17: Desculpas e Reconciliação

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— O que tinha na cabeça?! — Noel exclamou, encarando o vilão que antes fora congelado por Jack, em sua sala.

(S/N) manteve seu olhar calmo e sereno, apesar de seu interior não estar exatamente daquela maneira tão boa. Ela suspirou mantendo seu olhar no chão.

— Perdoe-me, mas eu já estava de saco cheio. Vocês não nos dão valor. — Murmurou simplista, mesmo com toda aquela serenidade seu tom de voz mostrava angústia, estava amargurada depois de passar por tudo aquilo.

— "Nos"?

— Eu e Jack. Me senti injustiçada, porque não dão valor ao que fizemos na luta anteriormente. Além disso, vo–

— (S/N), me desculpe, mas quem pediu para que fosse temporário? — Disse seco, e Frost suspirou. O albino sabia que aquela conversa só iria piorar tudo. — Vocês, certo?

— Sim, Noel. Mas pessoas mudam.

— E você mudou bastante para querer ir ao lado de Breu.

— Talvez. Eu apenas queria ter poder suficiente para fazer vocês mudarem de ideia, mas não foi eficiente. Iria usar Breu contra a própria proposta dele, mas... — Ela travou de repente, as palavras emboladas na garganta.

— Mas...? — O velho homem a analisou, sua feição perdeu toda aquela serenidade. (S/N) não aguentava mais fingir, estava cansada, se sentindo um lixo depois de tudo que fez e disse.

— Me desculpe, me desculpe, me desculpe! Eu... Eu perdi a cabeça e... Ele se aproveitou disso, e meio que... me hipnotizou.

— Ele o que ?! — Frost se pronunciou pela primeira vez, depois minutos em silêncio. — Hipnotizou? Como assim?

— Ele me fez pensar em coisas terríveis, mas tudo que eu queria... Era ajudar você, Jack. — Ela suspirou, deixando uma lágrima rolar.

— Certo, estão liberados. Eu cuido do Breu. — Noel murmurou, e o que disse deixava bem claro que o que ele realmente queria dizer era que eles precisavam de um tempo a sós.

Ambos saíram, e ao andarem pelo local, chegaram após um tempo em silêncio ao lado de fora, onde já estava um portal para saírem.

— Jack, olha–

— (S/N), me desculpe. — Ele começou, interrompendo-a. Parecia que todos queriam interromper ela o dia inteiro, incrível. — Eu julguei você mal e... Agi como um babaca a fazendo chorar, admito. Sinto muito...

— E-está tudo bem. Ao menos, eu acho. — Assentiu. — Mas me desculpe, eu desconsiderei tudo que tínhamos com um simples "amigo importante" antes. Também agi como uma tola.

— Eu não me importo. O que importa é que a situação não piorou. — Sorriu gentil, se aproximando, e a abraçando e apertando forte no abraço. Ela aproveitou e deixou seu rosto na curva do pescoço do garoto, deixando-se relaxar por um momento.

Depois, saíram pelo portal e acabaram em um beco das ruas do bairro de (S/N).

O coração da garota ainda estava descompassado com tantos sentimentos de uma vez, dos quais não poderia simplesmente ignorar. Jack percebeu sua inquietação e parou de andar de repente, entrando em outro beco com ela sendo levada pelo pulso, para terem maior privacidade na conversa.

— Você precisa relaxar. Está tudo bem. Não é como se fossem te matar por quase abrir um acordo com Breu. — Murmurou, tocando nas duas bochechas da garota que tremia de repente.

— Nã-não, não é isso... É como se... Me-meu corpo estivesse... Eu não sei! Eu não consigo respirar direito!

— Calma, calma... Conta até dez. — Seus olhos azuis mostravam o quão preocupado estava, olhando todo o corpo dela, mas não havia nada externo que mostrasse o que possivelmente poderia estar causando aquela sensação para a mesma.

— Um... Do-dois... — Sua voz falhou, e revirou o solhos inconscientemente, os fechando logo em seguida e caindo nos braços de Frost, em sono profundo.

— Mas que diabos? — Ele começou a se desesperar sozinho, a colocando no colo ainda inconsciente, e usou seu poder para voar pelos ventos. Precisava da ajuda de alguém, mais precisamente, dos guardiões.

MEU GUARDIÃO; Jack Frost Imagine [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora