𝕲𝖔𝖘𝖙𝖔 𝕬𝖒𝖆𝖗𝖌𝖔

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                                                                                                   ℑ𝔫𝔣𝔢𝔯𝔦𝔰

Assoviei com força chamando a atenção de Lilith que fez sinal para que eu esperasse um pouco já que dava as últimas instruções para o motorista do ônibus que fechava a porta seguindo pela estrada. Entrei na lanchonete a qual estávamos usando como um QG improvisado e a observava pela janela da mesa a qual eu estava sentado limpando as peças de meu rifle, um Mauser SR 93, e pude vê-la fazer sinal para as duas soldadas que estavam ao seu lado, cada uma foi para um lado da rua se colocando atrás de duas arvores grossas e em sincronia, chutaram o tronco com tamanha força que as mesmas caíram no chão formando uma barricada.

Impressionei-me com aquela cena, porém voltei a focar em terminar de montar meu rifle. Enquanto elas caminhavam em minha direção, encaixava a luneta de precisão em meu rifle e o analisei uma última vez para ver se estava tudo certo. Quando me convenci de que as peças estavam firmes o coloquei em cima da mesa ao lado do mapa da cidade.

— Qual o plano? — Lilith puxava a cadeira se sentando a minha frente colocando os pés em cima da mesa fuzil ao lado da minha arma.

— Primeiro tira a pata. — Empurrava os pés dela enquanto fazia sinal para os outros soldados se aproximarem.

— Ah, qual é, Caim... — Ela me olhou de cara feia e se arrumou a cadeira.

— Todos prestem bem atenção. — Falava olhando ao me redor e notei que todos prestavam atenção em mim. Levantei-me e comecei a falar usando um tom firme. — Aparentemente um comboio com seis carros está vindo pra cá, são no mínimo vinte homens então será uma luta justa em números. Grupos 3 e 4 que ficaram responsáveis por fizeram as barricadas, cumpriam a tarefa?

— Sim senhor. — Respondeu o rapaz. — E nossas irmãs do Grupo 2 bloquearam a via principal após a saída do ônibus.

— Ótimo. Eles serão obrigados a largar os carros na entrada e seguir a pé, com as barricadas serão obrigados a seguirem até esse parque. — Eu apontava o trajeto no mapa. — Grupo 2 e 3 irão posicionar-se no parque nos arbustos, aproveitem da vegetação. Grupo 4 irá se posicionar na retaguarda dos inimigos, a sul do parque, grupo 5 a frente, a norte do parque. E nós, grupo 1, ficaremos em cima dos prédios em ao redor do parque. — Apontei para 5 prédios ao redor do parque. — Sem pontos cegos. — Voltei meu olhar ao grupo. — Assim que eles chegarem ao parque Lilith irá prender o máximo deles que puder com as raízes e acabamos com ele. Vamos fazer isso de forma rápida para podermos voltar ao reino. Entenderam?

— Sim, Comandante! — Todos responderam em uníssono.

— Ótimo. Sairemos em 5 minutos. — O grupo se dispersou se preparando para a saída, porém Lilith se manteve séria sentada a mesa com uma expressão pensativa.
— Que cara é essa, serpente? — Dei a volta na mesa me apoiando ao lado dela que enrolava uma mecha de seu cabelo liso e preto em um dos dedos.

— E pensar que somente nossa menina seria suficiente para lidar com isso.... Agora temos que mobilizar mais de 20 soldados. — Ela prendia o cabelo em um rabo de cavalo.

— Muita coisa mudou Lili... E muita coisa ainda vai mudar... — Peguei o fuzil dela que estava atrás de mim e entreguei a ela que pegou com delicadeza. — Do jeito que as coisas andam capaz de até a Clarisse precisar de um esquadrão e do mesmo nível que ela. Sabemos que os Reis vão começar a pegar pesado e nossa melhor opção é pensem que ela está em Inferis.

— Esse plano vai dar certo, Caim? — Ela passava a bandoleira pelo pescoço.
— Qual foi, Serpente? Confia mas nas minhas estratégias não? — Sorria debochado.
— Se eu não confiasse nem me arriscava a vir. Só pressentimento ruim... Uma angustia... — Ela colocava a mão em seu peito e fazia uma expressão de quase dor.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora