𝕽𝖊𝖓𝖉𝖎𝖉𝖆

277 188 17
                                    


                           𝕮𝖑𝖆𝖗𝖎𝖘𝖘𝖊

Me sentava no banco de trás do carro cruzando os braços e com cara de poucos amigos. Ainda não havia concordando com a ideia de que teria que ir naquele banquete. Noah se sentava no banco do motorista e Michael no banco do passageiro.

─ Você tem que entender que tem um trunfo nas mãos que é a cura e vai poder usar isso como desculpa para poder andar conosco e não ter a desconfiança parlamentares, mas eles precisam saber quem é você. Já com a Lana será mais simples já que você é minha sobrinha, filha do Luci, aquilo tudo que já falei... ─ Michael afivelava o cinto e fazia sinal para que eu fizesse o mesmo.

─ Eu já entendi essa parte, só não estou confortável em ter que me arrumar e ficar cercada por pessoas, não estou acostumada com isso.

─ Realmente essa parte é um saco. ─ Noah dizia dando partida no carro. ─ Mas podemos ficar num canto falando mal deles enquanto esperamos pela minha mãe. ─ Ele sorriu de lado e retribui. Por mais que ele estivesse sorrindo eu sentia que algo o incomodava naquela ida para a Capital.

Nossa viagem até a Capital não demorou muito, cerca de uma hora no máximo. A diferença entre o local que estávamos para este era gritante, prédios com estilo moderno tinham tantos andares que a vista não alcançava, grandes avenidas cheias de carros e pessoas tão apressadas e focada em seus telefones que nem notavam a existência daquele ao seu lado. A vida aqui parecia ser fria, egoísta e voltada completamente a quem conseguia passar por cima do outro e essa sensação tão familiar me fez sentir em casa, me trazendo a realidade novamente sobre como o universo era. Minhas férias estavam prestes a acabar.

Chegamos a frente de um prédio que pelas enormes varandas deduzi que fosse residencial, estacionamos na garagem e saímos do carro. Os dois pegaram suas mochilas que estavam no porta malas e seguimos para o elevador que me deixou impressionada pela quantidade de botões de andares que haviam, creio que eram mais de 40. Michael pressionou o botão 18° andar, chegando lá havia apenas uma grande porta de madeira solitária em um pequeno corredor que o príncipe abriu inserindo um cartão prateado em uma leitora ao lado da porta.

─ Olha, tem anos que não venho aqui então deve estar uma bagunça e antes que você ache que estou ostentando o dinheiro da realeza. ─ Noah falava olhando para mim. ─ Isso foi um presente da minha mãe quando eu fiz 350 anos e estava decidido a sair do Castelo que fica a 15 minutos de carro daqui tudo foi escolhido por ela por isso é um pouco além da conta. ─ E era mesmo. Assim que ele nos deu passagem pude ver o enorme apartamento, tudo que fazia parte da mobília tinha aparência de ter custado uma pequena fortuna. A decoração moderna predominantemente branca com detalhes em cinza, preto, bege e em madeira deixavam o lugar aconchegante e o teto alto deixava o lugar mais arejado. ─ Vou mostrar os quartos.

Passamos pela enorme sala integrada com a cozinha e viramos em um corredor a direita onde haviam 4 portas, Michael entrou na primeira e Noah me disse para ficar com o quarto da segunda porta. O quarto era lindo havia uma enorme cama em seu centro, ao lado direito, perto da porta do closet (que era enorme) havia uma pequena estante com livros e um pequeno sofá ao seu lado, e por fim, a esquerda, havia uma enorme janela com vista para a cidade e para o famoso Castelo Branco da Rainha Lana. O banheiro ficava ao lado do closet além de um chuveiro enorme também havia uma banheira, a bancada onde a pia de metal ficava era de um mármore mais acinzentado e possuía um pequeno vaso com flores artificiais o decorando além do enorme espelho na parede.

Passamos a manhã limpando o apartamento e a melhor parte foi limpar aquela varanda gigantesca por conta da belíssima guerra de sabão que meu tio e o príncipe proporcionaram me arrancando tantas risadas que minha barriga chegou a doer. Só que por alguns instantes não conseguia desviar o olhar do corpo do príncipe que estava marcado por suas roupas molhadas, não imaginava que o corpo dele fosse tão.... Definido. Nós terminamos a limpeza até que rápido e fomos fazer o almoço só que, Noah e eu mais atrapalhávamos Michael que ajudávamos e finalmente, depois de algum tempo, nos sentamos a mesa e começamos a comer.

A Princesa de InferisOnde histórias criam vida. Descubra agora