Capítulo 6

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Durante o café da manhã Olívia não conseguia evitar olhar para Ian, do outro lado da mesa.
Sentada no calor da varanda ensolarada da cobertura, com uma vista ampla do oceano Atlântico e o pico do Pão de Açúcar, ela observava Ian bebendo café preto. E o via conversando alegremente em português com a empregada, comendo seus croissants cheios de geléia, com um interesse óbvio.
Tão diferente de Timothy, que fazia suas refeições com total desinteresse. Ian gostava da vida. Até mesmo dos pequenos momentos.
Ficar ali sentada com ele, sob o sol brasileiro, respirando o ar marinho, ainda fresco pela chuva da noite anterior. Olivia percebeu que também estava se divertindo. Ela remexeu os dedos dos pés nas novas sandálias confortáveis, depois se endireitou na cadeira e aceitou a sugestão da empregada, por uma segunda omelete de queijo com presunto.
Por algum motivo, pela primeira vez, em muito tempo, Olívia sentia... fome.
Sentia-se feliz.
Ela deu um gole na água gasosa, num copo de cristal. Depois de terminar sua omelete, comeu dois croissants de chocolate, mamão papaia, manga e açaí, depois tomou suco de pitanga. Cada sabor era um êxtase.
E a cada vez que ela erguia os olhos de seu prato... ela o via.
Os olhares se cruzaram e ela sentiu um arrepio. Ele não a deixou, quando ela se recusou a fazer amor com ele. Não saíra para procurar outra mulher. Nem sequer ficara zangado. Apenas a trouxera para fora, para comer com ela, sob o sol.
Quase como se ele realmente se importasse.
Ela mordeu o lábio, para nem sequer pensar nessas coisas. Ela nem podia começar a imaginar que ele se importava. Não podia contar com alguém que inevitavelmente a abandonaria, assim como seu bebê. Seria melhor que seu filho nem tivesse pai!
Ao crescer com um pai distante e uma mãe amarga, Olívia prometera a si mesma que sua vida seria diferente. Ela se apaixonaria por um homem que a amasse desesperadamente. Eles se casariam e teriam uma família. Filhos. Netos. Ao longo da vida inteira eles teriam um caso que jamais terminaria. Mas a vida real não era assim, era?
Ao menos — pensou ela, com uma ligeira tristeza — para ela, não. Mas ela seria uma tola em não aproveitar o momento, enquanto podia. Café da manhã, com Ian, no Rio. Uma linda manhã ensolarada. Doces deliciosos e sandálias confortáveis.
Inclinando-se à frente, ela se serviu de outro croissant de chocolate. Ao dar uma mordida, suspirou, diante do sabor maravilhoso. Ela tentaria seguir o exemplo de Ian. Se não pudesse realizar seus sonhos impossíveis, tentaria saborear os prazeres do momento enquanto podia!
A empregada completou a xícara de café de Ian e ele acenou para dispensá-la. Quando ficou sozinho com Olívia, na varanda, ele se inclinou sobre a mesa.
— A gravidez combina com você.
De boca cheia, ela olhou para Ian, que a observa com uma expressão de desejo. Uma corrente elétrica fluiu entre eles.
— Você está ainda mais bonita — disse ele — do que no Carnaval.
Sentindo-se esquisita, ela engoliu um pedaço de fruta e recostou na cadeira. Esquecendo do guardanapo de linho graciosamente colocado no colo, ela limpou a boca com a manga.
— Obrigada — sussurrou. 
— Como está se sentindo?
— Ótima. — E, para sua surpresa, era verdade. A náusea que vinha sentindo havia passado. De fato, ela não se sentiu enjoada desde que havia voltado ao Rio e respirado o ar perfumado pelo aroma de flores exóticas e sal marinho.
— Bom. — Ian sorriu para ela. — Tenho uma proposta a lhe fazer.
Uma ligeira onda de empolgação a percorreu.
— Uma proposta?
