𝕹𝖆𝖙𝖊

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         ᴀᴛᴇɴᴄ̧ᴀ̃ᴏ

ᴇssᴇ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴄᴏɴᴛᴇ́ᴍ ɢᴀᴛɪʟʜᴏs sᴏʙʀᴇ sᴜɪᴄɪ́ᴅɪᴏ ᴇ ᴇsᴛᴜᴘʀᴏ ᴀʟᴇ́ᴍ ᴅᴇ ᴄᴇɴᴀ ᴅᴇ ᴛᴏʀᴛᴜʀᴀ.

Sessenta anos antes.

Abri os olhos e respirei fundo sentindo o ar extremamente gelado encher meus pulmões, provavelmente estava nevando. Confirmei minhas suspeitas olhando para a janela e vendo os pequenos flocos de neve caído sobre as soleiras formando montinhos sobre a mesma.

Me sentei na cama, suspirando e passando a mão por meus cabelos, me permiti olhar um pouco mais a neve cair antes de me levantar caminhando lentamente até a porta que levava para uma pequena sacada a qual abri permitindo com que o vento congelante batesse contra meu rosto.

Eu amo o frio, amo a neve e o clima não poderia ser outro no dia da minha morte.

Nós, integrantes da família Latorem Vero, possuímos o dom da verdade, somos chamados de Reveladores, porém, há dois tipos, Relevadores do Oculto e Reveladores de Destino. Meu pai e minha irmã são Reveladores do Oculto, capazes de fazerem as pessoas contarem suas verdades mais secretas, como um soro da verdade ambulante, já eu, sou um Revelador de Destino, uma espécie de vidente, profeta.

O destino é algo incerto e instável, muda a cada segundo, a cada folha que cai de uma árvore, a cada pessoa que cruza uma esquina, e por mais que ele seja incerto, certas situações são inevitáveis, e são essas situações que prevejo.

A dois anos tive a previsão que era apunhalado no peito. Na época pensei ser apenas um sonho ruim, um pesadelo..., mas quando descobri acidentalmente que meu pai conspirou contra a Rainha para ser nomeado como Primeiro Ministro, soube que aquilo não era apenas um sonho.

Após algum tempo investigando, descobri que Mamon desejava usurpar o trono de Lúcifer e a Rainha seria uma enorme pedra em seu caminho. Meu pai se aliou a ele e conseguiu se aproximar lentamente de a Rainha até ganhar sua confiança para poder ficar a sós com ela. Ele usou seus poderes e a fez revelar algum segredo o qual usou para manipula-la. Só sei que esse segredo tem haver com Noah e seu verdadeiro pai, que pelo que entendi, não sabe da existência do filho.

Minha mãe, Janna Wind, suspeitou das atitudes de meu pai com Lana e o tempo ambos passavam juntos, ela pensava que eles estavam tendo um caso e acabou descobrindo todo plano de meu pai.

Ela tentou convencê-lo a deixar toda essa loucura de lado, mas meu pai estava completamente dominado pela ganância e foi então que ele quebrou as assas de minha mãe e a jogou da cobertura do prédio onde morávamos, enquanto eu e minha irmã dormíamos.

Ele subornou todos os envolvidos na investigação da morte de minha mãe para que o laudo da morte fosse acidental.... Ela bebeu demais e por isso não conseguiu usar suas assar caindo 40 andares. No dia seguinte, viemos para esta mansão e ele agiu como se nada tivesse acontecido assim como Pietra que parecia sempre estar com medo de nosso pai e com razão.

Ele passou a desconfiar de minhas atitudes, de meus olhares e um dia me encurralou me obrigando a dizer a verdade. Carmak agiu como se sofresse pelo que fez, chegou a chorar enquanto falava que minha mãe havia tentado agredi-lo enquanto estava bêbada achando que Lana e ele tinham um caso e somente se defendeu a empurrando para trás que acabou caindo da janela. Eu fingi estar chocado com aquilo, mas por dentro eu só sentia raiva. Minha mãe era completamente pacífica, tinha pena de todos dos seres, nunca levantou a mão para ninguém e odiava beber. Eu o abracei aproveitando que não estava mais sobre influência de seus poderes o "consolei" dizendo que o entendia, que não o culpava pela morte dela... Foi um acidente.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora