Futuro adivinhado¶

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Os quatro adolescentes corriam pela floresta da morte, o barulho das folhas sendo esmagadas pelos calçados escoava por toda a área e faziam os pássaros voarem para longe da li. Estavam apenas treinando.

— Aqui encima otária! — Jiraya gritou sentado no galho duma árvore, Tsunade sorriu vitoriosa e disparou um soco no tronco da árvore, fazendo o de cabelos brancos cair e  receber vários socos da loira.

— Tsunade 1, Jiraya 0. — Sorriu se inclinando para o amigo com as mãos na cintura. — Fraco.

Ele apenas sorriu manhoso olhando para o decote dos seios da moça, tomara mais um soco na barriga.

— Okoye, agora é com você! — A futura Hokage gritou.

— Pode deixar comigo Tsu! — A Hyūga ativara seu byakugan, notando Orochimaru ali. — Olá Orochi.

— Olá Koye. — Cumprimentou de longe a dama, ficando de frente para ela e vendo sua face tipicamente serena. — Podemos acabar aqui e você entregar a luta, ou eu posso deixar você bem machucada.

— Você me subestima. Isso é maldade. — Sorriu ao ver o outro prender os cabelos num coque e pegar kunais.

— Eu só faço maldade, isso explica minha reputação.— A atacou, tendo todos os seus golpes desviados com taijutsus.

— Precisa mudar isso, você não é bom em ser ruim.

— Eu sou perfeito em ser ruim, de onde tirou isso? — Riu cínico fazendo muitas de suas cobras a atacarem. — E quem vai me fazer mudar, você?

— Exatamente. — Respirou fundo. — Oito trigramas, cento e vinte e oito palmas.

Golpeou o amigo 128 vezes até ele cair no chão imóvel.

— Você é a mesma Okoye Hyūga? Cadê sua empatia hein? — Ele perguntou ao sentir seu corpo ser levantando.

— Estou sendo empática agora, eu podia ter te deixado lá sabia?

— Hm. — Murmurou jogando a cabeça para trás.

— Orochi? —  Levantou a cabeça e foi surpreendido. Okoye tinha dado-lhe um rápido selinho. — Okoye 1, Orochimaru 0.

— Desestabilizando o inimigo? Isso é trapaça. — Sorriu debochado sem notar os que os outros 2 sannins os observavam na moita.

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Eu fechei o livro assim que terminei de contar a última história, Ino e Sakura já se encontravam dormindo nos dois colchões e Naruto dormia com as mãos entrelaçadas no braço de Sasuke, que também já se encontrava em sono profundo.

— Você pode dormir do meu lado? Na outra  ponta? — Perguntei para Shikamaru. — Creio que Sasuke e Naruto estão bem… confortáveis.

— Pode ser. — O abacaxi concordou, engatinhando até o local indicado. — Boa noite problemática.

— Boa noite preguiçoso. — Assim como os outros caímos a dormir.

No outro dia meu time recebeu uma missão e é claro que eu tive que arrastar Sasuke comigo, mas naquele dia o moreno teve respostas bem reveladoras.

Nossa missão foi até bem simples de ser concluída, o que me faz pensar que tudo fora armado e que a mente acima disso sabia que Sasuke entraria em contato com alguém da Akatsuki.

Sasori da Areia Vermelha era um dos membros mais fortes da organização, então posso chegar a conclusão de que ele se deixou ser pego pelo jutsu do Shikamaru.

Sasuke e eu fomos encarregados de fazer um relatório sobre o jutsu de marionetes que ele usava, já era quase oito de noite e só nós dois estavamos ali.

— Eu sei do seu segredinho sujo Sasuke. — A marionete humana falou de forma tendenciosa, ela estava presa e seu núcleo agora se encontrava em minha mochila, Sasuke apenas engoliu seco, parecia ser apenas uma manipulação verbal. — E sua amiga? Ela sabe?

— Ela não é minha amiga. Não costumo fazer amizades. — Falou curto e grosso, tratariamos disso outra hora, eu apenas me concentrava em escrever sobre o renegado de Suna.

— Então você é igual ao Itachi? 

Sasori tocou no ponto mais fraco do Uchiha ao meu lado, fora minha hora de atentar-me a conversa.

— O que?

— Sasuke não dá trela, não escuta ele. — Pedi e ele se calou. 

— Itachi também não quis fazer amizades e eu compreendo, alguém que matou os próprios pais a sangue frio… teria humanidade o suficiente para criar algum tipo de laço?

Escutei Sasuke coçar a garganta, ele iria quase chorar.

— Mas você não fica muito atrás.

— Não me compare ao Itachi, marionete inútil. — Falou ríspido e seus olhos queimaram em fúria, era horrível o peso que Itachi ainda tinha na vida do Sasuke.

— Ele está falando da  boca pra fora. — Retruquei de forma vaga, apenas para acalmar o moreno.

— Acha mesmo, filha da cobra? — Dirigiu-se a mim. — Sabe, não sou um dos melhores com adivinhações mas creio que o Orochimaru não será o único da linhagem a entrar na Akatsuki… com tamanho poder, você será sempre bem-vinda.

— Não é como se isso tivesse passado pela minha cabeça.  — Guardei o lápis e o pergaminho.

— Se me permite fazer um palpite.

— Não Sasori, nós não permitimos. — Falei por mim e Sasuke, porém fui ignorada. 

— Vocês vão seguir passos totalmente diferentes e vão se unir com as pessoas que mais desprezam. Causarão enorme dor um ao outro.

Sasuke e eu nos entreolhamos, o emo chutou a cabeça de Sasori para o longe e eu tratei de enterrar o núcleo do inimigo num lugar onde ele nunca iria achar. 

No resto da noite nós jantamos e Sasuke estudou a teoria de alguns jutsus, minha mente estava nublada demais para estudar quaisquer coisa.  As palavras de Sasori haviam deixado minha mente nublada.

Sasuke e eu nos ajeitamos para dormir, eu ainda me perguntava o que Sasori queria dizer em suas palavras e sobre o nosso destino.

No fim das contas podia ser só baboseira atrás de baboseira, né?

— Sasuke? — O chamei e ele se virou para mim. — Sobre o que o Sasori falou…

— Ele falou muitas coisas Nezumi, seja mais sucinta. — Pediu. — Seja direta.

— Ok. — Confirmei com a cabeça, ainda mantendo contato com o Uchiha. — Qual é o seu segredinho sujo?

ɴᴇᴢᴜᴍɪ ʜʏᴜᴜɢᴀ - ᴀ ᴘʀɪɴᴄᴇꜱᴀ ᴅᴀꜱ ꜱᴇʀᴘᴇɴᴛᴇꜱOnde histórias criam vida. Descubra agora