𝕻𝖗𝖔𝖒𝖊𝖘𝖘𝖆

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                            𝕮𝖑𝖆𝖗𝖎𝖘𝖘𝖊

Já era noite quando eu retornava de mais uma missão a qual meu pai me enviará.

Antes de ir para dentro do Castelo, parei em uma bica que havia nos jardins já que, meus braços, mãos e rosto estavam completamente sujos de sangue.

Eu havia perdido o controle pela primeira vez.

Usei minha próprias mãos para lidar com a situação.

Eles haviam visto o que eu sou.

Me chamaram de aberração.

Aqueles que eu tanto queria ajudar ficaram com medo de mim.

Aqueles homens iriam fazer mal a uma menininha... Como podiam ser tão cruéis?

Olha só quem fala, a mulher que matou a todos os 30 soldados bem armados na base do soco.

Minhas mãos estavam em carne viva mas minha regeneração daria conta disso rapidamente, era só questão de tempo.

Depois de terminar de me limpar, arrumei meu cabelo e decidi deixar para limpar minha moto amanhã de manhã, ela estava tão suja quanto eu mas podia esperar, meu pai não.

Abaixei as mangas do meu uniforme e arrumei meu cabelo, entrei na cozinha pela porta de serviço passava despercebida por todas as cozinheiras, como sempre.

Me aproveitando da distração delas com suas conversas paralelas sobre a vida de pessoas no castelo me deixavam ainda mais invisível. Aproveitei a oportunidade para roubar uma maçã de uma fruteira e continuei meu caminho a devorando até a sala que meu pai costumava sempre me esperar após as missões.

O Castelo no qual eu cresci sempre foi lindo e majestoso, preto, cinza e dourado dominavam a decoração que meu pai fazia questão que fosse o mais gótico possível e aquela decoração sempre me encantou.

Estátuas de anjos, castiçais luxuosos, vidraçarias com desenhos majestosos... O bom gosto de meu pai era impressionante e tudo tão impecável, tão perfeito que eu poderia ficar horas andando pelo Castelo só apreciando a beleza do local.

Quando cheguei notei que a porta do escritório de meu pai estava entre aberta e aquele era o sinal que ele dava quando estava com alguém.

Bato na porta e entro fazendo uma reverência seguindo nosso combinado de fingir não ser uma princesa.

─ Com licença Majestade, retornei de minha missão. Consegui conter o avanço dos homens de Mamon a que divisa de nossos reinos. ─ Minha voz e postura eram sérias.

Meu pai estava sentado em sua cadeira, com sua postura imponente. Ele usava um terno vinho com forro preto de alta costura e feito sobre medida, uma camisa preta por baixo e calças da mesma cor do terno.

Era impressionante como eu era a versão feminina dele, para ser mais exata, a cópia dele. Pele morena, cabelo castanho e cacheado que ia até o meio de minha costas que sempre estava preso em um coque por conta da minha rotina.

Por precaução, além do uniforme quente de couro que eu sempre usava, também tinha uma máscara de metal retorcido que deixava apenas meus olhos ficavam a mostra, já que eles eram nossa única diferença, já que os meus eram castanhos e os dele verdes.

Ele estava na companhia de um homem que eu não conhecia.

O desconhecido não parecia ser daqui por conta se suas roupas claras (aqui em Inferis, roupas escuras eram nossa marca registrada) e para piorar minha curiosidade, era extremamente parecido com meu pai, ambos altos, fortes, de pele morena, cabelos castanhos e olhos verdes, única diferença é que o tal homem possuía o cabelo um pouco maior e dava pra ver a curvatura de seu cabelo que era bem semelhante a minha.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora