Epílogo

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Alguns anos depois...

Abro os olhos ouvindo passos se aproximando do quarto a onde eu estava. Sinto uma dor nas costas, lembrei que tinha caído no sono na cadeira.

Rhys aparece se encostando no batente da porta com os braços cruzados, ele abre a boca para falar algo mas eu apenas levanto o meu dedo.

- Nem tente acordar ele.- digo falando baixo e Rhys apenas ri.

Me levanto esticando minhas costas e vou na sua direção, Rhysand me da um selar.

- Sabe que agora é a minha vez né?- olho para o relógio na parede do quarto que marcava quase 3h da manhã.

Rhys colocou as mãos nos meus ombros.

- Vai dormir, qualquer coisa eu te acordo.

- Pelo amor de Deus, deixe essa criança dormindo...- antes de eu terminar de falar escuto um choro vindo do berço, coloco minha cabeça no peito de Rhys que me abraça passando a mão nas minhas costas.

Separo o abraço e nós dois fomos para perto do berço. Pego o bebê com cuidado nos meus braços.

- Shhh, tá tudo bem.- dou leve batidinhas nas suas costas enquanto balançava lentamente. Rhys ficou ao meu lado, colocou a mão no meu ombro esquerdo, depois deu um beijo no topo da minha cabeça.- Não sabia que ia dar tanto trabalho.

- É mais fácil fazer do que criar.- Rhys diz e eu apenas o olho por canto de olho.

O bebê aos poucos para de chorar, depois abre a boca como um bocejo.

- Acho que ele já tem um preferido.- digo vendo ele adormecer nos meus braços.- Ele nunca consegue dormir nos seus braços.

- Eu ainda to pegando o jeito, Angel.

- Nós dois estamos.- digo e depois bocejo, ele tirava muitas noites de sono.

O bebê tinha voltado a dormir, Rhys deu um beijo na cabeça dele e mexeu nos cabelinhos crescendo na mesma.

- Acho que ele vai puxar os seus cabelos.- Rhys diz enquanto eu colocava nosso filho de volta no berço.

- Será que ele vai ter os seus olhos?- pergunto.

- Espero que não.

- E as asas?- falo endireitando minha postura.

- Só vamos saber quando ele crescer.

- Será que vão ser mescladas?

- Não sei.

Nosso filho, pequeno Raphael, era um híbrido de anjo e demônio.

A deusa da lua e Raziel disseram que ele não tinha profecia ou algo do tipo, ele poderia viver calmamente.

- Eu vou dormir, boa sorte.- digo deixando um selinho nos lábios de Rhys e indo para o quarto.

10 anos depois...

- Calma Raphael!- digo ao menino de 10 anos que me puxava para o quintal de trás da casa.

- Você e o papai prometeram que iam me ensinar a voar hoje.- ele diz assim que chegamos no quintal. Rhys já estava lá.

- Sua ideia né?- digo a Rhys.

- Ele também insistiu, além do mais, precisamos saber qual é a cor das asas dele.- Rhys diz bagunçando o cabelo de nossos filho.

- Tá bom.

- O que eu tenho que fazer?- ele diz animado.

- Feche os olhos e imagine elas, imagine você com elas.- Raphael fechou os olhos, nada acontecia e eu já olhava para Rhys nervosa.

Mas então elas surgiram, duas asas e eram lindas, pequenas em comparação das minhas e de Rhys, mas elas cresciam com a idade.

Elas faziam um degrade de branco e preto, começava com branco, depois vinha um cinza misturando as cores e por último o preto.

Me segurei para não chorar.

- Mãe! Pai! Eu tenho asas!- Raphael diz olhando seu reflexo pelo vidro da porta. Rhys me abraçou pelo ombro e deu um beijo na minha testa.- Como eu voo?

- Ele é apresado, puxou a quem?- Rhys diz.

Abro minhas asas e estendo minha mão a Raphael.

- Segura firme.- digo e ele pega na mesma.

Voo com Raphael até o meio das nuvens, ele já batia as suas asas tentando me copiar. O seguro com mais firmeza.

- Filho me escuta, você precisa controlar as suas asas, elas não vão deixar você cair. Não entre em desespero apenas se acalme, qualquer coisa, seu pai está lá embaixo para te pegar.

- Tá.- ele diz e eu não consigo soltar sua mão.- Mãe, pode soltar minha mão.

Dou um beijo na sua testa e solto sua mão, deixando ele cair. Olho para outra direção, tentando não imaginar o pior.

Depois de alguns minutos eu não vejo nenhum sinal dele, já começo a entrar em desespero.

Ia voltar mas Raphael e Rhysand aparecem voando entre as nuvens.

- Mãe isso é muito divertido! Meu pai nem precisou me pegar.- Raphael diz antes de mergulhar em uma nuvem.

Rhys vem na minha direção rindo da minha cara de desespero.

- Você sabia que ele ia conseguir, Angel.

- Mesmo assim, eu fiquei preocupada ué.- Rhys deu um selar nos meus lábios.

- Te amo, Angel.

- Também te amo Rhys.- digo e depois de segundos Raphael aparece novamente.

- Filho vamos apostar uma corrida? Vamos fazer a sua mãe comer vento.

- Vamos!- os dois voam rápido indo na minha frente e eu acabo rindo.

- Ah é?!

Começo a voar mais rápido tentando alcançar os dois, passamos o dia todo assim.

Minha família voando no imenso céu.

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Tá agora acabou de verdade, fiz esse epílogo a pedido de leitores.

Amo vocês!

Beijos😘

A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora