Chuva, relâmpagos e trovões enfeitavam o céu escuro naquela noite, poderiam ser mais de uma da manhã, talvez. Layla não sabia e nem queria, ela havia desligado o radio relógio que ficava em cima de um criado mudo ao lado da cama. Ela suspirou de certa forma triste. Ela a primeira vez em treze dias que ela verdadeiramente sentia o coração se apertar dentro do peito. Se sentiu mal por pensar em ficar longe de Harry, por mais que ela odiasse a admitir, ela já tinha acostumado com a ideia de ficar morando naquela casa e com ele. Por falar em Harry, ela não o tinha visto desde a tarde, quando os dois saíram para fazer compras juntos. O casamento de Gemma, irmã de Harry estava próximo, e ele quis presenteá-la.
Mais uma vez ela tornou a bocejar e sentir um pouco o peso nas pálpebras, mas não conseguia se deleitar com um belo sono, porque toda vez que fechava os olhos a preocupação vinha e tirava-lhe a paz. Onde Harry poderia estar a uma hora daquelas? Ele sempre esteve com outras garotas - inclusive naquela casa e na presença dela - antes dos dois se entregarem. Ele não seria capaz de fazer aquilo novamente, ou seria? Não, Harry não seria tão má pessoa assim. Se bem que, para ele, Layla não passava de uma diversão e que logo teria fim. Com tais pensamentos ela se encolheu, puxando o fino lençol contra o seu corpo, segurando o choro na garganta e torcendo para que aquelas premeditações fossem coisa da sua cabeça.
Quando finalmente pode sentir as forças dizendo adeus e seu corpo todo amoleceu, ela pode ouvir a campanhinha soar, aquele barulho nunca pareceu tão incomodo como naquele momento. Ela até pensou em continuar fingindo que estava dormindo, quem sabe a pessoa lá fora não visse ninguém em casa e acabasse desistindo? Mas, infelizmente o som não parou. Ela suspirou novamente, dessa vez de raiva. Porque alguma empregada não atendia? E quem era o infeliz que batia na porta dos outros a essa hora? Ela se levantou da cama e não se preocupou em estar vestida com apenas uma fina camisola de seda.
O barulho e a luminosidade que atravessaram pela enorme janela da sala, a fez recuar um pouco depois de soltar um grito de susto. O chão frio causava um arrepio chato toda vez que ela encostava o pé nele, se arrependeu se não ter calçado as chinelas. Por sorte, ela chegou logo a porta e sem hesitar abriu a porta, levando um susto ainda maior do que com o barulho do trovão segundos atrás. A figura de um Louis e de um Harry completamente ensopados pela água da chuva, um apoiado no ombro do outro.
- Mais o que significa isso? -Perguntou nervosa.
- Ele bebeu mais do que devia. -Respondeu Louis, passando por ela e jogando Harry no sofá.
- Estavam juntos? -Pousou as mãos na cintura, o garoto apenas assentiu. - E porque deixou ele fazer isso?
- Não jogue a culpa em mim Lay, ele apenas me disse que precisava disso. -Disse também que estava com problemas e precisava aliviar a tensão. -Falou passando as mãos pelo cabelo completamente molhados.
- Que tipos de problemas?
- Não sei, ele não quis me contar. Acho que isso se resolve com um banho. -O moreno disse calmo. Os dois fitaram Harry esparramado no estofado, a camisa branca aberta quase por completo, a calça caída deixando boa parte da boxer branca de fora. - Bem, eu vou indo. Chega de diversão por hoje. -Ironizou. - Falo com Harry depois, até mais Lay.
Ele deu um beijo na bochecha dela e saiu pela porta, Layla ouviu muito bem o ranger da porta e se viu sozinha com um Harry totalmente bêbado e que se não tirasse logo aquela roupa, iria pegar um resfriado e dos piores. Ela se aproximou um pouco e deu alguns tapas de leve no rosto dele e o chamou.
- Harry, Harry está me ouvindo? Harry acorda. -Deu mais uns tapas e o balançou pelo ombro, até o ver abrir lentamente os olhos. - Ah graças a Deus.
- O que aconteceu? -Sua voz ainda era embargada e ela sentiu perfeitamente o odor de álcool emanar dele.
- Era eu quem deveria perguntar isso. -Ela já ia sair de perto quando percebeu que ele estava voltando a dormir. - Não acredito nisso. Harry vem, eu te ajudo.
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Sweet Child O' Mine
FanfictionDinheiro. Aquele era todo o motivo porque a pequena Layla foi parar nas mãos daquele homem. Totalmente falido e sem ter pra onde recorrer, Tony vê uma boa oportunidade aparecer quando recebe uma proposta de certo homem. Dois milhões de euros para pa...