Capítulo 7

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Estava no gramado sentada em uma rodinha, junto com Lídia, Henry e Rose. Era de tarde e não tínhamos mais tempos de aula hoje.

Eu estava concentrada, lendo um livro que peguei emprestado hoje mais cedo na biblioteca.

Hoje eu sonhei com um tipo de símbolo estranho ficando avermelhado, gritos e eu recitando algo em latim enquanto segurava uma espécie de diário.

Peguei o livro de símbolos e não achava nenhum parecido com o que eu vi. Rose esticou o seu pescoço tentando ver o que eu lia.

- Está lendo sobre símbolos?- olho para ela e assenti.- Procura algo específico?

- Sim, mas não estou encontrando nada parecido aqui.

- Desenhe ele, talvez é um dos símbolos proibidos.

- Símbolos proibidos?

- São símbolos que não são colocado na maioria dos livros.

Henry me deu uma folha do seu caderno e uma caneta, apoiei a folha na capa dura do livro e desenhei o que eu lembrada do símbolo.

Dei a folha com o desenho para Rose e ela analisa, depois ela acaba soltando uma risada.

- Você quer prender um demônio?

- Que?

- Esse símbolo.- aponta para a folha.- se chama " A armadilha do Diabo", ele serve para prender demônios, dentro do círculo eles não tem poder algum. Da onde você conhece ele?

- Esse é o problema.- pego a folha.- eu não conhecia até agora, eu vi ele em um sonho.

- Bom, eu não sei muito sobre visões por meio de sonhos, mas melhor você guardar esse símbolo.

- Pode exorcizar demônio né?- Rose assentiu.- Precisa falar algo?

- Acho que algumas palavras em latim, não sei ao certo quais mas é tipo um mini texto.

- Ah sim.- será que eu estava exorcizando alguém no meu sonho? Mas quem?

O dia do meu aniversário estava se aproximando, estava com medo mas já sabia a escolha que ia tomar.

Devolvi o livro para a biblioteca.

Pelo que eu saiba, apenas caçadores ou padres faziam exorcismos. O livro que eu lia parecia estar escrito à mão, de quem era aquele livro? Por que EU iria exorcizar algo?

Parece que quanto mais eu penso mais confusa eu fico. Vou para o meu quarto já que não tinha outra coisa para fazer agora.

Tiro meu tênis e deito na minha cama olhando para o teto. O que será de mim? Será que algo de ruim vai acontecer? Como eu queria ter nascido humana.

Saio dos meus pensamentos com meu celular vibrando, tiro o mesmo do bolso da calça que usava e vejo as mensagens.

Angel, onde você está?
Está livre agora? Posso te mostrar um lugar?

Sim, eu dei o meu número para ele, só porque ele encheu o meu saco pedindo.

Que lugar?

Prometo que você vai gostar, vai te distrair dessa tarde chata. Me encontre no corredor dos armários.

Coloco meus tênis novamente, guardo o papel do símbolo no meu caderno de anotações e ajeito meu rabo de cavalo enquanto saia do quarto.

Eu anoto cada sonho que eu tive, para ver se tem algum padrão ou ligar os pontos. Esse caderno está sendo útil.

Ando em passos não tão rápidos até o corredor dos armários, vejo o garoto encostado no seu armário. Ele olha na minha direção e sorri de lado.

- A onde você quer me levar?

- Bom...- ele começa a andar e eu o sigo lado a lado.- Naquele dia na aula dos elementares, percebi que você gosta de flores. Estava pensando em levar você na cúpula botânica atrás do castelo.

- Nem sabia que tinha uma aqui, minha mãe não me falou nada.

- Acho que colocaram a uns 5 ou 4 anos atrás.

Fomos para a parte de trás do internato e dou de cara com uma estufa de vidro.

Entramos e arregalo os olhos.

Parecia um grande jardim com árvores e flores de diferentes tipos. Eu e Raphael andamos pelo caminho de pedra olhando para as plantas.

De repente via seres pequenos voando perto do meu rosto.

- São mini fadas, elas que cuidam das plantas.- Raphael diz e depois eu olho para as criaturas, as fadas acenam e voltam a voar para longe.

- É lindo aqui.

- Eu venho aqui as vezes para distrair.

No caminho tinha alguns postes com lamparinas que devem ligar durante a noite, realmente a estufa parece ser maior por dentro.

Andava na frente do Raphael mas sentia seu olhar sobre mim, as vezes eu parava para ver algumas flores.

- Obrigada por me mostrar esse lugar.- digo parando de andar.

- De nada, angel. Percebi que você gostou bastante daqui.- sorri fraco.

Passamos o resto da tarde observando as plantas e as fadas zoando o Raphael.

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Símbolo que Angeline sonhou.

Símbolo que Angeline sonhou

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A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora