Capítulo 25

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Algumas pessoas (a maioria das leitoras) me perguntaram pq Miguel não chama Maria de mãe, eu não sabia que vcs ficariam tão curiosas com o fato do Miguel não chamar Maria de mãe, e hj vai ser explicado o pq (apesar de que no anterior já ter dado pra ter uma ideia). Bom, espero que gostem, e espero que estejam se cuidando.

Se der, fiquem em casa 😘😘

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“Entenda que ainda que
Queira perdoar-te
Não posso, já não sirvo
Para amar-te
Me golpeastes, me
Jogastes e no chão
Me deixastes e agora
Pede que volte
A ser como antes.

Não me sobram forças para te odiar
Minha alma já não pode ser reparada
Já não sinto, já não vejo
E ainda que tente não acredito,não peça
Que já não posso te querer.”


Reik – Voy A Olvidarte


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Um silêncio tão estrondoso se criou dentro daquela sala, que a mesma se tornara minúscula, quase incapaz de conter aquela verdade, que fora exposta de maneira tão brusca e tão violenta.

— Avisa seu ex marido que ele tá apelando demais. – Entre risos, Estêvão olhava Maria, que não sabia como se portar.

— Eu estou apelando. – Cláudio afirmou, num tom natural, enquanto voltava à sua mesa. – Eu estou apelando, Maria? – Perguntou irônico.

— Por que você fez isso, Cláudio? – Via-se de longe que Maria queria chorar, mas, mais forte que nunca, segurou as lágrimas que insistiam em querer sair, afinal, aquele não era o momento adequado. – Você não tinha esse direito.

— Então quer dizer que... – Estêvão começou, mas foi interrompido por Maria.

— Que o que ele disse é verdade, Miguel... – Respirou fundo. – É seu filho, Estêvão.

O mundo parecia ter sumido do lado de fora, deixando somente aqueles três ali. O silêncio que se formou foi mais curto que o anterior, porém muito mais carregado e tenso. O peso das palavras de Maria pairavam, tirando o ar, já que o mesmo parecia sumir a cada segundo.

— Isso não poder ser verdade – riu, incrédulo – você não pode estar falando sério.

— É – Cláudio jogou as pernas sobre a mesa, numa atitude repleta de sarcasmo – é difícil acreditar, ninguém esperava isso da Santa Maria.

— Estêvão, me deixa explicar. – A mulher, trêmula, foi até seu amado. Em sua voz havia súplica, mas ele não quis saber, a repeliu, sem piedade.

— Explicar o quê? Que você me enganou esse tempo todo? – A voz se encontrava mais alta que o habitual.

— É Maria, acho que ele tá certo.

— Cala a boca, Cláudio! – Berrou, olhando-o com repúdio. – Vamos conversar, Estêvão, vamos resolver isso civilizadamente.

— Eu não quero conversar, não tem o que conversar! Tá mais que claro as coisas aqui. – Ele andava impaciente pela sala, mas voltou até ela, e a olhou dentro dos olhos. – E se ele não falasse – apontou para o rival – quando eu iria ficar sabendo?

— Eu ia te contar, eu só estava esperando o momento certo.

— Que só Deus sabe quando iria acontecer. – Cláudio disse, fingindo roer o canto da unha.

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