Capítulo 03

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Matador

Enquanto ela passava os mano jogavam piadinha. Eu não falei nada e fiquei encarando ela andar tentando disfarçar que estava mal.

Beatriz, filha do pastor Roberto, mó desejada pelos mano daqui da quebrada, mesmo não mostrando o corpo dela, os caras tem curiosidade.

Ela é mó misteriosa, nunca ninguém ficou com ela, pelo o que nós sabe tá ligado? Eu sempre estive de olho nela. De baixo daquele vestido largo que não marca o corpo, existe uma mulher diferente da que vimos.

Eu saquei isso.

Guto: Tavares tá querendo fugir, comparece na goma dele e mete bala, cata o que te ver de valor no cafofo.- colou perto de mim.

Matador: E o que ele fez?- traguei meu cigarro olhando firme para a Beatriz que me olhou, mas logo desviou o olhar quando me viu lhe olhando.

Guto: Estrupou a Liza, filha da dona Vânia da rua 7.- cruzou os braços encarando o nada também.

Matador: Firmeza.- falei vazando dali da boca dezenove.

Tô nessa vida desde novinho menó, matando e matando por diversão, porque eu sou assim, nem eu sei me explicar direito, matei a primeira pessoa que foi meu padrasto.

Ele vendeu a minha irmã e eu nunca consegui pegar ela de volta, e tanto que ela morreu, nunca mais eu vi ela depois daquele dia que ele levou ela a troca de dinheiro.

Fui atrás, fui até o inferno atrás dela, mas não achei nenhuma pista, mas achei o Caveira, o meu padrasto, pai dela, matei ele com todo o meu ódio.

E desde então eu nunca parei, fui crescendo aqui na Maré, mato quem faz mal ao mundo aqui, estrupador, x9, os que fode os sistema, homem que bate em mulher...

Só não encosto em mulher, idosos e crianças, se tem problema, se fez merda, eu não mato, quem resolve é o Guto, chefe daqui da quebrada.

Posso até não ser o chefe do tráfico, chefe do comando, mas sou o matador, ninguém me peita não irmão, eu não penso se é homem de família, homem trabalhador e tudo.

Mas não vem se meter comigo sem saber de nada não, mano, entrou na minha frente eu mando ir enfrentar o diabo lá no inferno mermo.

Ninguém sabe pelo o que eu passei pra ficar falando merda, então se não sabe o que fala ou o que faz, vai se ver comigo da pior forma.

Tavares: Aí irmão, me deixa ir embora, ninguém vai ficar sabendo que tu me ajudou, eu preciso partir, tenho filho doente para cuidar mano.- se explicou enquanto eu brincava com a minha 38 na mão.

Matador: Tu é Ilário menó.- ri.- Te ajudar a fugir? Quer pedir pro diabo não, caralho? Tá achando o que, que eu vou deixar tu fugir depois de estrupar uma adolescente?

Tavares: Eu não estrupei ninguém, foi um desentendimento, eu fiquei com aquela garota, eu não paguei ela e ela deve ter falado que eu estrupei ela só para ela ganhar vantagem.

Matador: Tu fala demais mano, vai se foder.- destravei a arma e puxei o gatilho atirando na testa dele.

Andei até o quarto do cara e peguei a mochila com a grana que ele roubou pra fugir. Saí do quarto e vi o sangue dele se espalhar pelo chão da sala, e eu sorri de lado.

Coloquei a mochila nas minhas costas e vazei da goma dele, é prazeroso, meu desejo mesmo era ter torturado ele, porque ele fez uma merda, e eu não admito estrupo.

Mandei os soldados pegar o corpo dele e queimar e depois jogar longe daqui do morro, e depois brotei na boca deixando a grana pro Guto e logo colei lá no meu barraco.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora