Camila saiu para a reunião e eu fiquei no hotel, pesquisando o que tinha de interessante para fazermos à noite.
Pensei em, primeiramente, levá-la para jantar para comemorarmos o acordo que ela fecharia com a Universal — tinha certeza de que eles firmariam contrato — e, em seguida, ir com ela para alguma casa noturna antes de fecharmos a noite com chave de ouro na cama.
— O final de semana perfeito — pensei em voz alta enquanto lia sobre uma boate que havia sido inaugurada há pouco mais de dois meses e que estava fazendo um enorme sucesso na noite paulistana.
Depois de fechar o nosso roteiro, fiquei um tempo no notebook e adiantando o trabalho que havia ficado atrasado por conta dos últimos acontecimentos em minha vida pessoal e só parei de trabalhar quando ouvi a porta do quarto sendo aberta por uma Camila eufórica, às quatro horas da tarde.
Levantei-me da cama e Camila largou a bolsa no chão, vindo correndo em minha direção.
— Meu livro vai virar filme! — Ela gritou em meus ouvidos e eu a peguei em meu colo, rodopiando com ela pelo quarto.
— Parabéns, bella! Você merece essa conquista.
— Ai, eu nem acredito — disse com a voz emocionada e eu a coloquei no chão, vendo seus olhos cheios de lágrimas.
— Não, não chora, meu amor... — Beijei os seus lábios e ela suspirou pela emoção. — É uma vitória.
— Eu sei, por isso estou tão emocionada. Eu sonhei tanto com isso, você não pode imaginar.
— Sei que sonhou muito com esse momento. Você merece tudo isso e muito mais, bella — falei, tomando seu rosto em minhas mãos. — Que tal abrirmos aquele champanhe para comemorarmos?
— Sim, por favor!
Beijando seus lábios mais uma vez, me afastei e fui em direção ao champanhe que ainda estava no balde gelo. O abri e enchi as duas taças, indo até ela para brindarmos. Camila estava com um sorriso enorme no rosto e bebeu sem tirar os olhos de mim.
Sua alegria era contagiante.
— Mônica reservou uma mesa em um restaurante para jantarmos em comemoração! Ela é uma mulher maravilhosa, você vai adorar conhecê-la — ela disse muito animada, quase pulando na minha frente.
Eu lutei para manter o sorriso em meu rosto e não demonstrar a pequena frustração que senti. Já havia feito planos para nossa noite, queria surpreendê-la com um jantar e ter a nossa comemoração, mas não deixei que Camila percebesse isso.
Não estava tudo perdido, ainda poderíamos sair depois do jantar.
— Tenho certeza que sim — respondi, a puxando para mim pela cintura. — Estou muito orgulhoso de você, bella.
— Obrigada — sussurrou, recebendo meus beijinhos no rosto. — E obrigada por ter aceitado vir comigo.
— Camila, eu vou com você para qualquer lugar, entenda isso.
O sorriso que Camila me deu foi diferente, emocionado, apaixonado. A pressão que senti em meu peito ao pensar nessa palavra foi diferente das outras vezes. Não me senti preso, foi o contrário, me senti completamente livre para aproveitar aquele momento com ela e todas as emoções que viriam.
***
Observei enquanto Camila se arrumava bem na minha frente. Ela fez uma maquiagem básica, mas caprichou no batom vermelho e deixou que o cabelo caísse livre pelas costas, enquanto decidia entre dois vestidos.