16.1 | Cor de ouro

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[Nota do Autor]

Olá, pessoal! Como vão?

Bom, como eu já havia dito a vocês, as postagens aqui só irão até o Capítulo 17, que será o próximo.

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Obrigado pela atenção, e vamos ao penúltimo capítulo!

Obrigado pela atenção, e vamos ao penúltimo capítulo!

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[Sexta, 04 de Outubro de 2019]

Harvey

Olhei para o telefone com uma expressão estática de surpresa, sequer percebendo minhas mãos suadas e as batidas aceleradas do meu coração no peito.

"Que cara é essa, mano?" Perguntou Paul ao se aproximar de mim pela lateral.

Rapidamente, fitei o preocupado olhar caramelo que ele trazia sob uma sobrancelha abaixada no rosto de pele acastanhada e traços latino-americanos antes de desligar a tela do celular e entreabrir a boca, tentando pensar em uma resposta para dar a ele sobre o que havia me feito sair de perto dos caras dentro do vestiário do ginásio.

"Nada, não foi nada. Eu só preciso voltar pra casa logo." Falei, quase me atropelando nas palavras ao procurar o bolso das calças para guardar o celular e enfim percebendo que eu não vestia nada mais que uma toalha enrolada na cintura.

Paul avançou em meio ao certo vapor de água que ainda dominava o local fechado, exibindo o corpo molhado da ducha também usando apenas uma toalha.

"Era o Anderson?" Ele disse, passando a mão pelos cabelos escuros e curtinhos, parecidos com o estilo militar.

As risadas dos outros rapazes no banco do outro lado do vestiário atraíram minha atenção para eles. Com a mente um tanto dispersa, pisquei os olhos na direção de Paul ao respondê-lo.

"Ah, era. Ele..." Engoli em seco, abaixando os olhos para os azulejos brancos.

Paul ergueu as duas mãos como se dissesse que já havia entendido tudo. Também, seria improvável ele não ter compreendido, pois foi a única pessoa a quem confiei meu último desabafo simplesmente porque eu não aguentava mais.

Eu merecia mesmo ser chamado de cretino, desgraçado e filho da puta depois de tantos dias sem falar direito com Anderson, inutilmente me defendendo de algo que eu sequer pensei em querer e até tentando virar o jogo contra ele durante a ligação. Ele tinha razão, pois tentou conversar comigo várias vezes e eu o evitei.

"Quer um conselho, de homem pra homem?" Paul voltou a me chamar a atenção ao tocar meu ombro. Ele desviou o olhar por um momento enquanto passava a outra mão pelo cavanhaque bem-feito. "Aceita os seus sentimentos e assume o cara. Todo mundo vê que você 'tá na dele desde bem antes daquele dia que você me contou ter... você sabe."

BRANDT - Amor e SubmissãoOnde histórias criam vida. Descubra agora