Capítulo 28

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1 ano depois...

- Vamos Angeline.- escuto minha mãe gritando do andar de baixo quando eu estava terminando de ajeitar meu cabelo.

Um ano se passou depois que eu derrotei Lúcifer, passei dois meses na enfermaria curando dos ferimentos causados pela lâmina.

Expliquei tudo para os meus avós e meus pais, Raziel disse que agora ficaria tudo em paz. Lilith governa o inferno agora e é uma boa rainha.

Depois voltei para o internato, Adam pediu Henry em namoro, Lídia está pegando um feiticeiro e Rose arranjou um namorado também.

Senhora Watson me entregou os pertences dos cavaleiros e eu entreguei a Raziel, ele os guardou em um cofre no céu vigiado por guardas. Castiel me visitou as vezes, ele é um bom amigo.

Meus pais não sabiam da morte de Rhys, não contei a eles e nem os meus avós, porque eles não conheciam ele.

Ao meus amigos eu apenas disse que Raphael foi visitar sua família que estava passando por grandes problemas.

Não recebi nenhuma resposta de Lilith durante o ano todo, passei noites chorando e Castiel tentava me consolar mesmo sabendo que era impossível.

Então de umas semanas para cá, eu apenas tenho que aceitar que ele está morto e Lilith não conseguiu.

Estudei o quanto eu pude no internato, tive alguns pesadelos me lembrando do que Lúcifer me fez e tive insônia em muitas das noites.

Hoje era um festival na alcateia que celebrava a primeira lua cheia da primavera. O meu festival preferido e o mais bonito. Depois de amanhã eu iria voltar ao internato.

Levanto da cadeira e me olhei no espelho, meus cabelos estavam soltos com alguns cachos, estava usando um pouco de maquiagem, para esconder minhas olheiras, um batom rosa quase nude.

Usava um macacão preto de alça grossa e com um leve decote em V, usava também uma bota de salto grosso e não tão alta.

Segurei o colar que Rhys me deu, nunca consegui me desapegar dele.

Saio da casa e as ruas estavam iluminadas, a lua cheia brilhava no céu. Arranjos de flores decoravam a alcateia e tinha algumas barraquinhas de comidas e jogos.

Algumas pessoas me cumprimentaram, via algumas crianças correndo e dançando de forma engraçada e isso me fez sorrir.

[...] Coloque a Música

Depois de comer alguns salgados me sentei para ver as pessoas dançando.

Meus pais dançavam de forma lenta no meio da roda de dança, adorava vê-los assim, felizes e apaixonados.

Alguns garotos me convidaram para dançar mas eu neguei, estava ali para aproveitar a leve brisa de primavera e as comidas que eram deliciosas.

Meus pais ainda dançavam quando eu decido ir escolher algo doce para comer, fui na barraca de doces a onde tinha um senhor e uma senhora muito fofos.

- Meu Deus eu não sei qual escolher.- digo olhando os doces, todos estavam com caras deliciosas. A senhora ia falar quando escuto uma voz atrás de mim.

- Se eu fosse você, eu escolheria maçã do amor.- fico sem expressão quando escuto essa voz vindo de trás de mim, me viro.

Ele estava na minha frente, com o cabelo um pouco bagunçado, olhos de íris pretas, mãos nos bolsos das calças pretas e sorrindo sem mostrar os dentes.

- Rhys?- minha fala saiu quase como um sussurro e senti minha visão ficar embaçada por causa das primeiras lágrimas.

- Oi, angel.- ele diz, eu apenas o abraço colocando meus braços envolta da sua nuca. Rhysand envolveu seus braços na minha cintura e colocou seu rosto na curva do meu pescoço. Algumas lágrimas caíram dos meus olhos.- Você não sabe como eu senti sua falta, Angel.

- Digo o mesmo.- minha voz quase falha.

Não nos importávamos se as pessoas estavam vendo mas ficamos minutos naquele abraço. Nos separamos apenas para olhar nossos rostos, ele estava sem machucados, sem nenhum arranhão.

Rhys passou o polegar limpando minhas lágrimas e percebi que ele também derramou algumas.

- Lilith...

- Ela me contou a conversa que vocês tiveram, ela realmente fez de tudo para me salvar. Cheguei na Terra a algumas horas, então eu soube que você estava aqui...- não deixei ele terminar porque eu selei nossos lábios, pedi passagem de língua e o mesmo cedeu. Ele deixou uma de suas mãos na minha bochecha e a outra ainda segurava minha cintura.

Separamos por causa da falta de ar e depois juntamos as testas sorrindo igual bobos.

- Eu te amo Angel.

- Também te amo, Raphael.

- Vou deixar só você me chamar de Rhysand.- da um selinho nos meus lábios.

Rhys se vira para o casal de velhinhos da barraca e pede duas maçãs do amor.

- Duas maçãs para o casal apaixonado.- a velhinha diz entregando a maçã para cada um, nós dois apenas sorrimos.

Enquanto comíamos as maçãs, mostrei a alcateia para Rhys que andava com um dos braços envolta dos meus ombros, via alguns garotos olhando Rhys com inveja ou raiva, sabia que ele estava adorando isso.

- E o seu título de traidor?- digo jogando o que sobrou da maçã fora.

- Lilith tirou, posso ser general de novo, mas não quero voltar para o inferno nem tão cedo.- Rhys também joga fora o resto da sua maçã.- Angel, quer dar um passeio sobre a luz do luar comigo?

- Quero.- meus pais nem vieram falar comigo mas provavelmente alguém já deve ter falado para eles que estou acompanhando um garoto.

Seguro a mão de Rhys e o guio até o quintal de trás da minha casa, que era o único lugar aberto e que não tinha ninguém.

Quando chegamos no quintal, Rhys abriu as asas, se não tivesse a luz forte da lua, eu não teria visto elas. Eram iguais às minhas só que pretas igual ao céu de noite.

Abro as minhas também, Rhys olha para elas e da um sorriso.

- Combinam com você.- ele diz, passando a mão nas penas das minhas asas causando um arrepio da minha espinha.

- As suas também.- ele da um sorriso fraco e eu dou um selar nos seus lábios.

- Pronta?- assenti, ele olha pra cima dando impulso com os joelhos e vai na minha frente.

Voo indo da sua direção, tentando o acompanhar.

Era lindo voar de noite, as estrelas e a lua, sobrevoava sobre o mar de árvores me afastando da alcateia. O vento descabelava um pouco meus cabelos mas eu apenas os deixei para trás.

Quando me toquei, não conseguia ver Rhys. Paro no ar ainda batendo minhas asas e olho para os lados o procurando.

- Buu!- ele aparece na minha frente e segura minha cintura com as duas mãos.

- Filho da puta!- digo pelo susto e Rhys apenas ria.

- Eu te amo Angeline, mais do que tudo.- ele diz e seu olhar recaiu para o meu pescoço.- Você não tirou o colar.

- Não consegui.- digo e Rhys volta a olhar nos meus olhos, ele me da um selar demorado.

- Quer apostar corrida?- diz tirando as mãos da minha cintura.

- Sim!- desvio do Rhys e começo voar muito rápido, escuto sua risada e o bater das suas asas se aproximando.

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Ainda não chegamos no fim.

Pergunta séria agora:
Vocês querem hot?

Até o próximo.

A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora