Tudo começa com um grito, vindo do lado de fora dos chalés. Um grito apavorado, digno de filmes de terror que você pula da cadeira e não consegue parar de ouvi-lo em sua cabeça. Alguns diriam que veio da floresta, do outro lado da barreira de proteção; outros alegariam vir de trás da Casa Grande. Bem, não faz diferença, pois apenas duas pessoas o ouviram.
Durante a noite, Tine não consegue dormir. Rola de um lado para o outro na cama, mas o sono não vem. Isso não faz sentido. Durante todo o dia, ele praticou suas técnicas de luta e ajudou seus meio-irmãos nos treinos, além de ter participado de tarefas específicas por ser chefe do chalé 7.
Deveria estar cansado o suficiente para desmaiar assim que colocasse a cabeça no travesseiro, mas isso não acontece. Sua mente continua trabalhando, recusando-se a desligar, mesmo o ambiente estando o mais silencioso possível. Os únicos sons sendo os roncos baixinhos nas camas ao lado e o coaxar de algum sapo do lado de fora. Mais um vez, Tine fecha os olhos e tenta dormir.
Do outro lado do acampamento, no chalé 13, Sarawat se encontra da mesma forma; como se uma banda marcial tocasse em sua cabeça, impedindo-lhe de esvaziá-la e finalmente pregar os olhos. Mais um dia de insônia, já virou rotina. Irritado, levanta da cama e começa a perambular pelo quarto, com as mãos na cabeça, o que só parece deixá-lo ainda mais acordado.
Ele pragueja, mas não volta a deitar — os olhos da estátua de seu pai parecem segui-lo a cada passo. Pensa em contar carneirinhos, mas a ideia é tão estúpida que o abandona no instante em que senta no chão, recostado na cama, já aceitando que seria mais uma noite sem dormir. Daquele jeito, atento, consegue ouvir perfeitamente o grito.
Assim como Tine.
Ambos os meninos se assustam quase ao mesmo tempo. Tine olha ao redor, confirmando se um de seus irmãos ouviu alguma coisa. Porém, todos continuam a dormir profundamente. Sarawat, por sua vez, estando sozinho, luta contra a vontade de levantar e verificar o que estaria acontecendo.
Alguns minutos se passaram e o grito não se repetiu. Àquela altura, o sono vem para Tine como um soco, forte e certeiro. começou a dar sinais. Talvez eu esteja ouvindo coisas, Sarawat pensa, tendo alucinações. O relógio de pilhas no criado mudo indicava que já se passaram mais de duas horas desde o toque de recolher. Meia-noite, muito mais tarde do que deveriam dormir.
De uma maneira estranha, para quem não conseguia dormir há poucos minutos, Tine apaga sobre os cobertores. Sarawat demora um pouco mais para fazer o mesmo, talvez nem tenha feito. Em sua mente, no entanto, ainda ronda aquele grito, agudo e desesperado.
Alguém pedindo socorro.
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Olá, pessoas!
Estou aqui de novo trazendo mais uma fanfic de 2gether para preencher nossos coraçõezinhos após o fim dessa série maravilhosa. Desta vez com uma short/long fic. Serão mais ou menos uns 9 a 10 capítulos, contanto com prólogo e epílogo.Alguns avisos importantes sobre a história:
- Ela se passa no universo de Percy Jackson, porém com várias adaptações para se encaixar no contexto que eu quis criar.
- NÃO é necessário ter lido os livros para entender.
- NÃO terá spoilers dos livros, nem dos filmes, nem da futura série.
- Type e Phukong não serão irmãos do Tine e do Wat.
É isso, se eu tiver mais alguma coisa para falar aviso nos próximos capítulos. Espero que vocês gostem acompanhem essa história que eu tanto amei e me empenhei para escrever.
Trilha Sonora:
YouTube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLV8YWdrJ2cuj73EshNhJSQd0P05l1wRxx
Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/7wacCcAoN7BLwqtZLbfsJl?si=mlgllxRAS3Wvsgk9_QyzygFanfic também publicada no Social Spirit
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Beijado Pelo Sol (2gether)
RandomTine é o mais habilidoso entre os filhos de Apolo, destacando-se por sua beleza, autruísmo e coragem. Já Sarawat é seu nêmese natural, enquanto Tine é o sol, Sarawat é pura escuridão. Filho único de Hades, com poderes que nenhum outro campista já vi...