Lagarto
Eu não fiz por querer, drogas é um bagulho louco, cocaína, heroína, maconha, e bebidas alcoólicas. Caralho, meu vício voltou tudo de novo nessa porra, eu era mó viciado, fui parando de usar todo dia e toda hora, mas eu não aguentei e voltei de novo, trazendo mais problema.
Tá aí, bati na mulher que eu amo, eu sempre evitei saporra, sempre me controlei perto dela, mas ontem a parada foi diferente, eu não me segurei, cheguei em casa locão e só me dei conta do que fiz quando acordei vendo a mina toda machucada.
Fui um babaca do caralho, nunca aceitei saporra de bater em mulher, sempre defendi e tudo, agora quem agiu como um filho da puta, foi eu, e olhar para ela e ver que foi eu que fiz aquilo nela, me quebra todo.
Ela não deixava eu chegar perto dela, no mínimo um metro de distância, e isso tá me fazendo ficar malzão, irmão, se arrependimento matasse, mermão...
Não fiquei tanto tempo na boca hoje não, parti pra casa porque eu queria dar um jeito de fazer a mina me perdoar, mermo que talvez eu não tenha chance, só quero tentar, não quero perder a mina assim fácil.
Cheguei na goma e ouvi papo rolando solto no quarto, encostei a porta sem fazer barulho, tirei meu fuzil e deixei encostado no canto do sofá.
Tirei meu boné e caminhei até o quarto, parei na porta vendo o Lc e a Beatriz conversando com a nêga, eles pararam de falar e me olharam, Lc levantou criando postura.
Lagarto: Já foi pro colo da irmã crente?- cruzei meus braços.
Rafa: Vai se foder, Lagarto, sério.- passou a mão pelo rosto.
Lc: Bora Beatriz, tá tarde já.- eles levantaram e Rafaela continuou sentada com um bagulho na barriga que ela coloca quando tá com dor.- Te cuida, me liga qualquer coisa.
Rafa: Tá.- disse me olhando, com o olhar pra baixo.
Bea: Te amo.- beijou a cabeça da irmã e eles passaram por mim me encarando com cara feia.
Fechei a porta do quarto e sentei na cama tirando meu tênis, tirei minha blusa também e olhei para a aliança que eu dei para ela em cima da cômoda, fitei ela mexendo no celular me ignorando.
Eu levantei e peguei a aliança olhando para a mesma, mostrei para ela e a mesma se recusou a olhar.
Lagarto: Tu esqueceu de colocar ou tirou porque quis?- ela não precisou falar nada, taquei a aliança na parede na hora da raiva e fui pro banho.
Às vezes eu perco a cabeça, me irrito fácil, mas nunca levantei a mão pra ela, porque eu sempre me segurei pra caralho, eu fiz merda dessa vez, e para ela me perdoar vai custar para um caralho, se duvidar ela nem vai me perdoar.
Enrolei a toalha na minha cintura e saí do banheiro, e vi a porta do quarto fechada, tentei abrir e estava trancado, filha da puta...
Olhei no canto da porta no chão do corredor um cobertor e um travesseiro, catei do chão putão, bati na porta algumas vezes e ela não respondeu, soquei a porta e gritei ela.
Lagarto: Abre a porta, Rafaela!- gritei socando a porta.- Pelo menos me joga uma cueca aí, tô só de toalha caralho.- bati mais uma vez e nada.
Encostei minha cabeça na porta tentando uma esperança, ela girou a chave e jogou a cueca e trancou a porta mais rápido que eu, revirei os olhos e peguei a cueca do chão do corredor.
Peguei as paradas que ela jogou pra mim, desci pra sala e joguei tudo em cima do sofá, coloquei a cueca e estendi a toalha no varal, e fui caçar algo para eu comer, já que eu tava na broca.
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Amor Proibido
Romancepensar em viver um romance é fácil, amar e deixar ser usado pra alimentar seu desejo, difícil é permanecer, um amor proibido, impossível de persistir, quando um dos dois não quer, nada consegue, e pra prevalecer terá que ter amor suficiente pra cont...