Capítulo 18

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Passei uma semana treinando artes de combate, treinei durante as madrugadas e acabei faltando algumas aulas.

Castiel disse que Guerra ainda estava em Everwood, avisei meus amigos que iria visitar minha avó que estava doente. Meus pais não sabiam de nada, não quero contar a eles agora, provavelmente iriam entrar em pânico.

Depois do café da manhã fui para o meu quarto, coloquei uma legging, blusa preta, casaco, um coturno e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto.

Estava indo encontrar Castiel e a senhora Watson no portão do internato, quando encontro Raphael.

- Angel...- ele me olha de cima para baixo.- Onde você vai?

- Visitar minha avó, ela está doente.

- Ata, melhoras para ela, vai voltar ainda hoje?

- Acho que sim.- dou um selar demorado no mesmo.- Te amo.

- Também.- volto a andar, odiava mentir mas era para uma causa maior.

Quando chego no portão, encontro os dois sozinhos.

Senhora Watson me abraçou dando alguns avisos e me desejando boa sorte.

- A cidade é encantada, você não vai conseguir usar os seus poderes. Os humanos estão se matando e brigando só por divertimento dela, Guerra estará na igreja abandonada. Cuidado com todos e fique forte para o feitiço dela não te dominar.- Castiel diz.- Mate ela com essa adaga e pegue a espada.

Castiel me entrega as armas, uma adaga em cada bota, uma nas minhas costas e outra escondida na manga do casaco. Sem contar a que eu estava na mão.

- Boa sorte Angeline, tente voltar viva.- Castiel diz colocando a mão no meu ombro. Fecho os olhos me teletransportando para a cidade.

Abro os olhos e logo escuto barulho de tiros, vou para trás de um carro. Posso ser aprova de balas mortais, mas sentia a presença de seres sobrenaturais na cidade.

Olho para a rua, estava perto da igreja, escuto gritos e corro na direção contrária. Tinha sangue e corpos mortos por toda parte, pessoas lutando e quebrando coisas.

Paro de correr quando alguém pula em cima de mim, viro e era uma garota coberta de sangue. Ela pega a minha mão livre.

- Gostei das suas unhas, elas vão ser minhas agora.- ela realmente ia começar a arrancar minhas unhas quando por impulso coloco a adaga que segurava na sua barriga. A garota cai para o lado e eu levanto.

- Não entre no jogo da Guerra, não entre no jogo da Guerra...- repito a mim mesma enquanto corria, minha blusa ficou manchada com o sangue da garota.

Paro um segundo para recuperar o fôlego e me localizar, quando sou acertada com um soco. Olho quem me acertou e era um vampiro com a boca suja de sangue.

- Tá brincando comigo.- digo, dou um chute na sua barriga o derrubando e corto seu pescoço. Realmente essa adaga era bem afiada.

Depois de correr mais um pouco, matei mais duas pessoas e ganhei dois arranhões, um no braço e outro na bochecha. Meu poderes curativos não estavam funcionando.

Sentia a magia da Guerra tentando entrar no meu corpo mas seguia a voz de Castiel dizendo para não cair no seu feitiço.

Chego na igreja e entro pelos fundos, escutava apenas alguns gritos. Limpei o sangue da adaga que ainda segurava na manga do casaco, tentei controlar minha respiração.

A igreja estava toda revirada, os bancos arrastados para perto das paredes e tinha alguns corpos caído.

- Se aproxime anjo, eu sinto a sua presença.- uma voz feminina diz, me aproximo devagar esperando qualquer ataque.

Era uma mulher nos seus 30 e poucos, cabelo vermelho vibrantes, olhos meio avermelhados, usava uma blusa vinho, uma jaqueta e calça de couro preta, botas altas com salto grosso. Ela brincava com a espada na sua mão.

- Eu te conheço...ah sim, Angeline o novo anjo. Você já está ficando famosa garota, fiquei impressionada que o meu feitiço não conseguiu entrar no seu corpo.- ela estava no altar que também estava destruído, ela levanta a espada.- Sempre gostei de lutas, vamos ver quem ganha.

Ela faz um movimento com a mão e sou arremessada para a porta da igreja que estava trancada, sentia uma costela quebrada mas me levantei.

Guerra ia me da um golpe com a espada mas eu me desvio e dou uma rasteira na mesma. Guerra me da um chute na barriga com o pé e bato na porta de novo, gemendo de dor.

Guerra se levanta e eu faço o mesmo com dificuldade, pego uma das adagas na minha bota e a arremesso. A adaga apenas passa pelo ombro de Guerra fazendo um corte.

- Garota, pare de brincar com fogo.- ela diz colocando a mão no ombro machucado. A espada começou a pegar fogo e eu desviava de cada golpe que Guerra dava.

Em um golpe, ela passou a espada tão perto da lateral da minha barriga que eu sentia uma leve queimadura que o fogo causou, coloquei a mão livre na barriga quando senti uma dor aguda.

- Até que você resistiu mais do que eu esperava.- outra vez ela me joga longe mas agora na direção dos bancos. Minhas costas doíam muito e meu pulso esquerdo doia também.- Anjo idiota, sua fama durou pouco.- ela brinca com a espada pegando fogo enquanto vinha na minha direção.

- Guerra!- escuto uma voz masculina, Guerra se vira e não consigo ver a pessoa porque a mulher fica na minha frente.

- O que você está fazendo aqui?- Me levanto com minhas últimas forças e pego a adaga que estava nas minhas costas.

- Distração.- Guerra se vira para mim e eu enfio a adaga no seu coração, seu corpo ficou em chamas até sumir por completo. O fogo da espada apaga e ela vai para o chão.

Pego a mesma antes que algo aconteça, olho para frente para ver quem me ajudou e arregalo os olhos.

- Como...- a pessoa estala os dedos e caio no chão desmaiando logo em seguida.

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Um cavaleiro foi derrotado, quem será que ajudou Angeline?

Beijos até o próximo.

A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora