Capítulo 35

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Beatriz

Saí de casa após dizer a minha mãe que Rafaela estava precisando de mim, ela meio que acreditou, até porque mãe é mãe né, sempre descobre se estamos mentindo ou não só com o olhar, por isso eu saí na mesma hora para ela não suspeitar apenas me olhando.

Vi uma mensagem do Matador me dizendo que estava na rua do beco de trás, eu fui até lá despistando as pessoas, para que ninguém me visse.

Encontrei o mesmo em cima da moto dele, enquanto mexia no celular, ele me olhou e desligou o telefone guardando em seguida no bolso da calça. Ele estava lindo, eu não pude evitar de pensar isso, infelizmente, porque é impossível.

Ele usava uns cordões, que visivelmente eram de ouro, seu boné na cabeça, a blusa apertada na manga do braço apertando os seus braços musculosos, e mostrando as tatuagens pela mão, e pelos braços enormes.

Tá, eu me apaixonei mais ainda.

Matador: Toma!- me deu um capacete.- Sobe e se agarra, tamo atrasado e eu não vou pilotar devagar não.- disse enquanto eu andava até ele.

Bea: E onde é esse lugar?- parei lhe olhando.

Matador: Já vai ver.- disse por fim.

Eu coloquei o capacete, ele também colocou o dele, eu fechei o meu capacete e montei na moto, agarrei a cintura dele já mais acostumada. Ele girou a chave da moto a ligando, e saiu em alta velocidade até essa tal reunião.

Eu não estava preparada para isso tanto de coisa que está acontecendo nessas últimas semanas, tudo foi muito rápido, e também não estou preparada para o que está por vir pela minha frente.

O caminho foi um pouco longo, e quando chegamos ele foi parando a moto em frente ao casarão onde entrava bastante gente, e em frente havia muitas motos e carros parados.

Eu desci da moto, ele desceu tirando o capacete, eu tirei também e ele estendeu a mão para pegar a minha, eu estranhei, ele me olhou por alguns segundos e eu também sem me mover.

Até que eu cedi entrelaçando as nossas mãos uma nas outras, ele fez sinal com a cabeça para entrarmos, balancei a cabeça entrando junto com ele.

Nunca entrei num lugar como aquele, com bastante gente, bebidas alcoólicas, e muitas, muitas drogas, de diversos tipos, o cheiro estava impregnado, e havia aquelas músicas de lei, que em toda festa desse tipo tem, haviam mulheres dançando, pessoas se pegando e quase fazendo mais além do que um beijo.

As pessoas caíram com os olhares em cima da gente, me senti incomodada, mas Matador não, continuou andando e me guiando como se ninguém estivesse nos olhando, ou como se ele estivesse acostumado.

Coloquei meu cabelo na frente do meu rosto e agarrei mais a mão dele, sentindo a minha mão suada de nervoso, ele percebeu e agarrou ainda mais, me dando uma leve segurança, acabei sorrindo sem querer.

Estou ficando louca.

Saímos para o lado de fora da casa, era um quintal enorme, uma casa dessas numa favela, é um palácio, havia uma piscina gigantesca.

Voltei do meu transe quando ele gritou, e um homem respondeu, ele me olhou e andamos até um grupo de homens que estavam armados, e com algumas mulheres do lado, que deram a atenção totalmente a mim, me assustando.

- Pensei que não viria, mano.- eles fizeram um toque de mão e se abraçaram de lado.- Tava dando meia noite já, caralho.

Matador: Não exagera, porra.- fez toque com os outros.

- Tá de fiel?- uma morena perguntou enquanto encostava os braços no ombro de um homem.

Matador: É.- disse coçando a cabeça, sem muita firmeza.

Ele me olhou, eu engoli seco e fingi não ter escutado aquilo, não somos nada, e não sei por qual motivo ele disse aquilo, uma das mulheres me cumprimentaram e eu respondi com educação, elas falaram seus nomes e eu disse o meu, fazendo uma amizade.

Olhei para Matador que bebia com os homens, enquanto me vigiava com o olhar dele, eu não sei onde estou me metendo, sinceramente, mas eu amo correr esse perigo.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora