Capítulo 17

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- Os quatro cavaleiros do apocalipse, guerra, fome, peste e morte.- senhora Watson falava enquanto se sentava na sua cadeira.

Depois do treino de hoje, contei tudo para a Senhora Watson, ela disse que vai me ajudar.

- Peguei algumas informações.- Castiel aparece do nada, assustando nós duas. Já tinha apresentado ele a Senhora Watson.- Consegui localizar um cavaleiro, a Guerra, Fome sumiu do mapa por enquanto, peste ainda não deu as caras e a morte é a mais complicada.

- Onde está a guerra?- pergunto.

- Everwood, uma cidadezinha a alguns dias daqui.

- Mas como se acaba com a guerra?- Senhora Watson pergunta.

- Você tem que matar ela e pegar o objeto que ativa os seus poderes, ela não vai morrer de verdade, ela vai voltar para o inferno para sempre. A mesma coisa com os outros cavaleiros.

- E a morte?- pergunto.

- É outra história, vamos focar na guerra agora.

- Você vai enfrentar ela sozinha?- Senhora Watson pergunta.

- Não tenho escolha, acha que eu não estou preparada?- a mais velha me olha séria.

- Você já domina os seus poderes, temos só que treinar combate.- assenti.

- O pertence da guerra é uma espada de fogo, vou tentar pegar emprestado algumas armas do céu, são mais fortes que as que tem aqui.- Castiel falou e sumiu.

- Ele é sempre assim?

- To começando a me acostumar.- levanto da cadeira pegando minha mochila e me despedi da senhora Watson.

Quando fechei a porta, pensei que tinha visto uma sombra no corredor escuro mas deve ser apenas minha imaginação.

Vou para o meu quarto e encontro Lídia deitada com a cabeça na ponta da cama vendo TV de cabeça para baixo.

É, a Lídia de antes voltou.

- Não acredito que eu perdi o baile, nunca mais vou tirar esse colar.- contamos o que aconteceu para Rose e Henry, e Rose deu um colar protetor para Lídia caso o demônio volte.

- Foi bem legal.- digo deixando minha mochila no canto. Pego meu pijama e vou para o banheiro.

Depois de tomar um banho quente, volto para o quarto e Lídia se sentou na cama.

- Mas me fala, aconteceu alguma coisa entre você e o Raphael?- sento na minha cama, olhando a TV.

- Nós nos beijamos só isso.

- Ontem eu vi vocês dois no gramado.

- Eu acabei dormindo porque fazer o exorcismo esgotou com o meu corpo.

- Vocês fazem um belo casal, eu shippo.- Lídia sai de sua cama e senta ao meu lado na minha cama.- Mas você sente algo por ele?

Fiquei alguns minutos encarando o chão, depois toquei o colar.

- Acho que sim, não consigo explicar.- Lídia sorriu.

- Bom, eu quero muito que o meu casal fique junto. Henry também está esperando o amigo dele pedir ele em namoro, Henry não tem coragem para isso.

- Pera o Henry é gay?- Lídia assentiu.- Pede para Rose fazer uma poção que lhe de coragem.

- Vamos.- rimos.- To me sentindo a própria Cupido.

Conversamos mais um pouco e depois cada uma foi dormir na própria cama.

[...]

- ...Então eu escolhi ser anjo.- digo a Serena que deu um sorriso.

- Parabéns pela a sua escolha, mas quem vai governar a alcateia?

- Eu ainda sou filha do supremo, vou ter que assumir a alcateia. Mas eu só posso assumir quando o meu pai morrer.

- Entendi. Tenho que ir agora Angeline, tenho que dar aula as minis sereias e tritões.

- Tudo bem, tchau serena.

- Tchau.- ela volta para dentro do lago.

Volto para debaixo da árvore que eu sempre ficava sentada, estava terminando de desenhar uma paisagem com os materiais que ganhei de aniversário dos meus pais.

Terminei o desenho e coloquei ele de lado, algo vem rolando e para perto da minha perna dobrada. Pego e vejo que era uma maçã.

- Raphael eu sei que é você.- falo limpando a maçã na manga do meu moletom.

- Chata.- ele senta do meu lado e olha o desenho, dou a primeira mordida na maçã.- Nossa angel, você desenha bem.

- Obrigada.- digo terminando de mastigar, ele coloca o caderno fechado no chão. Dou outra mordida na maçã.

Raphael estava com o cabelo um pouco bagunçado, calça de moletom preta, blusa cinza claro, um casaco preto por cima e os óculos.

- Angel.- Ele segurou os pingentes do meu colar e passou o polegar.- Aceita namorar comigo?

Quase me engasguei com a maçã que tinha engolido, olho para Raphael e ele parecia não estar brincando.

- Eu...não..quero dizer...sim.- acabo me enrolando nas minhas próprias palavras, Raphael rir fraco e segura meu rosto selando nossos lábios.

O beijo era calmo e sem malícia, meio doce por causa dos pedaços de maçã que eu tinha comido antes. Ele colocou a mão na minha cintura me puxando para mais perto, com a minha mão livre eu coloquei no seu ombro.

Paramos por causa da falta de ar, Raphael juntou nossas testas e ficou acariciando minha bochecha.

- Não importa o que aconteça, eu te amo Angel.- Raphael me deu outro selinho.

A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora