𝕮𝖑𝖆𝖗𝖎𝖘𝖘𝖊Noah entrou no apartamento como um touro. Ele arranca o comunicador de trás da orelha o jogando no chão enquanto seguia para seu quarto sendo seguido por mim. O barulho estrondoso da porta batendo contra a parede assustou a Michael que deu um pulo do sofá enquanto fechava o livro que lia. Ele falava comigo procurando saber o que havia acontecido, mas o ignorei indo atrás do príncipe com passos tão fortes que pareciam que fariam o chão rachar.
O segui até o seu quarto e quando ele ia bater à porta a empurrei de volta com meu corpo em seguida jogando o rapaz para traz fechando atrás de mim com trinco. Noah respirava pesadamente enquanto uma veia saltava em sua testa e além de poder ver, também podia sentir sua raiva e tinha certeza que ele podia sentir a minha. Tirei meu comunicador sentido novamente o pequeno choque e coloquei o pequeno bastão metálico em cima da cômoda.
─ Que porra é essa, Noah? Porque está agindo assim? ─ Eu estava gritando com tanta raiva que sentia minha garganta arranjar e não me importava nem um pouco com Michael e Nate que com certeza estavam ouvindo.
─ Você beijou ele, Clarisse!! ─ Seu grito era tão alto quanto o meu.
─ Ele ia ver o Nate! Queria que eu fizesse o que? Deixasse com que ele descobrisse que o filho supostamente morto a sessenta anos está vivinho da silva?
─ Pensasse em outra coisa! Fizesse outra coisa! Mas não! Tinha que ser a porra de um caralho de um beijo! ─ Noah se sentava na cama levando as mãos ao rosto se sentando na cama. ─ Caralho, você podia ter feito outra coisa...
Vê-lo daquela forma fez meu coração se partir.... Eu realmente poderia ter feito outra coisa, mas não consegui pensar em nada, fiquei desesperada e agi por impulso.
Ajoelhei-me em frente a ele afastando suas mãos de seu rosto fazendo com que ele me olhasse. Seus olhos dourados estavam cheios de lágrimas e toda aquela raiva que ele emanava anteriormente se transformou em tristeza. Noah tentou desviar o olhar de mim e fingir que ainda estava irritado tentando fazer com que as lágrimas acumuladas não escorressem.
Aqueles olhos os quais eu era tão fascinada agora estavam trasbordando tristeza e por minha causa...
─ Me desculpe... ─ Era a única coisa a qual eu consegui falar enquanto passava a mão por seu rosto podendo sentir sua barba que já começava a crescer novamente.
Um sentimento horrível de culpa fazia com que meu coração que já estava partido agora de esmagasse me fazendo sentir a pior criatura já criada por fazê-lo ficar daquela forma.
─ Me desculpe também, eu surtei. ─ Noah me puxava para sentar na cama ao seu lado. Sua expressão ia para raiva novamente. ─ Sei que sua posição não era nem um pouco favorável naquele momento, mas ver você beijando aquele verme foi a pior coisa que já vi. Foi uma tortura. ─ Ele levava a mão ao rosto novamente suspirando fundo.
─Ei. ─Noah afastava as mãos do rosto e me olhava ainda tristonho. ─ O único anjo que eu quero beijar é você.
Aproximei-me dele e comecei a beija-lo lentamente. Seguimos naquele ritmo até que ele me empurrasse fazendo com que eu me deitasse na cama e se colocou em cima de mim me encarando com uma expressão séria.
─ Se aquele filho da puta ficar de gracinha com você depois do que aconteceu hoje...
─ Te dou cobertura para espancar ele. ─ Sorria enquanto o puxava pelo pescoço para voltar a beija-lo.
O toque dele, o beijo, o cheiro.... Tudo era extremamente viciante para mim.
Ele parecia ser feito sobre medida para mim.
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A Princesa de Inferis
AventuraDestino. Uma sequência de situações invitáveis que conduz a ordem da vida e de todo o universo ou, simplesmente, a vontade de Deus. Após milênios de banimento, Lúcifer foi convocado por Deus para ajudar a humanidade durante a Idade das Trevas ensina...