Assim que tocou o sinal da minha última aula, eu me levantei para sair dali antes que o sono se tornasse mais forte que eu. O professor Jenkins nos dava a aula mais chata de todas e de uma maneira nem um pouco didática, o que só dificultava a vida de todo mundo, inclusive a minha.
Meu telefone tocou no bolso logo quando entrei em meu quarto. Era minha namorada, Ivy, quem ligava. Eu estava tão embriagado pelo sono vespertino que tudo que fiz foi jogar a mochila perto do armário antes de me jogar sobre a cama com o telefone já à orelha.
Ivy perguntou coisas tão básicas que eu cheguei a pensar que ela estava fazendo aquela ligação apenas por um sentimento de dever. Eu não protestei, no entanto. Respondi às perguntas do mesmo modo mecânico que sua voz baixa e suave falava, ligeiramente sonolenta. Eu até queria ter mais coisas para dizer, porém estava tão cansado que as lembranças mal vinham à minha cabeça.
Eu não sabia se era culpa do início brusco das aulas, da onda de calor que castigou a costa leste americana nos dias anteriores ou somente por causa do combo de aulas insuportáveis que eu inevitavelmente teria às sextas-feiras, mas eu estava mesmo a um passo da cova. Eu precisava urgentemente de um descanso e, por mais que amasse Ivy, queria logo desligar o maldito telefone.
Não demorou muito tempo até que finalmente desligássemos a chamada e eu caísse no sono ali mesmo, no quarto estranhamente vazio. Pensei que Anderson tivesse saído da aula direto para algum barzinho ou coisa parecida, então sozinho eu estava e sozinho adormeci, sem nem mesmo ter fechado as cortinas para evitar a luz solar das duas e vinte da tarde.
Eu acordei já no início da noite, todavia não me preocupei muito com socialização. Apenas comi qualquer coisa, tomei um banho e conversei um pouco com Harvey antes de voltar para a cama. Só abri os olhos na manhã seguinte por causa do despertador do celular, e foi por pouco que não o arremessei na parede. Eu sentia um desconforto no pescoço, talvez por ter dado um mau jeito enquanto dormia, e pensei que tomar uma nova ducha quente faria bem.
Deixei o quarto vazio ao sair. Aparentemente, Anderson não havia chegado e muitos ainda estavam dormindo. Poucas vozes rondavam a casa, principalmente vindas da sala de convivência no andar inferior.
Sem muitas cerimônias, tomei minha ducha, escovei os dentes sob o chuveiro, dei um jeito de lavar o rosto para tirar a expressão causada pelas horas excessivas de sono e saí do banheiro descalço, vestindo uma regata branca e uma bermuda jeans rasgada, para levar minhas roupas sujas à lavanderia no porão.
Quando estava na metade das escadas, encontrei Harvey as subindo. Ele abriu um largo sorriso ao me ver, fizemos um cumprimento de mão e ele, aparentemente bastante animado naquela manhã de sábado, decidiu me acompanhar até a lavanderia enquanto íamos conversando.
"Semana difícil, cara?" Perguntou ele, assim que notou que eu não estava assim tão animado para o fim de semana. Apesar da boa noite de sono, eu ainda estava um pouco tenso.
"Foi um inferno." Então ri em certo nervosismo ao levar a mão a coçar a nuca. "E a sua?"
"Não foi tão ruim assim, eu 'to legal." Harvey amigavelmente me deu um tapinha nas costas assim que pisamos nas escadas do térreo que desciam até o porão.
"E você sabe por onde anda meu colega de quarto? Eu não o vi chegar ontem à noite e nem hoje quando acordei."
Harvey imediatamente sumiu com o sorriso de seus lábios carnudos e desviou o olhar para os degraus que descíamos, como se estivesse pensando em uma resposta boa o suficiente para ocultar o que ele possivelmente sabia.
"Deve estar por aí. Anderson também parecia meio estressado ontem, não acha?" Foi o que ele disse, por fim. Consegui detectar algum nervosismo em seu sorriso quando ele também levou a mão à nuca.
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BRANDT - Amor e Submissão
Любовные романыBrandt McKenzie estava completamente enganado ao pensar que, ao ser admitido na Universidade Brown, seguiria com seus planos de vida sem quaisquer alterações significativas, ao lado de sua namorada e apoiado economicamente por seus pais. Entretanto...