Miguel estava em casa,pensativo em seu sofá a notícia o pegou muito de surpresa. Precisando pensar ele deixou Maria na casa da sua mãe para poder ter esse tempo e as duas terem um momento juntas. Desolado, enfraquecido, mesmo não tendo o contato que deveria a perda de seu pai o deixou mal...
- ao homem que tentou fazer o seu melhor.
E vira a garrafa de whisky sem piedade. Ele ouve o celular tocar.
- alô?
- Miguel.
- oi mãe, o que foi?
- é a Maria,ela acordou e ficou chorando,ela quer você aqui com ela.
- eu não sei se consigo...
Ele ouve ao fundo.
- papai!!
- diz para ela que eu já estou indo.
Miguel corre para o carro e vai para casa de Rosa, ao chegar,ele corre para dentro.
- ela está lá em cima.
Miguel sobe as escada e entra no quarto que Rosa preparou para ser o de Maria quando ela fosse dormir lá.
- ei meu amor.
- papai...papai
Miguel a pega no colo.
- tudo bem,tudo bem o papai tá aqui com você.
Depois de quase 1 hora,Maria se acalmou.
- tudo bem?
- uhum.
- foi o mesmo pesadelo.
Ela apenas acena com a cabeça.
- tudo bem,o papai vai ficar com você tá.
Miguel a leva até o trocador que Rosa comprou,ele a deita,tira a calça e a fralda molha e joga no lixo. Ele passa um pouco de pomada e joga um pouco de talco,ele pega uma fralda do trocador,levanta as pernas de Maria e passa a fralda por baixo,finaliza colocando as fitas e pondo a calça de volta.
- prontinho,não chora mais não, tá bom eu vou ficar o resto da noite com você.
- tá bom...
Miguel a pega no colo e faz carinho em Maria, Rosa aparece no quarto com uma mamadeira.
- a vovó fez para você querida toma.
- quer que o papai de para você?
- uhum.
Ele pega a mamadeira,ajeita Maria nos braços e começa a dar a mamadeira.
- vamos lá para baixo conversar um pouquinho.
Eles descem as escadas e Miguel se senta no sofá alimentando Maria, ela começa a adormecer. Ela termina de mamar e Miguel a ajeita no seu colo.
- como foi lá no cemitério?
- nada bom,estar lá sendo o único parente dele... Nossa eu não quero passar por isso de novo.
- eu devia ter ido junto.
- não era preciso,mesmo tendo se casado com ele,conhecido ele, não tinha a necessidade de estar lá...
- mas deveria para dar apoio a você.
- e está me dando,as duas,mas como único filho dele eu... Precisava estar lá,mesmo que apenas no adeus...
Lágrimas rolam dos olhos de Miguel. Mesmo tendo deixado de falar com seu pai ah muito tempo, nem Miguel,nem Rosa conseguiram imaginar tamanha triste.
- ele foi um bom pai e um bom marido.
- foi sim,mas eu queria que ele também tivesse sido um bom avô,mas a única pessoa que poderia decidir isso nunca teve um contato com ele.
- acho melhor não contar para ela sobre o avô
- e... Eu passei os últimos 5 anos sem falar a verdade sobre os pais dela,mas o avô...
- deixe que o tempo decida,assim como fez com os pais...
- acho melhor.
Eles ficam na sala durante muito tempo.
- não acha melhor colocá-la na cama?
- é melhor mesmo,estou ficando com os braços doloridos.
Eles sobem as escadas até o quarto e Miguel deita Maria na cama,se vira para sair e sente sua camisa presa,ele olha para trás e Maria estava segurando.
- o que foi? O papai apenas te deitou na cama.
- fica comigo.
- é claro meu amor,sempre.
Miguel pega uma cadeira e se senta ao lado da cama de Maria.
- eu vou voltar para a cama.
- tá, boa noite.
- boa noite.
Rosa volta para seu quarto e Miguel fica observando Maria dormir até ele apagar. Miguel acorda de manhã,Maria não estava na cama, Miguel desce as escadas até a cozinha e encontra Rosa preparando o café da manhã de Maria.
- bom dia...
- bom dia querido.
- bom dia papai.
- conseguiu dormir depois pequena?
- uhum.
Maria estava mais sorridente que o normal.
- por que esse sorrisinho lindo logo cedo pequena?
- nada não.
- vai lavar esse rosto cansado e essas mãos enquanto eu preparo o café.
- não precisa mãe.
- hora deixe de cerimônia.
Miguel caminha até o banheiro e lava as mãos e se olha no espelho,volta para cozinha.
- é por isso que você está toda sorridente.
O rosto de Miguel estava todo rabiscado,cheio de desenhos.
- eu queria saber quando que você iria notar.
As duas começam a rir.
- sua pequena sapeca.
Miguel segura Maria e começa a lhe fazer cócegas,Maria não consegue parar de rir.
- papai... Eu... Vou... Fazer... Xixi...
- eu só vou parar quando acontecer sua sapequinha,sempre vai ter troco por fazer pegadinhas.
E Maria acaba fazendo xixi.
- pronto, agora vamos te trocar e tomar café.
Algum tempo depois,Miguel e Maria já estavam em casa,Miguel estava na cozinha e alguém toca a campainha.
- quem poderia ser?
Miguel atende.
- é o senhor Miguel?
- sim.
- eu fui o advogado que seu pai deixou o testamento.
- eu não estou interessado no que ele deixou.
- mas como protocolo eu tenho que informar sobre os itens,as pessoas para as quais ele deixou os itens e por aí afim.
- muito bem entre.
Em alguns minutos eles estavam sentados no escritório de Miguel.
- por que a garota Maria não está presente?
- como assim.
- seu pai deixou o testamento comigo e nele consta o nome da criança.
- pequena vem cá,por favor.
Maria entra no escritório e senta no colo de Miguel.
- bom então que demos início. Aqui consta as últimas palavras e desejos do senhor Daniel Domingos, para meu filho Miguel,lhe deixo todos os meus bens,minha casa e está carta e peço lhe que não abra e leia enfrente a criança Maria. Para minha neta Maria...
- espera um pouquinho.
- sim?
- posso olhar esse papel?
O advogado entrega o testamento.
- algum problema?
- o que foi papai?
Miguel fica pasmo ao ver o papel e devolve.
- continue.
- pois bem, para minha neta Maria,lhe deixou uma casa de praia em... E está pequena jóia, que seu pai esqueceu quando se foi, guarde a bem, é uma herança de família.
- é isso?
- só está faltando uma coisa,seu pai não deixou seu nome citado como herdeiro dos seus negócios.
- deixe isso para os membros da diretora resolverem e decidirem quem será o próximo dono.
- muito bem. Eu vou ir para comunicar as empresas.
E o advogado sai da casa e vai embora.
- papai?
- sim.
- eu tinha um vovô?
- você promete não ficar igual quando lhe contei sobre seus país?
- sim
E Miguel lhe conta a história desde o começo.
- então o vovô mandou o senhor para mim.
- é... De certa forma.
- legal.
- não está chateada comigo?
- não, o senhor sempre fez o melhor por mim e mesmo tendo escondido essas coisas, sempre foi para me proteger de algo.
- que bebezinha mais compreensiva eu tenho.
Miguel enche Maria de beijinhos.
- posso ficar com a pedra?
- bom... Ele deixou para você.
- tá
E Maria sai do escritório,Miguel olha para a carta,mas não queria ler a guardou dentro da gaveta.
- um dia eu leio ela pai,eu prometo...Continua...
Capítulo um pouco mais curto,mas espero que tenham gostado,desde já peço desculpas pelos erros de ortografia