Capítulo 1 - Nova antiga protegida

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20 de Abril de 2019

Castiel andava de um lado para o outro na biblioteca do bunker, o celular não desgrudava da orelha e a tranquilidade não surgia ao ouvir a voz gravada de Amy no telefone.

No momento não posso atender, insista se quiser.

Desligou, não deixaria mais uma mensagem. Já havia deixado várias mensagens de voz e incontáveis mensagens de texto, se Amy pudesse responder já teria respondido. Alguma coisa estava errada e ele não conseguia descobrir nada. Era hora de pedir ajuda.

Já estava no bunker a pelo menos uma hora. Não sabia com exatidão onde Dean e Sam estavam, então só lhe restava esperar ali, insistindo em ligar para a amiga mesmo sabendo que seria inútil. Tentou ignorar a sensação ruim quando chegou na casa da Novak e não a encontrou, tentou contato e até passou alguns dias no lugar esperando que voltasse, mas começou a se preocupar profundamente quando não obteve nenhum tipo de resposta. Respirou fundo, esforçando-se para ter calma e não ligar para Dean de imediato, impedindo-os de percorrer todo o caminho até o bunker. Queria pedir ajuda pessoalmente e então leva-los para onde fosse necessário, mas estava ficando quase impossível esperar.

Desbloqueou o celular, pronto para mandar uma nova mensagem para o Dean quando escutou a porta do bunker abrir.

― Pronto, estamos em casa, apressadinho... ― Dean avisou enquanto descia as escadas com o irmão.

Castiel rapidamente guardou o celular e se aproximou da mesa feita de mapa, que havia próxima a escada. Não sabia como estava seu rosto, mas não devia estar muito neutro já que ambos arregalaram os olhos quando o viram.

― O que aconteceu, Cass? ― Dean perguntou se aproximando, preocupado de repente. ― Tá tudo bem? Tá ferido?

― Não, estou bem ― o anjo ergueu as mãos, ignorando a preocupação do caçador. ― O problema não é comigo. Preciso da ajuda de vocês para encontrar alguém.

― Quem? Pode falar ― Sam disse colocando as bolsas sobre a mesa.

― Uma... amiga, Amelie, ela desapareceu. Temos um acordo de entrar em contato pelo menos uma vez por semana e a última ligação dela foi a quase uma semana, mas ela não apareceu em casa ou no trabalho

Dean franziu o cenho, incomodado com a preocupação do anjo. Não gostava de vê-lo naquele estado, mas tinha que excluir todas possibilidades.

― Tem certeza? Ela pode ter viajado de repente ou... sei lá, estar com alguém.

― Não ― Castiel respondeu com firmeza. ― Ela me avisaria e também nunca deixou de aparecer quando marcava para nos encontrarmos em algum lugar. Era aniversário dela e ela pediu para que eu a visitasse, mas a casa estava vazia quando cheguei.

― Era com ela que você falava naquele dia? ― Dean se certificou.

― Sim, ela disse que tinha ouvido um barulho estranho no escritório. Droga, eu devia ter ido naquele momento...

― Não se preocupe, Castiel, nós vamos ajudar ― Sam garantiu, pegando as bolsas novamente.

― Hey ― Dean chamou colocando a mão em seu ombro e atraindo sua atenção. ― Fica calmo, okay? Nós vamos encontra-la, prometo.

― Obrigado ― Castiel murmurou com sinceridade. ― Posso mostrar a casa dela, se isso for ajudar. Não fica muito longe daqui.

― Perfeito.

x-x-x

O caminho estava sendo silencioso, mas incomodo o suficiente para deixar Castiel inquieto. Sentando no banco de trás do Impala, podia sentir os olhos questionadores de Dean fitando-o pelo espelho retrovisor e tentava desviar a todo custo, até mesmo se arrastando um pouco mais para o lado, ficando atrás de Sam, mas sem ter muito sucesso. Sabia que ambos queriam fazer perguntas e ter todas as respostas, mas Castiel não via como isso poderia ser relevante em qualquer momento.

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