catradora, oito anos depois

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Catra andava receosa pelo salão do hotel. Se fosse a uma semana atrás talvez ela fosse bem melhor atendia, bem melhor requisitada pelos funcionários do hotel. Se fosse parar pra pensar, ela nem deveria estar aqui. Porque hoje, esse hotel era ocupado por atletas. Pela primeira vez as olimpíadas iriam acontecer em Etheria e amanhã seria a cerimônia de abertura. Então Catra não era o foco dos repórteres, das câmeras, de uma multidão de fãs que estavam do lado de fora. Ela era uma mestranda, afinal. Mestrandos não atraem multidões.

Mas ela, assim como todos esses que estavam sendo barrados por um forte esquema de segurança, estava lá para ver os atletas. Uma atleta em específico. Uma estrela em ascensão, aquela que poderia pintar como uma surpresa no time de vôlei de Etheria e trazer a primeira medalha para o país. Aquela que se envolveu em diversas polêmicas, que aumentaram ainda mais sua fama e a fome das câmeras. Revelou-se como alguém de sobrenome importante, perdida em uma cidadezinha, envolveu-se com o rapaz mais desejado da época, não só noivou como casou-se com esse mesmo rapaz. Foi difícil para Catra ver as notícias na TV, ver o casamento ao vivo, com toda a pompa de um casamento real, com pessoas comentando os looks de todas celebridades e figuras importantes que comparecerem. Pior, ouvir comentários de aquele seria o casal de uma geração, que foram feitos um para o outro. Doeu ver o sorriso que ela exibia para as câmeras naquele dia, doeu ver todas as fofocas depois, doeu ver o nome dela ser rebaixado a uma mera esposa.

Mas Catra também teve motivos para se alegrar durante todo aquele tempo. Não é como se elas conseguissem ficar longe uma da outra. A primeira vez pegou Catra totalmente de surpresa, desprevenida. Era ela, na porta de sua casa, nas férias do primeiro ano de faculdade de Catra. Havia conseguido fugir, pelo menos por uns dois dias. E Catra fez questão de recuperar em quarenta e oito horas todo o tempo que ficaram separadas. E voltaram, aqui e acolá, a se reencontrar, quase sempre nas férias da morena. Mas Catra se lembra bem de quando ela se arriscou a noite, no campus da universidade, apenas para vê-la e contemplarem a lua.

E Catra sorriu mais ainda em cada polêmica pintada na TV nos últimos dois anos. Ela, sempre tão diligente, decidiu continuar sua carreira no vôlei, ao contrário do que os Prime desejavam. E do que a mídia também, no início. Ela teve que provar que tinha jeito para o esporte para passarem a admirá-la. E logo depois, talvez ela tenha começado a afrouxar suas defesas, a se expor mais, deixando que os paparazzi a vissem no aeroporto toda vez que visitava Catra. E começando a fazer valer o que seu sobrenome ainda valia. Aos poucos, ela foi conseguindo se livrar da importância dele, para que aquele casamento deixasse de ter sentido para Prime. Ela conseguiu vender o resto dos hotéis, não para Prime, mas para uma rede de empresários rivais. Pouco se importava com o que iriam fazer com aqueles prédios. Decidiu se expor ainda mais, dando entrevistas constrangedoras sobre a relação dela com Jordan e até ajudou um repórter a conseguir provas sobre as noitadas do rapaz, pintando ela como uma vítima, uma mulher traída. Ela queria o caos e conseguiu, enquanto o usava como combustível para crescer mais na sua vida esportiva. E o seu nome e sobrenome, hoje, eram associados ao vôlei. Não mais a uma rede de hotéis. Não mais a Prime. Claro, que todas as essas controvérsias, sempre seria perguntada. E, até hoje, pelo menos, ela não tinha uma resposta a altura se todos aqueles escândalos teriam valido a pena e o que ela pensava sobre eles. Até hoje.

Pois quando ela viu Catra entrar no elegante restaurante do térreo, tinha certeza que agora teria uma resposta.

E quando Catra se aproximou de sua mesa, só tinha uma coisa que a morena queria escutar da boca dela. E depois de oito anos, ela não iria recusar em dizer. Agora sim, ela merecia dizer isso.


- Eu te amo.


Catra respondeu aquilo a altura. Não com um sorriso, não com um eu também, não com um beijo. Respondeu da forma que Catra sempre fez para dizer que amava ela.


- Hey Adora. Quanto tempo?


Oito anos não eram nada para o resto da vida que as aguardavam.


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A/N: e finaaaaalmente chegamos a um fim. sério. eu nunca pensei que ia terminar essa fic, porque no meio do caminho deu aquela desmotivada monstra de toda long-fic (e nem é tão longa assim, 18 cap só). mas, no problemos, porque já tem outra engatilhada (alerta gatilho). só que nessa nem de longe vai dá pra ter upload diário porque o só o primeiro cap tá um monstro. amanhã eu posto.

obrigada a todos que acompanharam e comentaram. vcs sao top. for real.


~spacibo

19 semanas atrásOnde histórias criam vida. Descubra agora