Capítulo 12

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Rafaela

Posso até surtar demais, eu tenho confiança frágil pelo Fernando, ele pode até não me trair, mas a confiança é uma coisa que tem que ter muito, ainda mais numa relação como a nossa, pra namorar com um traficante que é falado muito é pra ter muita coragem e paciência.

Porque sempre você vai ouvir piadinhas, baboseiras sobre ele, que ele possa estar te botando chifre, ou que ele tá dando mole pra qualquer uma aí, e eu estou aturando isso a dois anos.

Tem vez que eu ignoro, mas de tanto que eu guardo para mim, acumula muita coisa na minha cabeça e acabo surtando loucamente.

E ele se faz de idiota, debocha e depois fala que nunca teria coragem de fazer isso, e eu acredito né, até o momento que ouvir mais besteiras.

Katy estava comigo aqui no salão, já que eu estava precisando de um trato no meu cabelo, só estava esperando ela, até porque domingo tem baile no Lins e vou poder encontrar outras colegas minhas que tenho lá, é uma reunião dos chefes, e eu sempre acompanho o Lagarto.

No começo ele não deixava eu ir, eu achava que era pelo motivo de talvez ter mulher lá e ele querer ficar livre de mim, mas ele me levou uma vez e daí adiante eu fui junto, tomo conta do que é meu né.

Porque se ele fala que nunca vai trair, existe as galinhas que dão em cima e vira a cabeça deles né, é assim.

Mensagem on

Bea💕: Domingo agora tem culto especial na igreja, irmã (14:21)
Bea💕: A mãe vai ficar feliz. (14:21)

- Nem vai dá mana, tem baile no Lins e eu tenho q comparecer com o Lagarto. (14:23)

Bea💕: Mas você disse que viria, Rafaela, vai trocar o culto e a oportunidade de ver a mãe para ir no baile? (14:24)

- A culpa n é minha, nêga. (14:25)
- Eu preciso acompanhar ele, eu sou mulher dele, é uma reunião. (14:25)
- Prometo q dá próxima eu vou. (14:25)

Bea💕: Tá bom, esquece. (14:27)

Mensagem off

Olhei para as meninas conversando e me encarando, criei já a postura encarando elas tentando escutar o que elas falavam de mim, e eu já suspeitava como o de sempre né.

Katy: Liga não, nêga, essas daí tão sem o cu pra lavar!- levantou a sobrancelha, eu sorri de lado.

Tasha: Rafaela que devia lavar os chifres dela, eu li num documentário que animais com chifres deveriam cuidar dos chifres que recebem.- comentou com as amigas e riram.

Rafa: Enfia um rojão no cu e sai voando na sua vassoura, vai bruxa bruaca.- falei sem paciência.

Ester: Tá estressada, cuidado para quando for dormir, não quebrar a cama com o peso do chifre.

Eu levantei pra ir até ela, mas senti alguém me segurar, olhei e era Lagarto me segurando pela cintura, ele passou o braço pelo meu corpo e me colocou para trás, se colocou na minha frente e fitou meus olhos serinho.

Ester: Cai em cima agora, valentona.- riu levantando também.

Amanda: Por favor, briga aqui no meu salão não!- veio até a gente pedindo, enquanto olhava preocupada para as clientes.

Lagarto: Vaza as duas, e tu vem comigo.- pegou na minha mão e apontou para as vagabundas que saíram revirando os olhos pra mim.

Olhei para Katy e ela disse que me encontraria depois, paguei a Amanda e saí dali com o Fernando falando na minha cabeça.

Ele pegou o capacete da moto e me entregou, pegou o dele também enquanto falava, parecia uma máquina de lavar roupa batendo e batendo sem para nem um segundo.

Rafa: Tá Fernando.- ele me olhou.- Eu não aguentei, agora me leva para casa, não estou com cabeça!- pedi.

Ele apenas concordou balançando com a sua cabeça, subimos na moto, ele ligou a mesma e saiu cantando pneus até em casa, cortando caminho pelos becos e vielas, indo para o caminho mais curto, cheguei em casa e fui logo comer, estava na larica.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora