Capítulo 24

26.8K 1.8K 512
                                    

Lagarto

Eu não fiz por querer, drogas é um bagulho louco, cocaína, heroína, maconha, e bebidas alcoólicas. Caralho, meu vício voltou tudo de novo nessa porra, eu era mó viciado, fui parando de usar todo dia e toda hora, mas eu não aguentei e voltei de novo, trazendo mais problema.

Tá aí, bati na mulher que eu amo, eu sempre evitei saporra, sempre me controlei perto dela, mas ontem a parada foi diferente, eu não me segurei, cheguei em casa locão e só me dei conta do que fiz quando acordei vendo a mina toda machucada.

Fui um babaca do caralho, nunca aceitei saporra de bater em mulher, sempre defendi e tudo, agora quem agiu como um filho da puta, foi eu, e olhar para ela e ver que foi eu que fiz aquilo nela, me quebra todo.

Ela não deixava eu chegar perto dela, no mínimo um metro de distância, e isso tá me fazendo ficar malzão, irmão, se arrependimento matasse, mermão...

Não fiquei tanto tempo na boca hoje não, parti pra casa porque eu queria dar um jeito de fazer a mina me perdoar, mermo que talvez eu não tenha chance, só quero tentar, não quero perder a mina assim fácil.

Cheguei na goma e ouvi papo rolando solto no quarto, encostei a porta sem fazer barulho, tirei meu fuzil e deixei encostado no canto do sofá.

Tirei meu boné e caminhei até o quarto, parei na porta vendo o Lc e a Beatriz conversando com a nêga, eles pararam de falar e me olharam, Lc levantou criando postura.

Lagarto: Já foi pro colo da irmã crente?- cruzei meus braços.

Rafa: Vai se foder, Lagarto, sério.- passou a mão pelo rosto.

Lc: Bora Beatriz, tá tarde já.- eles levantaram e Rafaela continuou sentada com um bagulho na barriga que ela coloca quando tá com dor.- Te cuida, me liga qualquer coisa.

Rafa: Tá.- disse me olhando, com o olhar pra baixo.

Bea: Te amo.- beijou a cabeça da irmã e eles passaram por mim me encarando com cara feia.

Fechei a porta do quarto e sentei na cama tirando meu tênis, tirei minha blusa também e olhei para a aliança que eu dei para ela em cima da cômoda, fitei ela mexendo no celular me ignorando.

Eu levantei e peguei a aliança olhando para a mesma, mostrei para ela e a mesma se recusou a olhar.

Lagarto: Tu esqueceu de colocar ou tirou porque quis?- ela não precisou falar nada, taquei a aliança na parede na hora da raiva e fui pro banho.

Às vezes eu perco a cabeça, me irrito fácil, mas nunca levantei a mão pra ela, porque eu sempre me segurei pra caralho, eu fiz merda dessa vez, e para ela me perdoar vai custar para um caralho, se duvidar ela nem vai me perdoar.

Enrolei a toalha na minha cintura e saí do banheiro, e vi a porta do quarto fechada, tentei abrir e estava trancado, filha da puta...

Olhei no canto da porta no chão do corredor um cobertor e um travesseiro, catei do chão putão, bati na porta algumas vezes e ela não respondeu, soquei a porta e gritei ela.

Lagarto: Abre a porta, Rafaela!- gritei socando a porta.- Pelo menos me joga uma cueca aí, tô só de toalha caralho.- bati mais uma vez e nada.

Encostei minha cabeça na porta tentando uma esperança, ela girou a chave e jogou a cueca e trancou a porta mais rápido que eu, revirei os olhos e peguei a cueca do chão do corredor.

Peguei as paradas que ela jogou pra mim, desci pra sala e joguei tudo em cima do sofá, coloquei a cueca e estendi a toalha no varal, e fui caçar algo para eu comer, já que eu tava na broca.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora