Capítulo 23

116 11 4
                                    


Deca estava com muita raiva. Afinal, quem ele pensava que era pra lhe dar ordens assim?

Ela foi na frente ainda com passos incertos, mas tinha orgulho suficiente para não aceitar a mão que Luis lhe estendia. Ele podia ser o pai de seu filho, mas de modo algum permitiria que ele mandasse na sua vida.

Já estava quase na porta de casa quando sentiu a vista escurecer e perdeu os sentidos.

Droga! Isso já estava se tornando comum! Mas a sua vida tinha se transformada em uma verdadeira confusão desde seu encontro com Cristian, e parecia que nunca iria melhorar. Não tinha como ficar bem, com a vida seguindo daquele jeito...

Ao ver que ela vacilava, rapidamente Luis a tomou nos braços e a carregou porta à dentro chamando por alguém. Mal a colocou no sofá, entraram vários empregados, entre eles o capataz, que lhe pegou pelos colarinhos querendo uma satisfação do que havia ocorrido. Luis mesmo a contra gosto resolveu explicar em parte o que havia ocorrido.


- Eu sou médico. Meu nome é Dr. Luis, sou amigo de Deca e vim até aqui lhe fazer uma visita. Mas assim que cheguei a encontrei passando mal perto de uma árvore lá atrás, quando vínhamos pra cá ela desmaiou.


- Me desculpe doutor.


- Acho melhor a colocarmos no quarto. – disse já pegando Deca novamente nos braços. O capataz lhe indicou o caminho e assim que entrou perguntou se alguém sabia como entrar em contato com o médico dela.

- O telefone do Dr. Felipe esta nesta agenda ai do lado da cabeceira. A patroa não vem se sentindo muito bem ultimamente e já tivemos que chamar o doutor outras vezes.


Luis pega a agenda e liga para o médico de seu celular mesmo, temendo deixa-la sozinha no quarto.

Dr. Felipe não pareceu muito preocupado com o fato de ela ter desmaiado, apenas pediu que ele ficasse calmo, que chegaria em breve.
Assim que desligou o telefone percebeu que Deca dava indícios de que iria acordar. Sentiu-se aliviado, mas não conseguiu deixar de ficar preocupado. Afinal o eu estaria acontecendo, que doença tão grave poderia ter acometido a Deca.

Ela abriu os olhos ainda muito atordoada, sem noção de onde estava. Pediu um copo d'água. Bebeu-o lentamente, deitou-se e voltou a fechar os olhos.

Luis sentou-se ao seu lado na cama, sentindo-se inútil.
Levou mais alguns minutos até que o Dr. Felipe chegasse. Antes que o médico examinasse Deca, Luis se identificou e contou tudo o que havia ocorrido. Ele quis acompanhar a consulta, mas Dr. Lucas achou melhor ficar sozinho com a paciente pra deixa-la mais a vontade. Teve que concordar.

Depois do que lhe pareceram horas, o médico enfim sai do quarto e sem perder tempo Luis o bombardeia com perguntas. Precisava saber exatamente a extensão da doença de Deca.

Depois de dizer aos empregados que estavam esperando no corredor que a patroa estava bem, o médico voltou a sua atenção para Luis.


- Então finalmente nos conhecemos. Já não era sem tempo!


- Desculpe, mas estou completamente perdido. O que ela tem?

- Calma. Ela esta bem agora. – ele leva Luis pra a sala onde os dois se sentam. – agora me diga exatamente o que vocês conversaram.


- Ainda não conversamos nada. Cheguei aqui e vi que ela ia desmaiar, pulei a cerca lhe ajudei, depois ela me disse que iria me dar o seu telefone pra conversarmos, mas quando estávamos quase dentro de casa ela desmaiou e eu lhe chamei. Isso é tudo o que sei. Tentei falar com a prima dela, a Valéria, mas ela também não me falou nada!

Por InstintoOnde histórias criam vida. Descubra agora