05. Sente-se Aqui Lindinha.

2.2K 102 4
                                    

Os pequenos raios de sol entravam pela janela aberta, as cortinas voavam levemente com a brisa que passava por elas. Layla observava a cena deitada preguiçosamente entre os lençóis brancos, os braços esparramados a altura dos travesseiros, a blusa cobrindo metade de sua cintura. Ela se virou ficando de lado na cama e bocejando. Lembrou-se de tudo que aconteceu na noite passada, o choque que sentiu quando seu corpo se chocou ao dele. A porta do quarto foi aberta e para seu alivio, quem passou foi ela foi Beth.

- Bom dia querida. -Ela disse terminando de abrir as cortinas. - Que bom que acordou.

- Por mim eu dormiria pelo resto da minha vida.

- Não diga isso. Iria perder muitas coisas boas. -Ela se aproximou da cama. - Levante-se, tome um banho e se arrume. Aposto como vai mudar de opinião.

- Queria que estivesse certa. -Ela se sentou. - Mas, vou fazer isso sim. Obrigada.

Ela se levantou e foi para o banheiro passando a mão pelos cabelos crespos e com aparência ressecada. Não ter lavado o cabelo depois de ter saído da piscina no dia anterior, foi uma péssima ideia.

A loura já havia ido embora quando Harry se sentou na poltrona do seu escritório. Apoiou os cotovelos nos joelhos deixando o corpo meio encurvado. Lembrou-se da cara de brava de Layla quando falou que ele estava com outra garota no quarto, riu sozinho com isso. Ela era apenas uma menina, mas, o deixava louco. Em todos os sentidos.

Antes de fazer o trato com Tony - pai de Layla - ele a viu poucas vezes no pequeno escritório em que trabalhava. Às vezes ela vinha falar com o pai e outras ela passava o dia lá com ele, mas, quase nem saia do escritório de Tony. Percebeu de longe que ela era uma garota tímida, e foi isso que chamou a atenção dele. A curiosidade dele de saber ate aonde iria o limite da sanidade dela.

Olhou para o seu relógio e resolveu ir comer alguma coisa antes de sair. Abriu a porta e foi até a cozinha. Para sua surpresa Layla já estava sentada a mesa, os cabelos recém-molhados e um vestido florido que tinha caído muito bem nela. Levava um pedaço de bolo até a boca, mas, parou o movimento para encara-lo. Largou a colher dentro do prato e desviou o olhar dele.

- Não vai comer? -Ele comentou se sentando junto a ela.

- Perdi a fome quando você chegou.

- Engraçado, porque a minha só aumentou. -Era impossível não corar com aquilo. Aparentava até que ele gostava de vê-la daquele jeito.

Ela balançou a cabeça incrédula e ele riu.

- Mal vejo a hora de ir embora aqui. -Ela bebeu um gole de suco.

- Podem se passar essas duas semanas, mas, se eu não tiver o que quero você não vai sair daqui. -Ele disse a fazendo se engasgar com o suco.

- Não pode fazer isso. -Resmungou. - Perdeu o juízo? Eu vou te denunciar pra policia.

- Para de ser dramática, Layla. -Ela pegou uma torrada e passou geleia como se estivesse apenas brincando com ela. - Tenta passar essa imagem de difícil, mas, na verdade está fervendo de desejo.

- Você é um idiota. E além do mais, você pode muito bem pagar uma prostituta como aquela que você estava ontem.

- Porque está tão brava? Gostaria de estar no lugar dela? Queria estar cavalgando em mim ao invés dela?

Ela teve que se controlar para não jogar o copo de suco nele. Preferiu não responder nada, ou iria sair coisa errada.

- Argh! Eu odeio você.

. . .

Em plenas duas horas da tarde Layla resolveu dar uma volta em torno da casa. Ver se conseguia arranjar uma brecha para fugir. Só havia dois portões, uma na frente e o outro na parte de trás. Os seguranças só guardavam o portão principal, já o traseiro permanecia sempre fechado e para chegar até ele passava-se pelo jardim.

Sweet Child O' MineOnde histórias criam vida. Descubra agora