Uma fantasia surgiu em seu cérebro. Eu a quero, Olívia, você e apenas você. Quero que criemos nosso filho, juntos. Quero me casar com você e fazer amor todos os dias, pelo resto de nossas vidas...
Pare com isso! Ela gritou consigo mesma. Será que não havia aprendido a não sonhar sonhos impossíveis, da maneira mais difícil? Além disso, ela não queria ser esposa de Ian. Por que iria querer se casar com um homem em quem não poderia confiar?
— Olívia — ele deu um gole em seu café, depois pousou a xícara. — Você é tão jovem.
Ela fungou.
— Vinte e quatro anos!
O olhar dele a varreu.
— Isso é bem jovem, para mim. Você mal começou a viver, Não tinha intenção alguma de engravidar, mas eu fiz com que você concebesse o meu filho. Você não deveria sofrer por conta do meu erro.
Ela deu um sorriso hesitante.
— Eu não tenho sofrido, exatamente... Ele deu um sorriso rápido, sem humor.
— Sou o causador de seu enjôo, durante meses. Fiz com que você saísse de seu emprego. E a raptei de seu casamento... Devo continuar?
— O que está querendo dizer?
— Eu causei isso tudo — disse ele, baixinho. — Posso consertar isso.
Ela enlaçou as mãos embaixo da mesa para esconder como tremiam.
— Como pode consertar algo desse tipo?
— Eu quero que prometa que ficará comigo. O coração dela deu um pulo até a garganta.
— Prometer?
— Até o nascimento do bebê. Depois, você pode voltar à sua carreira, se desejar. Pode namorar quem quiser. A gravidez a jogou numa situação que quase a fez casar com um homem que você não amava. Eu embaralhei seu discernimento. Casar-se com ele teria arruinado sua vida... e de meu filho.
— Onde você está querendo chegar? — sussurrou ela.
— Depois que nosso filho nascer, eu vou deixá-la livre. — Ele deu outro gole no café. — Meu filho ficará comigo.
Um punhal de gelo a perfurou.
— Você quer me separar do meu bebê?
— Será melhor, Olívia. Você jamais quis ser mãe...
— Isso não é verdade!
— E não estou convencido de que você pode tomar conta dele direito.
O queixo dela caiu.
— Você não pode estar falando sério.
— Estou.
Ela puxou o ar pela boca.
— Você acha que seria um pai melhor? — perguntou ela, furiosa. — Você nunca está em casa! E se atira na cama de uma nova mulher a cada noite!
— Olívia, ouça...
— Não, ouça você! — Ela levantou bruscamente. — É você quem não tem capacidade para ser um bom pai. O bebê e eu estamos indo embora agora mesmo...
— Pare — Ian ordenou, e ela parou. Olívia o ouviu vindo por trás dela. Ele colocou as mãos em seus ombros. O peso a pressionou tanto quanto o desejo de seu coração.
Ele a virou.
— Você ficará aqui até que a criança nasça — disse ele.
— Isso não é negociável. Não posso correr o risco de que você volte para Timothy Wright, ou algum outro homem como ele. Ficará aqui, onde posso ficar de olho em você.
Ela lutou contra as lágrimas. O sol brasileiro só podia estar embaralhando seu cérebro, para fazê-la pensar que algum dia poderia confiar em Ian!
— Para que possa me manter prisioneira, é o que quer dizer!
— Para que eu possa mantê-la em segurança — disse ele, friamente. — Você não conhece o Wright tão bem quanto pensa.
— Sei que ele é meu amigo. Sei que tem mais honra e decência no dedinho mindinho do que você tem em seu corpo inteiro!
Ele deu um sorriso inexpressivo.
— E é esse julgamento cego que mostra que você não tem condições de criar o meu filho. Eu não posso simplesmente confiar em você para...
— Não pode confiar em mim? — resfolegou ela. — Essa é a coisa mais ridícula que já ouvi! Você não passa de um rico mimado que despreza as mulheres e nunca teve de lutar por nada na vida. Ao passo que tudo que eu sempre quis foi cuidar das pessoas que amo!
