Capítulo 12

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- Castiel, já pedi para você jogar essas coisas fora.- escuto a voz da minha avó Beth.

- Não vou jogar fora, irei colocá-las lá naquela casa abandonada na Terra. Esses diários são de caçadores, eles confiaram em mim para cuidar.

- Tudo bem, só tire eles daqui antes que Raziel descubra, ele não gosta dessas coisas.

- Tudo bem, além disso, o que a sua neta escolheu?

- Anjo.

- Uma de nós, bom, espero que não tenha feito a escolha errada. Tenho que ir Elizabeth.

- Cass espe... ele sempre faz isso.

Abro os olhos e estava deitada na minha cama, estava sozinha no quarto. Olho o relógio no criado mudo e marcava 10h, já tinha perdido o café da manhã.

Hoje é domingo, dia sem aula.

Sento na minha cama e fico processando o que vi. Sonhei com minha vó falando com esse tal Castiel, será que ele sabe do tal livro que eu sonhei? Devo arriscar?

Levanto da cama e vou no banheiro, depois volto para o quarto ligando a TV em um canal de música. Fico de pijama mesmo, eram calças largas pretas e uma blusa cinza.

Senhora Watson disse que anjos podem ser chamados por preces ou pensamentos fortes. Estou com medo de fazer algo de errado, mas a curiosidade está falando mais alto.

Me certifico que a porta do meu quarto está trancada e sento na cama do meu quarto. Solto um longo suspiro e fecho os olhos.

" Castiel, não sei se vai me ouvir mas podemos conversar?"

Abro os olhos e nada.

" Castiel, quero conversar apenas sobre os diários que você guarda."

Sento um leve brisa de vento atingir meu corpo, mas me lembrei que a janela estava fechada. Abro os olhos e vejo um homem perto da janela.

Engulo a seco enquanto via ele me encarar.

- Angeline, certo?- assenti.

- Castiel?- ele assentiu.

- Como você sabe da existência dos diários?- Castiel pergunta.

- Você não acreditaria.

- Nada me surpreende mais.

- A algumas semanas atrás eu sonhei que estava fazendo um exorcismo e lia palavras escritas em um livro ou diário. Hoje eu sonhei com a conversa que você teve com a minha avó e você citou diários.- ele arregala os olhos de leve mas volta a expressão séria.

- Como era esse livro?

- Não era nem grosso e nem muito fino, parecia uma espécie de fichário pequeno e tinha um terço vermelho.

- Acho que sei qual é, para que precisa dele?

- Talvez eu consiga ter respostas do que está acontecendo comigo e me preparo para o suposto exorcismo.

- Anjos podem exorcizar pessoas apenas tocando em suas testas, não acho que seja necessário.- ele se vira.

- Por favor Castiel, eu preciso desse diário. E não fale a ninguém sobre essa conversa.- ele se vira novamente me olhando.- Por favor, Cass.

- Não posso garantir nada.

- Mas...- ele some do meu quarto me deixando sozinha.- você estava certa vó.

A filha do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora