Capítulo 3

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P.O.V. Emma

- Onde?- perguntei com as sobrancelhas franzidas. Ele voltou a suspirar.

Calum- Temos de ir ao advogado.- afirmou com a voz trémula.

- Para quê?- arregalei os olhos. Calum começou a chorar e a soluçar e eu, automáticamente, por vê-lo naquele estado, comecei a chorar silênciosamente com alguns soluços também. Levantei-me para o abraçar e, quando o fiz, ele escondeu a cara no meu cabelo e eu no seu peito. Começou a fazer-me festas na cabeça e eu, cada vez, apertava-o mais contra mim.

Calum- Temos de ir tratar da tua guarda...- soluçou contra o meu cabelo.- Sabes, ainda és menor... E... Os nossos pais...- ele já estava a chorar exageradamente e eu também.

- Quem vai ficar com a minha guarda?- tentei dizer, embora entre soluços. Calum chorava mesmo muito.

Calum- Sabes, eu sou maior de idade... Mas se quiseres que seja outra pessoa, por mim tudo bem, eu não fico zangado, sabes...- sussurrava, já com a cara à frente da minha, e eu interrompi-o.

- Não sejas parvo! É óbvio que quero que sejas tu!- Calum limpou as suas lágrimas e as minhas também.

Calum- Sabes que te amo muito, certo? Nunca ligues às merdas que eu faço, sabes que, independentemente do que eu fizer, eu vou-te amar para sempre, e isso é inevitavel. Ser do mesmo sangue não quer dizer nada, não é isso que vai decidir se estamos unidos ou não. Tu és a minha irmãzinha e sempre vais ser, mesmo quando tiver 60 anos. Eu vou tratar muito bem de ti, vou dar o meu melhor e não vou deixar que nada de mal te aconteça. O mundo, por vezes, é injusto. Aconteceu algo que vai mudar para sempre as nossas vidas, mas, mais cedo ou mais tarde, sei que o vamos ultrapassar. Temos de ser fortes, os obstáculos da vida servem para nos fazerem fortes e, quando tudo parece estar errado, acontecem coisas boas na nossa vida. Podem não nos fazer esquecer o que aconteceu, mas certamente nos animarão a pouco e pouco. Contamos com a ajuda de pessoas que nos adoram. Podes contar com a minha ajuda e podes sempre contar. Sabes que sou o teu irmão mais velho e podes falar comigo sobre tudo. Eu percebo-te e simplesmente quero o teu bem sempre. Não quero que me encares como um pai, mesmo que esse lugar seja impossível de ser substituído, tal como o de mãe, quero que vejas em mim, além de irmão mais velho que te ama até ao infinito e do infinito até aqui, um melhor amigo com quem podes sempre contar e a quem podes sempre contar tudo e falar de tudo.- Calum finalizou.

Eu não tenho palavras para depois deste discurso. Simplesmente abracei-o com toda a força que tinha, tanta força que ele se desiquilibrou e quase cai-mos ao chão. Foi a coisa mais bonita que eu já ouvi.

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Olá!! Aqui esta mais um capítulo! Espero que estejam a gostar!! Gostava de ouvir as vossas opiniões!! Beijinhos, obrigada!! :) <3

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