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Shawn Mendes

Acordei com o sol na minha cara e a minha ereção bem enterrada em uma carne macia. Ainda de olhos fechados, meio sonolento, senti o mundo voltar a girar e me lembrei de tudo o que havia acontecido na noite anterior. Cada detalhe preencheu a minha mente e eu abri os olhos de uma vez só, pouco me fodendo para o sol que quase queimou as minhas córneas e encarei as costas de Camila encostadas contra o meu peito. Um suspiro de alívio escapou da minha boca. Não tinha sido um sonho, foi real. 

Foi real pra caralho! 

Enterrei meu rosto nos cabelos dela, tendo consciência, agora, de onde o meu pau estava enterrado. O filho da mãe havia arranjado um jeito de se acomodar entre as nádegas de Camila e eu nem poderia julgá-lo. Mesmo comigo dormindo, ele ainda tinha as suas vontades. Fiquei alguns minutos ali, sentindo o corpo dela contra o meu e ponderando se eu a acordava com beijos para podermos fazer aquele sexo matinal delicioso, ou se me levantava e preparava um café da manhã. Decidi, por fim, que seria melhor surpreendê-la com comida do que com sexo — que era algo que eu pretendia fazer com ela pelo resto do dia. 

Levantei-me devagar para não a acordar e fui ao banheiro jogar uma água no rosto e escovar os dentes. Mijar foi difícil pra caralho. Já tentou mijar com uma ereção? Era uma das maiores dificuldades encontradas pelo homem. Com muita força de vontade, consegui abaixar o meu companheiro para poder me aliviar e vesti uma cueca antes de sair do quarto. 

Foi estranho caminhar pela casa sem ouvir o barulho das patas de Bob atrás de mim e foi ainda pior começar a preparar o café sem ter aquele garotão para conversar. Em momentos como aquele — que eram raros, pois quase nunca passava uma noite longe do Bob — eu entendia a importância daquele cachorrão na minha vida. Bob era o meu melhor amigo, aquele que sabia todos os meus segredos e que os guardava a sete chaves — até porque, ele não tinha mesmo como contar para ninguém. Ele me entendia, me apoiava e, apesar de me julgar muito com seu olhar expressivo e seus múrmuros em língua de cão, sempre estava ao meu lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. 

Separei tudo o que eu precisava para começar a montar o café da manhã e comecei a fazer os ovos mexidos na manteiga — receita de mamma —, enquanto esquentava o leite em uma leiteira e ouvia a minha máquina de café, que quase nunca era utilizada, trabalhar. Estava concentrado, pensando se Camila iria se importar se eu colocasse um pouco de queijo nos ovos, quando senti dois braços me agarrarem por trás. 

Meu coração deu um salto, mas não foi de susto; foi de alegria. 

Buongiorno.

Ah, cara, aquela mulher falando em italiano era tudo para mim — e, sim, acabei de pegar uma gíria da minha sobrinha de dezessete anos, pois só aquilo poderia traduzir o que eu estava sentindo naquele momento. Virei-me e encontrei o sorriso de Camila iluminando toda a cozinha. 

Não me contive ao puxar o seu rosto em minhas mãos e beijar aquela boca deliciosa. 

Buongiorno, bella — sussurrei entre os seus lábios, afastando-me rapidamente para olhá-la de cima a baixo. 

Camila estava vestida com o blusão que eu havia usado na noite anterior e o seu visual estava duelando fortemente com a lingerie que ela havia usado na noite passada. A mulher estava sexy pra cacete. 

— Dá uma voltinha para mim, por favor? 

Rindo baixinho, Camila fez o que pedi e quase babei quando sua bunda apareceu por debaixo da camisa quando ela levantou os braços. 

— Sabia que um homem pode sofrer um infarto com uma visão dessas logo pela manhã? — perguntei, pousando a mão sobre o coração. 

— Nossa, que coisa horrível! Acho melhor eu tirar a camisa então — ela disse com um sorriso sorrateiro, começando a desabotoar a blusa. 

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