{Ouçam enquanto lêem}
________________________________________________________Logo após a sessão de Kassie, um novo membro bate a porta de Luiza e logo o mesmo adentra a sala, se sentando de imediato na cadeira de Analises.
Percebendo que o jovem não tinha se apresentado de forma mais educada, a doutora tomou o rumo da conversa.•[Luiza]- Como você não se apresentou, vou deduzir que você seja timido.
Sabe do que vamos tratar aqui nesta sessão ?•[Marcus]- ... (Balancou a cabeça sinalizando um, sim)
•[Luiza]- Não é muito de falar, entendo...se quiser ir embora, irei entender.
Mas se deseja ficar, posso lhe oferecer a possibilidade de conversar, mesmo sabendo que isso não seja de muita coisa.
Podemos tomar esse Whisky de, 1896 é um tanto velho mas acho que o gosto deve ser impecável.•[Marcus]- Ok.
*Um som calmo comecou e logo a doutora abre o whisky e coloca em dois copos com gelo*
•[Luiza]- Pode começar, se estiver pronto...estou aqui para ouvi-lo é tentar compreender o que te trouxe até aqui.
•[Marcus]- Meu pai...(falou e logo tomou um gole do copo)
•[Luiza]- O que ?
•[Marcus]- ...Quando crianças, eu e meu irmão eramos bem próximos e ligado a nossa mãe, bem mais do que ao nosso pai.
Mas como a vida tem varias supressas, uma delas foi ter levado nossa mãe...•[Luiza]- Casos de desgate psicólogico ? Seu pai batia em vocês ?
•[Marcus]- ... Alguns anos mais tarde, nosso pai era um campeão mundial de UFC, mas perdeu seu cinturão para um cara mais novo que ele.
Deprimido e já um pouco velho para continuar, ele resolveu descontar toda a raiva de sua derrota em bebidas...
...No início ele se trancava em uma pequena cabana no fundo da nossa casa, e deixava eu é meu irmão sozinhos por dias.
Até que tempos depois, ele passou a ficar agressivo, a todo custo eu protegeria meu irmão mais novo, mesmo que isso podesse me matar.
Os vizinhos reclemavam e até denunciaram os maus tratos dele comigo e o meu irmãozinho, que mesmo muito novo... já era muito valente.
Certa noite após uma festa que ele deu na nossa casa, com algumas prostitutas, ainda mais sujando a cama de nossa mãe com elas....
...Ele começou a nos ameaçar com um maçarico, aquilo assustou muito meu irmãozinho por algum motivo, ele queria realmente o queimar... então para não deixar isso acontecer, me pus na frente do meu irmão é com isso acabei queimando meu rosto...*Marcus que estava de capuz encobrindo todo seu rosto, logo o tirou e mostrou uma cicatriz de queimaduras do lado esquerdo da sua cabeça*.
•[Luiza]- Nossa...que, absurdo..e triste saber que tem que carregar está marca no rosto, levando em conta que esta cicatriz deve ter muitas dores sentimentais.
•[Marcus]- ...Meu irmão após isso, correu com medo dele... pois nosso pai estava com um sorriso assustador e realmente queria se livrar de nós.
Eu acabei desmaiando de tanta dor e acordei somente no dia seguinte a tarde.
Ao abri meus olhos e ver que meu pai estava caido no sofá morto de bêbado, achei meu irmãozinho alguns metros mais longe dele caido no chão e logo corri para ver como ele estava...
....Morto !
O demonio do nosso pai, assustou demais o pequeno e acho que ele deve ter sofrido um ataque cardíaco, sabendo que ele tinha problemas no coração desde dê bebê.
Ele não podia ficar sob muito stress, é aquele demonio tirou a vida dele !
Segurei o pequeno no braço é o tirei para fora da nossa casa, o dia já estava no fim... quase a noite e o desgraçado não tinha acordado.
Então entrei na casa novamente, peguei algumas garrafas de gasolina do nosso velho carro de família e espalhei por toda a casa, todo o resto eu despejei em cima daquela monstro !
Cheguei bem perto dele e ascendo o fósforo que cai lentamente sob o corpo daquele bêbado nojento, logo saio andando...mas percebo que ele sentiu queimar e logo se levantou.
Olhei para cada canto da casa e vi uma bola de metal de decoração que minha mãe gostava, corri para cima dele que ainda estava cambaleando perdido, é acertei em cheio seu joelho que já era problemático devido as lutas.
Ele então caiu no chão e me implorou por ajuda, derrubei algumas coisa em meio a sala enquanto a casa já estava pegando fogo junto com ele, saio correndo para fora.
Ainda não havia pessoas na rua, então pego o corpo do meu irmão e corri até não aguentar mais para o lugar mais longe possível !
Com 2 dias carregando o corpo morto do pequeno, tentando achar um bom lugar para enterrar o mesmo, lembrei que ele uma vez havia me dito que sempre teve um sonho de visitar uma montanha que tivesse uma vista para o pôr-do-sol, então depois de procurar por mais algumas horas... encontro uma montanha, não tão grande e subo até o pico da mesma.
Quando cheguei no topo, o dia estava realmente acabando, era como se o sol estivesse esperando aquilo.
Cavei um pouco, coloquei o corpo dele dentro da cova e lhe dei um Último beijo na testa como eu tinha costume...é me despedi com muita dor, aquele momento me levou a um estado mental que...*Bebendo todo o resto do copo e olhando fixamente para o teto*
•[Luiza]- Não precisa continuar, parece que você guardou muito essas lembranças, pois mesmo depois dos testes, você ainda consegue lembrar !
Estou surpresa como conseguiu falar isso assim tão abertamente...•[Marcus]- Eu também.
*Levantando da cadeira e colocando novamente seu capuz*
•[Luiza]- Como era o nome dele...do seu irmão ? *(Limpava as lágrimas que escorria de seus olhos)*
•[Marcus]- Alberty...(abrindo a porta e saindo da sala, em direção ao seu quarto).
"Eu realmente não consegui conter as lagrimas...as duas histórias foram extremamente pesadas, não consigo imaginar o quão difícil foi pra eles.
Realmente, achei que minha vida tinha sido ruim, é agora paro pra perceber que...as vezes julgamos as pessoas, sem saber o que de obscuro tem em suas vidas...como suporta tamanhas dores ?... sinceramente, não sei". - Pensa Luiza sozinha na sala, enquanto respirava fundo.{Marcus}
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UNN∆MED •[Concluída]•
Science FictionQuando tudo chega ao limite, podemos ver o quão longe vai a consciência humana para alcançar sua sobrevivência. Quando somos expostos a uma dificuldade de sobrevivência extrema, o nosso cérebro se expande a uma só consciência para manter a existênc...