Ele contraiu o maxilar.
— Não quero uma batalha judicial, Olívia. Abra mão do bebê e deixe-o sob os meus cuidados. Ele ficará feliz e seguro. — Ian parou. — E eu a recompensarei pelos problemas. Eu a farei uma mulher rica, muito além do que possa sonhar.
— O quê? — disse ela, ofegante e confusa. O que é que dinheiro tinha a ver com a guarda do bebê?
— Dez milhões de dólares. — Ele olhou para ela. — Eu lhe darei 10 milhões de dólares.
Por um momento, ela não conseguia respirar. Depois, a fúria a tomou.
— Não!
— Dez milhões não são suficientes? — Ele se aproximou mais, com os olhos negros demonstrando um ar sinistro. —Você está querendo 20?
— Eu não a venderei por preço algum!
— Ele — disse Ian, corrigindo-a, sem pensar. — Você tem um preço, nós dois sabemos disso. Apenas me diga qual é.
— Não quero seu dinheiro. Só quero que você nos deixe ir embora!
— Cem milhões de dólares. É minha última oferta, Olívia. Eu a aconselho a aceitar.
Cem milhões de dólares!
Ela o encarava, chocada. Era uma quantia inimaginável. E Ian estava falando sério. Ela podia ver isso em seus olhos. Um bilionário poderoso como Ian Lima podia fazer uma única ligação telefônica e os 40 dólares que estavam em sua conta corrente se transformariam em 100 milhões de dólares.
Ele realmente achava que poderia comprar seu bebê. Assim.
Sua arrogância a fez perder o fôlego. Que tipo de homem podia pensar ter o direito de comprar e vender qualquer coisa que quisesse, até mesmo um relacionamento precioso entre mãe e filho?
— Mas você nem quer ser pai! — ela disse, engasgando. — Fez uma vasectomia. Não quer filhos. Por que tentaria tirar o meu?
Ele contraiu o maxilar.
— Eu fiz uma vasectomia para ter certeza de que nenhum filho meu estaria no mundo sem o meu conhecimento, para ser magoado por alguém que não tem discernimento, nem recursos para ser uma mãe decente.
A fúria a tomava.
— E você acha que seria um pai decente só porque é rico? Você nunca foi capaz de se comprometer com ninguém por mais de uma semana. Provavelmente, vai ficar entediado de criar uma criança e abandoná-la. Eu não o escolheria para ser o pai do meu filho, nem se você me implorasse!
A expressão séria nos olhos dele seria capaz de fazer pedra virar pó.
— Concorde com as minhas condições, Olívia. Até o nascimento do bebê você será tratada como uma rainha. Depois será uma mulher rica, livre para levar sua vida e desfrutar seus romances, como seu coração desejar. Qual é sua resposta?
Ela fechou os punhos. Ian realmente pensava que ela venderia seu filho para aquele que oferecesse mais, para depois sair por aí, arranjar um namorado e gastar seus milhões?
Ela o encarou cheia de ódio.
— Minha resposta? Isso é fácil — disparou ela, de punhos fechados. — Vá para o inferno!

Vá para o inferno?
Ian xingou baixinho, em português.
Ele ja estava lá.
Ele fora um tolo ao dormir com Olívia, para começar. Uma funcionária, moça de cidade pequena, virgem. No que ele estava pensando?
Ele não estava pensando. Esse era o problema. Depois de voltar de uma reunião de negócios, no Rio, triunfante por uma aquisição, eles haviam parado no caminho de volta ao hotel, quando o carro foi bloqueado pela comemoração de rua, ao longo da avenida Atlântica. O samba e as pessoas dançando invadiam Copacabana, alguns foliões vestiam roupas bordadas com lantejoulas e plumas, outros quase nem tinham roupa.
Ian puxou Olívia de dentro do carro. Ele abriu caminho para seguirem a pé, pelos últimos quarteirões, até o Carlton Palace. Eles passaram por um beco, onde um homem estava fazendo amor com uma mulher, junto a uma parede. Ele a beijava e acariciava seus seios, e um outro homem estava ajoelhado, no meio das pernas dela.
