o abraço apertado a fazendo sorrir ainda mais.

─ Vocês vieram. ─ Ela disse se afastando dos dois, mas com as mãos em seus rostos. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela parecia não acreditar que eles estavam ali. ─ Eu estou tão feliz que atenderam ao meu pedido.

─ Aos dois pedidos, mãe. Voltamos a morar aqui na Capital. ─ Noah respondia.

─ Por Deus! É sério? ─ O sorriso dela aumentou ainda mais.

─ Sim, chegamos hoje. ─ Michael respondia.

─ Isso é maravilhoso! ─ Ela parecia que estava prestes a dar pulinhos de alegria.

─ Eu quero te apresentar a uma pessoa. ─ Noah se virava para mim e me trazia para frente com a mão na minha cintura. ─ Essa é Clarisse, foi ela quem descobriu o real motivo daquelas pessoas estarem doentes e também quem me falou sobre o feitiço de purificação.

─ Majestade. ─ Fazia uma pequena reverência.

─ Então ela também é uma de nossas heroínas? ─ Ela sorria amistosa.

─ Pode se dizer que sim, Majestade. ─ Retribuía o sorriso.

─ Então será um prazer conversar com você. Aliás qual seu sobrenome? ─ Seu tom de voz por mais que fosse amigável fez com que eu sentisse um frio na espinha e me sentisse ameaçada. Eu sempre souber que para os Anjos sobrenomes sempre foram importantes e não poderia dizer meu ali na frente de todos.

─ O banquete será servido. ─ Um homem baixinho com um terno que parecia mais um pinguim anunciava. Salva pela sorte ou melhor... por Deus.

A mesa de mármore branco com mais de 40 lugares estava repleta de comida e tudo aquilo me deixava extremamente desconfortável. Enquanto uns tem tanto a ponto de poderem desperdiçar, uns deixam de comer para conseguirem dar aos seus filhos o que comer. As pessoas não viam o quanto aquilo era inconveniente? Comemorarem por nós concertarmos a merda que eles fizeram? Muitas pessoas poderiam ter morrido pela ambição desses homens a minha volta que estão rindo e fazendo piadas.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora