Capitulo 4

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-POV Catherine.

Rodo as chaves na porta e abro-a.

- Mãe cheguei! – falo alto para que me possam ouvir.

Ninguém me respondeu. Subi as escadas até ao meu quarto, pousando as coisas. Começo a ouvir uns barulhos estranhos vindos do quarto da minha mãe.

- Mãe!? – murmuro caminhando até à porta do seu quarto fechada.

Encosto-me à mesma ouvindo, soluços? Estará a chorar? Entro sem bater e vejo a minha mãe sentada na cama de costas para a porta. Corro até ela abraçando-a e beijando-lhe a face molhada de lágrimas.

- Mãe, que aconteceu? – pergunto mais preocupada que nunca começando também a chorar.

Ela pega uma carta que está no chão, dando-ma com dificuldade. Eu pego nela começando a ler. As lágrimas escorriam compulsivamente pela minha face, tanto de tristeza como de raiva.

- Mãe, olha para mim! – ela o fez continuando a chorar. – Nós vamos, todos juntos, resolver isto, ouviste? – ela assente chorando compulsivamente, abraço-a o mais forte que consigo.

As lágrimas continuam a cair pela minha face, a raiva já se apoderou do meu corpo, mas eu não posso fazer nada… facho os olhos, pensando que isto é apenas um pesadelo e que no fim vou acordar e perceber que nada disto foi real, mas quando abro os olhos só vejo a porta do quarto a abrir-se.

- Emily!? O que se passou?! – Roy pergunta bastante preocupado.

Eu estendo-lhe a carta e a minha mãe dá breves gritos de desespero enquanto as lágrimas teimam em cair.

- 1 milhão!? Canalha…! – ele chegasse à minha mãe ajoelhando-se à nossa frente. – Querida, olha para mim… - ele diz segurando-lhe na mão. – Nós vamos resolver isto! Vamos chegar a um acordo com o banco, vamos conseguir pagar isto e vai ficar tudo resolvido! Deixa este assunto comigo, ok?

- Não! – a minha mãe fala com as poucas forças que ainda tem. – Não, isto não tem nada a ver contigo, eu não posso deixar que gastes uma fortuna com as asneiras do Liam, não posso! – ela grita roucamente.

- Emily, nós agora estamos juntos! Eu amo-te, e vamos resolver tudo juntos! Sem discussão… - eu coloco a minha mão no seu ombro e ele encara-me, sussurro um obrigado e ele assente.

Ajudei a minha mãe a levantar-se e entreguei-a ao Roy deixando-os descer…

Fui tomar um banho, precisava de pensar em tudo isto…

Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, meti-me debaixo do chuveiro deixando a água escorrer também pela minha cabeça abaixo. 1 Milhão?! Aquele canalha! Aquele canalha a quem eu um dia chamei de pai, que nos fazia a vida num inferno, que batia na minha mãe, que se drogava e chegava a casa completamente podre de bêbado, que nos abandonou do nada... A nós que sempre o tentamos ajudar, que sempre o perdoámos… e o que é que ele faz!? Deixa-nos uma divida de 1 milhão das suas brincadeiras estupidas da bebedeira e da droga, se for preciso, quem sabe, não é o dinheiro que ele deve às prostitutas todas com quem já traiu a mãe! Canalha!

Passei o gel pelo meu corpo, espalhando-o com a mão. Deixei o cabelo molhado cair pelas minhas costas inclinando a cabeça para trás. A água caía sobre a minha face. Esfreguei o cabelo e de seguida retirei com água todo o champô.

Enrolei-me na toalha, vesti-me rapidamente com um pijama, secando o cabelo.

Desci as escadas para saber da minha mãe, mas só encontrei o Roy sentado no sofá a fazer zapping.

- Como ela está? – pergunto sentando-me ao seu lado.

- Eu achei melhor ela ir descansar…

- Sem comer!?

- Eu bem tentei, mas ela não quis comer.

- E tu?

- Bem, não tenho grande fome, comi antes de sair do escritório, sabes como é. – falou com um ar importante e eu ri.

- Já sabes como vais resolver isto?

- Tenho de falar com o banco, vãos chegar a um acordo, em 1 ano aquilo estará pago.

- Como é que vais conseguir pagar tanto? – digo fazendo contas mentalmente.

- Não te preocupes com isso, vamos resolver isto o mais depressa possível, agora é a tua mãe aceitar que eu pague isto tudo sozinho.

- Ela acabará por aceitar, ela sabe que é o melhor a fazer…

- Devias comer. – ele fala sem tirar os olhos da televisão.

- Não mandas em mim! – fiz beicinho e ele riu.

- Vê se comes qualquer coisa, nem que seja um pão com alguma coisa. – ele avisa.

- Eu vou à cozinha. – levanto-me do sofá dirigindo-me à cozinha.

Retiro um pão da cesta, a geleia do frigorífico e espalho dentro do pão com uma faca. Pego nele e vou a comer até à sala.

- Vou subir, estou cansada, foi um dia difícil… - aviso Roy e ele levanta-se.

- Fazes bem Cat. – ele abraça-me beijando-me a bochecha. – Até amanhã. – vejo dirigir-se para a cozinha e decido pica-lo.

- Para quem não tinha fome! – falo um pouco alto para que me ouço.

 - Shhhh, ta calada que eu só vou ver o que há nos armários e no frigorifico. – ele faz-me uma careta.

- Engana-me, que eu gosto. – sorri-o. – Até amanhã, Roy! – digo subindo as escadas nos ápice.

Acabou de comer o pão antes de entrar no meu quarto. Abro a porta fechando comigo lá dentro. Retiro tudo de cima da cama para me puder deitar.

Quando já estou enrolada nos cobertores, mal os meus olhos se fecham, adormeço sem dá conta…

*

Então gente o que estão a achar até agora? Continuo? Obrigado a todos os que estão a ler é muito importante... e gostava de ter mais opiniões gente! Obrigada again!

- Carrot* 

PhotographOnde histórias criam vida. Descubra agora