Ian era carioca, de nascença. Ele não ficara chocado. Mas instintivamente olhou para sua secretária júnior, que vinha atrás dele, segurando sua mão. Ele a viu olhar para o beco, e seus lábios rosados se abriram.
Depois, ela se virou e olhou diretamente nos olhos de Ian.
Sem dizer nada, pediu que a tocasse.
Implorou para que a saboreasse.
Subitamente, em meio ao frenesi das batucadas e os ritmos que invadiam o ar, ele viu Olívia Jensen. Não apenas uma bela garota, mas uma beldade de coração puro, pele branca como a neve, cabelos dourados. Olívia pareceu tão desejável que ele chegou a sentir o corpo doer. Como se ele tivesse voltado no tempo, até a época em que ainda acreditava no amor e na fidelidade...
Ele sacudiu a cabeça. Amor? De jeito nenhum. Ele deixara de acreditar nesse conto de fadas há muito tempo. Mas sabia que tinha de ter Olívia, ou morreria.
As pessoas perdem a cabeça durante o carnaval. Descartam o casamento sem qualquer repercussão, ou culpa. Ian tinha perdido o juízo com aquele ritmo, simplesmente foi isso.
Ele não lembrava de como a levou lá para sua cobertura. Só lembrava da forma como ela estremeceu embaixo dele, em sua cama. Os suspiros que ela deu de dor, e seu choque ao descobrir que ela ainda era virgem, não era inteira apenas na aparência, mas literalmente. Ele tentou recuar, mas ela o segurou, e o beijou com lábios tão tenros e doces que qualquer possibilidade de parar desapareceu. Ele a penetrou lentamente, de forma quase agonizante, até que ouviu um grito se formando dentro dela. E a fez gozar novamente, depois, uma terceira vez, até que as lágrimas nos olhos dela eram de puro prazer.
Somente então ele permitiu se entregar. E mergulhou dentro dela, com uma explosão de calor que o fez desmoronar sobre ela, na cama.
Depois, ele a abraçou. E fez amor com ela a noite inteira. E o mais surpreendente: ele dormira em seus braços. Ainda lembrava da sensação de seu corpo macio. Sabendo que quando chegasse o amanhecer teria que abrir mão dela.
Bosta... Ele ficava rijo só em pensar naquela noite.
Olhá-la agora, mesmo enquanto dizia que ela partisse e deixasse o bebê para sempre, ainda o fazia querê-la em sua cama. Ele sentia um desejo por ela acima da razão.
Mas ele não podia confiar nela. Olívia era jovem, ingênua, com uma visão limitada. Se Ian não tivesse adivinhado a verdade quanto à paternidade do bebê, ele jamais teria ficado sabendo que ele existira. Olívia teria se casado com aquele bastardo do Wright. Ela teria dado seu bebê.
Será que ela sabia o tipo de homem que era Timothy Wright? Teria alguma idéia de como ele ficara rico subitamente, ao longo de alguns anos, com seu horrendo negócio?
Ian tinha intenção de descobrir.
— Cem milhões de dólares é muito dinheiro, Olívia. E muito mais do que Wright teria arranjado para você.
Ela arregalou os olhos azuis.
— Do que você está falando? Ele a observou atentamente.
— Você não sabe?
Ela sacudiu a cabeça, com o lábio espichado.
— Eu só sei que tratei Timothy mal — sussurrou ela.
— Ele me ama há décadas. Mas eu não consegui amá-lo, por mais que tentasse. Depois, o humilhei diante dos convidados de nosso casamento...
Ian soltou uma gargalhada.
— Ele merece coisa muito pior. —Subitamente assombrado por um rosto de mulher, ele desviou o olhar.
— Eu quase o matei no Natal. Com minhas próprias mãos.
— Por quê? — Ian ouviu Olívia vindo em sua direção. — O que ele fez?
