Capítulo 28

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"Não quero redescobrir
A minha verdade
Se ela me parece tão mais minha
Quando é nossa

Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?"


Sandy - Morada

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Foi somente Giovana dar o sinal que três rapazes grandes e fortes, e aparentemente mais velhos que ela, surgiram na área da piscina, deixando Fabíola e Jacques de olhos arregalados, e se perguntando o que aquela louca faria.

- Estão preparados, meninos? - Com um sorriso maléfico, Giovana perguntou, e de pronto, os três assentiram.

- O-o que você tá pretendendo fazer, Giovana? - A cara de Fabíola não negava seu amedrontamento. Apesar de ter certeza do que havia perguntado, tinha medo do que a sobrinha lhe responderia.

- Ora titia, tá com medo? - Giovana se achegou à tia, que ainda se encontrava sentada. Jacques permanecia intacto no seu lugar, também um tanto receoso pelo que viria. - Não precisa ficar, eu só quero me divertir com você. - Gargalhou. - Além do mais, temos um acerto de contas, não é?

- Eu não tenho nada contigo, garota! - Gritou. - Sai da minha casa, some daqui, você e esses brutamontes!

- Eu acho melhor baixar o tom, você não tá em condições de exigir nada. Você empurrou minha mãe da escada, e agora ela tá mal no hospital. Ela não pode fazer nada, mas eu tô aqui, e não pretendo deixar barato. Vamos meninos - fitou os olhos nos três, que só estavam aguardando a sua ordem - vamos mostrar a essa aqui com quantos paus se faz uma canoa.

Ao sinal de Giovana, os três rapazes, que mais pareciam armários de tão grandes que eram, saíram de ontem estavam, e seguraram a dona da casa pelos braços, inpossibilando-a de fazer qualquer coisa, deixando, assim, a casa livre para Giovana fazer o que lhe desse na telha.

- Me solta, seus trogloditas! - Fabíola começou a gritar, se debatendo, mas nada adiantou, os três mal se mexiam. - Jaques - olhou o amigo alguns metros dali, com a cara assustada - me ajuda! - Ao som do pedido, Jacques se levantou, mas logo voltou a estaca zero, quando ouviu o grito de Giovana.

- Nem tenta Jacques! Se você se meter, vai acabar sobrando pra você também.

Jacques recuou, não tinha o que fazer, era somente rezar e contar com a sorte.

Giovana entrou e foi seguida pelos amigos que arrastavam Fabíola pelos braços, já que a mesma ainda gritava, se opondo às ordens deles, mas Giovana não estava ligando nem um pouco para o chilique da tia, queria mesmo era colocar seu plano em prática.

- Acho que podemos começar por aqui. - Foi na sala seu ponto de partida. Como haviam combinado, os rapazes colocaram Fabíola sentada no sofá, e ficaram como cães de guarda da mesma, enquanto Giovana se divertia. - Então Fabíola, eu tô sabendo que você é muito ligada a bens matérias, certo? - Fabíola nada respondeu. - É pra responder! - Giovana berrou, encarando-a.

- Sim. - Respondeu indiferente. - Eu não sei o que você pretende fazer, mas será que pode pedir pra esses - olhou os rapazes com desdém - seus amiguinhos desgrudarem de mim?

- Não. -Sorriu. - Hoje as coisas vão acontecer do jeito que você menos gosta, ok? Bom - ela caminhava de um lado ao outro, com pose de madame - esse quadro - parou olhando para o objeto na parede - deve ter custado caro, né. Dez mil, quinze mil? - Fitou a tia. - Seria uma pena se por um descuido, alguém estabanado acabasse com essa belezinha.

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