Capítulo 18

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Beatriz

Eu ouvi bastante dos meus pais quando eu cheguei em casa depois de ontem a noite, eu fiz o máximo possível para não contar o que realmente aconteceu, porque eu não consigo mentir muito bem, e acho que foi milagre eles não perceberem que eu estava mentindo.

Hoje é terça e o bar aqui da frente de casa estava muito agitado, e minha mãe foi para o quarto mais cedo junto com meu pai, já que daqui da sala faz mais barulho.

Eu não parava de pensar no que aconteceu ontem, quando fui dormir ontem na casa da Rafaela, eu só pensava nele, nos nossos beijos.

Ele deve achar que eu sou uma atirada, sabe? Mas eu não era assim, até ficar próxima dele.

Eu desliguei a televisão e levantei do sofá calçando meu chinelo, estava um frio danado aqui no Rio, a frente fria chegou mais cedo do que pensamos, ainda estamos em março.

Me assustei com meu celular vibrando, peguei o mesmo entrando no meu quarto, encostei a minha porta e sentei na cama olhando as mensagens.

E era o Matador, daí eu lembrei que ele havia salvado o número dele no meu celular.

Mensagem💬

Matador: Quero tu no meu barraco agr (21:00)
Matador: N vou te forçar nd, só vem. (21:00)

- Eu não posso.

Mensagem💬

Ele visualizou e não respondeu, me deixando nervosa e sem saber como reagir e agir numa situação dessas, fiquei tensa e fui até a janela do quarto tentando respirar melhor.

Qualquer atitude é uma total loucura, se eu não for, sei lá o que ele possa fazer comigo, com minha família e se eu for, vocês já sabem né.

Coloquei uma calça jeans escura, coloquei uma blusa de moletom, calcei meu chinelo e amarrei meu cabelo num rabo de cavalo meio frouxo. Peguei meu celular, saí do meu quarto vendo meus pais já dormindo, voltei ao quarto e peguei um papel e uma caneta.

Escrevi a eles que dormiria novamente ma casa da Rafaela, e também escrevi uma mensagem para ela, para a mesma me cobrir mais uma vez.

Deixei em cima da minha cama, e encostei a minha porta do quarto, saí de casa ainda vendo o povo do bar ainda no pique da noite e falando alto.

Passei pela rua ouvindo piadinha por eu estar usando uma calça jeans, e eu me incomodei muito.

- Se a calça já marca a bunda, imagina sem!- disse alto e claro, fazendo a multidão gargalhar.

Abaixei meu moletom e coloquei minha franja na frente do meu rosto apertando meus passos, eu não sei o que é pior, ouvir essas piadinhas ou estar indo novamente na casa do Matador, eu estou enlouquecendo.

Estou me metendo uma confusão sem conclusão e solução, e eu estou ficando com medo cada vez mais.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora