Rebeldia Real - Trilogia Real - Volume 1

Capítulo 18

No dia seguinte, acordei novamente no chão almofadado com a minha cadelinha me lambendo. Comecei a rir com as cócegas que as lambidas faziam em minha face, e quando abri os olhos vi aquele serzinho todo feliz abanando o rabinho. Sentei e a peguei no colo fazendo carinho. Só depois de alguns minutos, vi que Becky estava tirando o pó da minha escrivaninha. Me levantei ainda com a minha pequena chiuaua em meu colo e fui em direção à ela.

Com tudo o que estava acontecendo, mal tivemos tempo para conversar e sentia falta disso. Ela parecia sentir o mesmo, apesar de estar muito séria ultimamente.

- Becky, desculpe não conseguir falar muito com você ultimamente. Tenho muitas preocupações na cabeça.

      - Tudo bem, eu entendo- disse me olhando. - Também ando muito preocupada.

      Ambas demos um leve sorriso até que ela fala:

      - Você poderia me explicar o que ocorreu ontem?

       Enquanto fazia as minhas higienes, vestia um vestido vermelho e Becky me embelezava, contei tudo. Desde o dia em que conheci Colin, até o meu plano. Apenas a poupei das conversas que tive com Matt sobre sua mãe.

        - Mas o que você espera fazer depois que conseguir a carta? Entregá-la ao seu pai para ele mostrar para o seu tio e estragar tudo? Sinto em lhe dizer que você já teve ideias melhores.

         Eu não havia pensado nessa parte. Se essa carta chegasse nas mãos do Duque ele descobriria tudo. Talvez se eu contasse para o meu pai e isso chegasse nos ouvidos de Edgar seria o fim de tudo. Eu precisava de um novo plano.

       - Becky, vá chamar os outros. Enquanto isso eu preciso resolver a gincana do 31 De Maio.

        Ela apenas assentiu com a cabeça e saiu em silêncio.

        Com tanto em mente, nem tive tempo de resolver a situação da gincana. E se eu não apresentasse o projeto em uma semana, poderiam estranhar. Por isso já começaria a organizar. Seriam ao todo 12 jogos com 1 hora de duração cada, e nos 3 últimos eu participaria. Sentei em minha escrivaninha e comecei a anotar as minhas ideias. Hipismo, corrida, cabo de guerra, circuito, vôlei, badminton, queimada, testes de lógica, testes de cultura variada, luta com guardas, ginástica artística e salto em distância. Isso sem contar nos 4 shows, também com uma hora de duração cada.

Estava tão concentrada planejando o evento que nem notei o bilhete em cima da mesa.

Lamento que você esteja lendo isso meu amor, mas precisarei que você planeje o funeral do guarda Carl Schnauzer, a pedidos do pai do falecido. Me perdoe.
Com amor,
Papai.

Se já me sentia mal antes, depois de ler o bilhete fiquei ainda pior. Mas em consideração à Carl e seu pai, o realizaria da melhor forma possível. Estava escrevendo o meu discurso para o funeral quando Becky volta com sua mãe e Yasmin. Elas chegaram tão silenciosamente que nem percebi. Só as notei quando senti cócegas devido ao espanador de pó em minha bochecha. Dei um grito de susto, o qual fez as criadas rirem. Mostrei a língua para quem me fez cócegas e Becky começou a rir mais.

      - Tu que me faz as cócegas e tu que ri né palhaça- falei brincando para Becky que começou a rir com mais intensidade.

       Segundos depois, o ambiente já estava tomado por risadas. Me levantei rapidamente pegando o espanador de sua mão e fazendo cócegas nela, que começou a correr. Fui atrás dela e das outras correndo e chacoalhando o espanador. Minutos depois, Matt abre a porta, e quando vê a cena pergunta entre risos: