2. O sol e a morte encontram a magia

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 Bangkok é linda vista de cima

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Bangkok é linda vista de cima.

Do alto do céu, as pessoas parecem pequenas formiguinhas, correndo agitadas de um lado para o outro. Elas nem mesmo fazem ideia dos perigos e monstros que existem, acreditando não passarem de mitologia. Os próprios semideuses também não acreditavam, até verem com os próprios olhos. Mas seria difícil para simples humanos enxergarem aquilo, pois a névoa faz com que eles, mesmo estando de frente para uma criatura mística, não consigam vê-los como realmente são.

Os heróis sobrevoam a cidade montados num pégasus branco. Eles não conversam, em vez disso, pensam mais do que deviam, sem conseguir esquecer das palavras da profecia. Mesmo que não admitam em voz alta, "O tempo do herói se findará e o que mais importa será escuridão" causa-lhes arrepios.

Tine conduz o pégasus, guiando-se pelo mapa que Fong havia dado. Vez ou outra, dava-lhe um torrão de açúcar e acariciava sua crina, recebendo um relincho contente como resposta. Sarawat, por sua vez, revirava os olhos, sentado atrás de Tine. Segurava no próprio animal, para não precisar se apoiar no outro garoto. Desviaram de algumas nuvens - em alguns desses momentos, Sarawat quase se desequilibrou e caiu. Tine fingiu não perceber, mantendo toda a sua concentração no mapa e no caminho à frente.

- Seria muito mais rápido se eu pudesse me transportar pelo Mundo Inferior - Sarawat falou, depois de certo tempo.

Como filho de Hades, ele possui algumas habilidades que os demais semideuses não possuem, como teletransporte através do Mundo Inferior, que estão sob os domínios de seu pai. Poderia atravessar o país em alguns minutos.

- Sim, seria mesmo. Mas você fica detonado depois de cada viagem e demora horas para se recuperar. - Tine responde, sem se mover. - Cada minuto nessa missão é valioso e essa sua habilidade só funcionaria para você.

- Você poderia pegar uma carona com um cão infernal - falou, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

Se estivesse falando com qualquer outra pessoa, receberia um resmungo indignado em resposta, na melhor das hipóteses. Tine, entretanto, apenas riu.

- Meu pai ia adorar saber que estou pegando carona pelo mundo inferior com cães infernais.

- No singular, apenas um.

- Mesmo assim. Onde arrumaríamos um cão infernal em tão pouco tempo?

Sarawat murmurou algo incompreensível em resposta, mas claramente não era um "ok, você está certo". Mais uma nuvem vinha a frente, precisariam desviar. Tine segura firme as cordas presas ao pégasus e as guia para o lado. Nessa virada brusca, Sarawat novamente quase cai, dessa vez colidindo com as costas do condutor.

- Ai! Vai mais devagar!

Tine vira brevemente na direção dele, apenas tempo suficiente para pegar em sua mão e obrigá-lo a abraçar sua barriga.

Beijado Pelo Sol (2gether)Onde histórias criam vida. Descubra agora