[Domingo, 22 de Setembro de 2019]
Acordei no domingo de manhã envolto pelas roupas de cama tão brancas quanto uma nuvem em um céu de verão, e de maciez semelhante a uma. O edredom que me cobria até o meio das costas nuas afugentava o certo friozinho que veio com a chuva cujas gotas apostavam corrida no vidro da janela ao lado.
Da noite anterior, eu só me lembrava do jantar que Connor preparou e do vinho tinto que com certeza não fez muito bem o seu papel em me deixar de ressaca, pois a dor de cabeça que eu sentia era quase insignificante.
Ao pensar nele, revisitei a última tarde em um lapso de memórias cujos sons se confundiam, ofegantes, distantes na mente e próximos no tempo. Ao tocar a parte vazia ao meu lado, finalmente percebi que ele não estava mais comigo. Gemi, preguiçoso.
"Um mês atrás eu sequer pensaria em dormir com outro cara."
No entanto, de forma alguma senti minha consciência pesar tanto quanto meu corpo ao tentar me arrastar para fora da cama para ir até o banheiro da suíte. Escovei os dentes ao mesmo tempo que tomei um banho rápido. Connor disse que eu poderia me sentir em casa, e já que estava ali...
Eu estava distraído enquanto lavava o rosto de costas para a porta, ainda sob o chuveiro dentro do box transparente. Ao me virar, não esperava encontrar Connor me observando com o braço encostado no batente, usando apenas sua cueca preta. Meu coração disparou ligeiramente com o pequeno susto, mas não esbocei uma reação mais nítida do que o enrubescer das bochechas em alguma vergonha.
Eu também comecei a ficar excitado com seu olhar desejoso sobre mim, percorrendo-me o corpo de cima a baixo indiscretamente como a água morna fazia.
"Já é um pouco tarde..." Começou, mal conseguindo disfarçar o perverso sorrisinho de canto ao também encostar a cabeça no batente da porta.
"E então...?" Virei de costas mais uma vez, já que achava melhor que ele visse a minha bunda entre as gotículas de água que escorriam pelo box do que minha excitação crescente.
"Como ele consegue?"
"Então..." Continuou, e eu poderia facilmente imaginar como ele devia ter umedecido os lábios com a cena devido à certa rouquidão adquirida por sua voz. "Nós vamos ao mercado."
Franzi a sobrancelha imediatamente, olhando-o por cima do ombro enquanto massageava meus cabelos com xampu.
"Mercado?" Eu disse, desconfiado.
Ouvi um riso breve e totalmente devasso vir de Connor antes de ele se aproximar do box do banheiro, causando em mim um imediato arrepio na espinha e um frio no estômago.
Por que eu sentia que estava prestes a me ferrar com uma simples ida ao mercado?
Eu realmente não estava com a cabeça no lugar ao dizer verde para aquela ideia arriscada, embora também extremamente excitante.
Não, não era apenas uma simples ida ao mercado, principalmente porque ninguém faz isso com um vibrador secreto sob as calças, controlado remotamente por um homem que obtinha um prazer louco com essas coisas.
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BRANDT - Amor e Submissão
RomanceBrandt McKenzie estava completamente enganado ao pensar que, ao ser admitido na Universidade Brown, seguiria com seus planos de vida sem quaisquer alterações significativas, ao lado de sua namorada e apoiado economicamente por seus pais. Entretanto...