03. Não Me Toque.

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Não deviam ser nem nove horas da manhã, mas, Layla já estava acordada. A primeira coisa que fez foi tomar um banho e se colocar uma roupa. Uma saia jeans hiper curta, que se ela abaixasse para pegar algo no chão era capaz de aparecer até o seu umbigo, uma blusa azul e uma rasteirinha simples. Ela tinha algo para reclamar com Harry, quem cuidava das roupas dela? Uma prostituta? Naquele guarda roupa só haviam roupas vulgares, decotadas e chamativas... Não era o tipo de roupa que ela estava acostumada a usar no seu dia a dia.

Cansada de ficar naquele quarto olhando para as paredes e sentindo o estomago roncar, ela saiu do cômodo. Estranhou por não encontrar ninguém na cozinha, não só na cozinha, mas, em toda a casa. Será que ainda não haviam chegado? Ouviu um barulho vindo de longe, de inicio de assustou um pouco, mas, em seu pensamento ela encontraria Beth. O barulho vinha da academia. Com certa timidez ela entrou fitando os aparelhos de ginástica. Ela também encontrou Harry, de regata, shorts, tênis e uma touca. Ele dava socos alguns chutes no saco de areia. Provavelmente era ele que deveria estar fazendo os barulhos. Ele parou os movimentos e se virou para encara-la.

- Como passou a noite? -Ele perguntou ofegante.

- Onde está todo mundo? -Ela preferiu ignorar sua pergunta, porque mesmo contra sua vontade seu corpo ficou em estado de plena excitação.

- É sábado, Layla. Nenhum funcionário trabalha hoje. -Ele disse tirando as luvas das mãos. - Hoje somos apenas eu... -Ele se aproximou. - E você.

Sua voz saiu em um tom malicioso, como ela jamais tinha ouvido na vida.

- O que vamos comer? -Ela perguntou tentando mudar de assunto. Ele riu e passou a mão pela ponta do nariz tentando manter o controle. Aquilo não era pergunta que podia se fazer, não para ele. Ele tentava pensar em algo que fosse erótico, mas, a única cena que se passava em sua mente era aquela boca pequena em volta do seu... Chega. Murmurou em seus pensamentos.

- O que quer comer? -Ele falou um pouco agoniado.

- Talvez Waffles. -Respondeu ela.

- Vamos comer isso então. -Ele atirou as chuvas ao chão. Ele começou a andar, mas, parou quando via que ela não deu nenhum passo. - Você não vem?

Ela assentiu e o acompanhou. Os dois se voltaram para a cozinha, ela puxou uma cadeira para se sentar e ele foi preparar os waffles dela. Ele pegou o pacote de Waffles na geladeira e uma forma para coloca-los no forno. Ela observava cada movimento dele, até os míseros gestos que ele fazia com a boca enquanto colocava as unidades no forno. Ele se escorou na pia cruzando os braços.

- Porque é tão calada? -Ele perguntou chamando a atenção dela.

- Não sou calada, só... Não tenho nada para falar. -Ela falou ligeiramente. Ela nunca foi uma menina quieta, sempre foi agitada e animada, mas, de alguma forma ele tirava isso dela. Não tinha vontade de falar com ele, ele lhe causava medo. Mas, um medo estranho. Era o que se podia chamar de um medo... Bom?

- Então ficarei encarregado de arrumar assuntos. -Tudo que ele falava era olhando nos olhos, será que ele não percebia que aquilo a intimidava? - Vejamos... -Ele fez uma cara de pensador e ela conteve o riso.

- Achei que você fosse diferente. -Ela murmurou e ele esperou que ela continuasse. - Imaginava você como um velho tarado e que abusaria de mim contra minha vontade. Se bem que, ainda tenho duvidas nessa segunda opinião.

- Acha mesmo que vou estuprar você? -Ele descruzou os braços e colocou as mãos também sobre a pia. Ela abriu a boca para falar algo, mas, ele a interrompeu. - Se eu quisesse realmente te estuprar, teria feito isso há três dias quando você chegou.

Sweet Child O' MineOnde histórias criam vida. Descubra agora