Capítulo 10

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Acordo puxando o ar e abrindo os olhos, minha respiração volta ao normal aos poucos. Olho ao redor e estava deitada na minha cama.

A porta se abriu e Raziel entrou, ele fechou a mesma.

- Você está bem?- ele senta na cama.

- Vou ficar. Eu...

- Sim, você é um anjo agora. Apenas um anjo, arcanjos e anjos não são tão diferentes quanto parecem. Ambos são poderosos e guerreiros.

- A dor foi horrível.

- Eu sei, poucos passam por essa dor. Mas tanto escolhendo anjo quanto lobo, você ia passar por uma transformação.

- Eu continuo com o mesmo rosto?- Raziel rir fraco.

- Sim Angeline.- ele pega o meu pulso direito e desenfaixa, nele tinha um símbolo que brilhava fraco de cor azulada.- Isso é uma prova que você é um anjo.

- O pior já passou?

- De dor sim, eu e sua mãe vamos te ensinar a voar hoje. Voar é mais fácil que você pensa.

- Vô, será que eu fiz a escolha certa?

- Não sei, mas já está feito. Vamos descer, você dormiu um dia inteiro, precisa comer algo.- Raziel levanta e sai do meu quarto.

Me levantei normal, parece que nada mudou. Vou para frente do espelho e ainda era eu, fecho meus olhos por alguns segundos e quando abro eles estavam um azul vibrante.

Pisco algumas vezes e o azul some dando lugar ao meu castanho normal.

Desço as escadas e encontro todos, eles me perguntam se estou bem e eu respondo que sim.

Meus pais pareciam felizes com a minha decisão, durante o almoço meu pai falava que agora tinha dois anjos na vida dele.

De tarde, meus avôs foram embora ficando apenas Raziel. Avó Beth teve que voltar ao céu antes do meu avô.

Meu pai foi para o escritório resolver assuntos da alcateia.

Eu, minha mãe e Raziel estávamos no quintal atrás da casa.

- Angeline, feche os olhos e pense nas suas asas, pense você com elas.- faço o que ele pede e me imagino com as asas, sinto um vento do meu rosto que me faz abrir os olhos novamente e os dois na minha frente estavam com suas asas.

- São lindas filha.- minha mãe diz, me viro e vejo meu reflexo na porta de vidro.

Eu estava com asas brancas, elas estavam fechadas, arrastavam um pouco no chão e não pesavam nada. Passo a mão nas penas e sinto um leve arrepio.

- Elas não rasgam a blusa?

- Elas "atravessam" a roupa.- Raziel faz aspas com os dedos.

- Filha, segura a minha mão.- minha mãe diz e seguro sua mão.

Ela bate suas asas e saímos do chão indo até às nuvens. Não tinha medo de altura, mas não queria olhar para baixo agora.

- Angeline.- Raziel diz, estávamos no meio das nuvens brancas e o céu azul.- Preste atenção, para voar você precisa controlar as suas asas. Não entre em desespero e não fique com medo, elas não vão deixar você cair. Foque sua mente em algo que te acalme.- olho para a minha mãe.

- Mãe, não.- minha mãe solta a minha mão e eu começo a cair. Grito em desespero, conseguia bater algumas vezes mas não o suficiente.

Respiro fundo tremendo e fecho os olhos, o vento descabelava meu cabelo preso.

Estava quase atingindo o chão quando as asas dão um impulso e abro os olhos, estava a centímetros do chão e as asas batiam.

Olho para cima e dou outro impulso, era uma sensação nova, diferente de tudo. Depois de segundos eu chego a onde os dois estavam.

- Você é rápida.- Raziel diz.- Continue assim, nesse ritmo.- os dois voam para longe e eu sigo eles, o vento batendo no meu rosto, eu tocando as nuvens.

- Isso é incrível!- digo.

- As nuvens fazem a gente ficar invisível, estão ao nosso favor.- minha mãe diz voando ao meu lado.- Minha filha voando junto comigo, nunca imaginei isso.- sorrio.

- Tente me alcançar.- bato as asas mais forte e vou na frente enquanto escuto minha mãe rir.

[...]

Hoje foi o melhor dia da minha vida, eu voei e me teletransportei.

Estava deitada no meu quarto olhando o teto mexendo no colar enquanto processo tudo o que aconteceu hoje, mas escuto batidas na porta.

- Pode entrar.- levanto meu corpo e sento na cama, meus pais entram e sentam na minha cama.

- E aí? Como foi o dia?- meu pai pergunta.

- Foi muito bom, eu ganhei da minha mãe na minha primeira corrida e fui no Japão.- meu pai ri, porque eu parecia uma criança contando.

- Como você dormiu ontem o dia todo, vamos dar o seu presente hoje.- minha mãe da uma caixa.

Tiro o laço e abro a caixa, era material de desenho.

- Obrigada, eu adorei.- abraço meus, vou levar esse material para o internato amanhã.- Eu amo vocês.

- Também te amamos Angeline.- eu pai diz.

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Sim eu vou mudar algumas coisas que eu coloquei no primeiro livro.

A marca no pulso de Katherine e Angeline significam que elas são anjos, todos os anjos tem uma igual.

Muita gente não gostou da roupa da Katherine, então eu decidi que não vai ter roupa diferente. As asas podem atravessar as roupas sem rasgá-las.

Eu estou muito feliz que vocês estão gostando da história, tenho muitas ideias para ela e estou muito feliz escrevendo.

Não vou ficar postando capítulos todos os dias, só estou postando aqueles que eu finalizei.

Bom, acho que por enquanto é só isso.

Marca

Beijos, até o próximo

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Beijos, até o próximo.

A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora