Sweet Child O' Mine

06. Vamos Dar Um Passeio.

Chovia serenamente naquela manhã de terça-feira, Layla terminava de tomar um banho na relaxante banheira com a água saindo fumaça de tão quente que estava. Sua cabeça doía um pouco e os olhos ardiam. Não tinha conseguido dormir bem outra vez, e o pouco que conseguiu ela teve um maldito sonho com Harry. Mas, não foi um sonho qualquer. Foi um erótico, daqueles que ela podia sentir até os arrepios quando ele profanava alguma palavra.

Ela passou o resto da madrugada atordoada com o sonho que teve e com as lembranças do toque dele em sua pele. Devia ser imperdoável o que ele tentou fazer com ela, mas, ela ainda seria capaz de aceitar as desculpas dele. Tombou a cabeça para fora da banheira, querendo urgentemente que as cenas do sonho saíssem da sua cabeça.

Seus olhos se fecharam e ela se permitiu mergulhar nas cenas que se formavam nos pensamentos. Conforme ela ia lembrando-se do sonho, suas mãos caminhavam pela região dos seios.

O toque dele acariciando sua cintura e desvendando parte do seu corpo, o calor súbito que ela sentia toda vez que ele se aproximava, a voz rouca ao pé do seu ouvido. O cheiro masculino e as costas largas. No sonho ele era autoritário, usou-a sem pudor algum.

Ela escorregou as mãos pela barriga, passando pelo ventre e em seguida as coxas. Apertou-as de leve como se estivesse sentindo as mãos dele ali. Era errado ela estar desejando aquele que ela mais odeia. As pontas de seus dedos subiram para a região intima. Ela não tinha ideia de como fazer aquilo, apenas seguia os instintos. Por um segundo ela desejou ter Harry ali, ele dizendo coisas sujas e tirando aquela agonia de si.

Um suspiro leve saiu por entre os lábios rosados quando ela fez uma pequena fricção no clitóris. Uma vozinha passou a sussurrar no ouvido dela, seu subconsciente.

''Imagine como seria ele a tocando, Layla. Aqueles lábios carnudos beijando cada traço seu. Você chamando enlouquecidamente pelo nome dele... No fundo você queria ser aquela prostituta, não é?''

Era difícil pra ela admitir, mas, sim. Ela queria ser tocada violentamente do mesmo jeito que aquela vadia foi tocada, como seria ficar em estado de êxtase? Ela queria saber qual era a sensação de ter um homem dentro do seu interior. Quando a imagem de Harry a deflorando ali dentro daquela banheira lhe tomou a mente, ela sentiu algo abaixo do ventre vibrar.

Imediatamente ela abriu os olhos encontrando o teto branco. Ela encolheu os joelhos e os abraçou. Sentiu vergonha de si mesma pelo ato inocente. Balançou a cabeça e tentou espantar tudo que havia feito e se concentrou apenas em sair logo dali e ir vestir uma roupa. Enrolou-se em uma toalha e caminhou para o quarto para colocar algo. Vestiu-se rapidamente e em seguida passou um gloss de menta nos lábios. Se jogou na cama virada para o lado oposto da porta. Não estava a fim de sair daquele quarto e ter que dar de cara com Harry, não depois do que ele fez ontem. Sem contar a imensa vergonha que ela estava, por se tocar pensando nele.

Afundou a cabeça contra o travesseiro e soltou um resmungo.

- Você é muito idiota, Layla. -Falou pra sim mesma batendo a mão com força no colchão.

- Não acho que seja uma idiota. -Automaticamente seu corpo paralisou ao ouvir a voz dele. Ela virou apenas a cabeça para encara-lo.

- Como eu não te ouvi entrar? -Questionou.

- Devia estar ocupada demais com seus pensamentos. -Ele deu alguns passos e se sentou na ponta da cama.

Ela não pode deixar de reparar em como ele estava bem vestido, aquilo só o deixava ainda mais bonito.

- Porque está aqui? -Ela perguntou voltando a deitar a cabeça no travesseiro.

- Por dois motivos. -Ele começou. - Será que pode olhar pra mim, por favor?