o começo do fim

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Tudo que o que Catra estava ouvindo era demais. Sua visão, seu tato, todos os seus sentidos estavam incapacitados. Fora de serviço. Buscou retomá-los, por meio de alguma força interna, mas em vão. Catra havia perdido qualquer energia, mal tinha forças para ficar em pé. As palavras de Adora martelavam na sua cabeça, faziam rodopios, percorriam por toda sua corrente sanguínea, saindo da cabeça até os pés.

Sentou-se no chão mesmo, abraçada aos seus joelhos. Não queria acreditar, e sinceramente, até agradecia por seus sentidos estarem falhando. Pois não queria escutar, não queria ver. Não queria nem estar mais ali. O acordo com DT foi um erro.

Ela conseguia entender os motivos de Adora. Pelo menos é o que dizia para si mesma, buscando se convencer. Ela queria, Adora estava numa situação impossível, Adora não tinha escolha. Ou tinha? Catra acreditava que sim. Devia haver uma saída, devia haver alguma ponta de esperança.


- Você não pode fazer nada? Você...


Mas a vida não era uma história de mocinhas e vilãs. Catra não era mocinha naquela história. Adora não era vilã naquela história. Não era preto e branco. Era cinza. A vida real não fazia sentido, não tinha intervenções e poderes adquiridos de última hora. Mocinhos, se existiam, perdiam. Vilões, se existiam, podiam vencer. E era como Catra estava se sentindo. Adora compartilhava da mesma expressão, da mesma sensação.


- Então você simplesmente vai casar com esse cara? Vai... vai se tornar uma dona de casa? E eu vou sumir de vez da sua vida? É isso? É esse o fim?


Adora ficou em silêncio. Caçava palavras no ar, buscava respostas no passado. Sem sucesso. Tudo o que havia até ali tinha sido em vão. Em tentar reverter a situação. Em tentar impedir tudo aquilo. Não que ela pudesse fazer muito. Mas ela tentou, o céu e o inferno sabem que ela tentou.


- Eu não quero isso. Esse não é o fim pra gente. - Adora sentou-se na sua frente. Catra levantou a cabeça. - Eu vou resolver isso. Nós vamos resolver isso. Mas... não agora. Não como estudantes de Bright Moon, como duas garotas de dezessete anos. Agora, a gente não pode fazer nada. A não ser aceitar.

19 semanas atrásOnde histórias criam vida. Descubra agora