— Você realmente quer saber? — perguntou ele. Colocando a mão em seu braço, Olívia disse:
— Sim. Eu quero saber.
Ele a olhou. Ela havia mudado muito desde que ele conhecera aquela secretária tímida, de quem se lembrava. Seu corpo também havia mudado. Agora ele podia ver os sinais inegáveis da gravidez. Sua pele clara reluzia. Seus seios tinham aumentado. Estavam inchados no decote de seu vestido de gestante.
Ele se pegou imaginando como estariam agora. Qual seria a sensação de tocá-los.
Que gosto teriam.
Droga. Ela era a mulher mais tentadora que ele ja conhecera. E nem imaginava o poder que tinha...
Seu corpo inteiro começou a suar. O desejo o tomava com uma força insuportável que o deixou de mãos trêmulas. Ele queria jogá-la na cama, possuí-la junto à parede, mergulhar nela repetidamente, até que saciasse esse desejo agonizante...
Ele fechou os punhos, desviou o olhar. Precisava se controlar. Não era comum perder o controle dessa forma!
— Olívia — disse ele, baixinho —, você sabe como Wright estava ficando tão rico?
— O escritório particular de Timothy, em Flint, estava prosperando...
— Ele vem comprando e vendendo bebês no mercado — interrompeu ele. — Pegando crianças de mães pobres e dando aos ricos, casais sem filhos, que podem pagar taxas ilegais.
Ela o encarava de boca aberta. Depois sacudiu a cabeça violentamente.
— Não! Timothy não faria isso!
— Antes de seu casamento, você disse a ele que estava grávida, com o filho de outro homem. O que ele fez?
Ela ficou branca.
— Ele me disse que cuidaria disso — sussurrou ela. — Mas eu achei que ele quisesse dizer... achei...
Ela puxou o ar, depois cobriu o rosto com as mãos.
— Oh, meu Deus!
Ian a olhava. Olívia não sabia.
Ela não pretendia vender o filho.
Nem por amor.
Nem por dinheiro.
Ela acabara de rejeitar a oferta de Ian, por 100 milhões de dólares. Quantas mulheres faziam isso? Nenhuma das gananciosas que ele conhecia. Todas teriam feito estardalhaço quanto a amarem seus filhos, e quererem ser boas mães, mas por esse valor elas teriam tropeçado umas nas outras para jogar seus bebês nos braços dele.
Ele tinha sua prova. Olívia Jensen não queria... dar o golpe do baú.
Ela era apenas tola e cega. Dera sua virgindade a Ian sabendo que ele não tinha qualquer intenção de ser marido, ou pai.
Depois, concordou em se casar com um homem inescrupuloso como Wright porque na verdade achou que seria um bom pai para seu filho.
Como a maioria das mulheres, Olívia era fraca, mas não era imoral. Queria proteger seu bebê, assim como ele. Ela colocou a segurança e a felicidade de seu filho acima de seus próprios desejos.
E isso mudava tudo.
— Desculpe, Olívia — disse ele, baixinho. — Eu precisava saber que tipo de mulher você realmente é. Eu tinha de saber que você não prejudicaria nosso filho.
Ela limpou as lágrimas do rosto.
— E agora, o que você sabe?
E agora, o que ele sabia? Ian ainda queria proteger seu filho.
Mas ele também queria Olívia em sua cama. Queria tê-la todas as noites, e fazer amor com ela, até que estivesse totalmente saciado. Ele a abraçou.                           
— Quero que você fique comigo, Olívia. Vamos criar nosso filho, juntos. Quero que fique em minha cama pelo tempo que a ternura durar.
Ela soltou um longo suspiro.
— E depois?
Ele fez um carinho em seu rosto, forçando-a a erguer o queixo.
— Sempre seremos pais dele, Olívia. Mesmo que deixemos de ser amantes.
Olhando nos olhos dele, a expressão do rosto dela mudou.
— Maldito — sussurrou ela. — Não serei seu brinquedo.
— Sim — disse ele —, com total certeza, você será.
E a beijou.

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