- POV Edward
Foi uma noite passada em branco na casa da minha mãe. Não consegui descansar com a Catherine ainda naquele hospital. Vi o sol nascer pela minha janela e às 7h45 decidi ir andando para o hospital. Vesti uma roupa mais quente e dirigi-me ao andar de baixo. James encontrava-se sozinho a tomar o pequeno-almoço.
- Bom dia. – cumprimentei.
- Bom dia. Já acordado? - perguntou surpreendido.
- Acho que a pergunta certa seria: "Ainda acordado?". - respiro fundo e juntei-me a ele.
- Estou a ver que não dormiste. Imagino que não esteja a ser fácil. Até me esqueci de perguntar como está a Catherine.
- Ela está a melhorar, em princípio hoje sairá do hospital. Mas psicologicamente não está nada bem, tal como eu, como era de esperar...
- Pois, mas tens de ser forte Edward. Neste momento tens de ser forte pelos dois.
- É. - faço uma pausa. - A minha mãe? - tento mudar o assunto, ainda não estou a saber lidar como esta situação.
- Ainda deve estar a dormir. Eu é que tenho de seguir para o trabalho. – ele diz levantando-se enquanto observa o relógio de pulso.
- É. Eu vou lá dar-lhe um beijinho e depois vou para o hospital. – levanto-me também.
- Força, Edward! – ele deseja. – Até logo. – aceno e vejo-o dirigir à porta de saída.
Quando ouço a porta bater dirijo-me de volta ao andar de cima mais precisamente ao quarto da minha mãe que agora é dividido com o James. Abro vagarosamente a porta vendo o seu corpo deitado sobre a cama coberto por um lençol. Aproximo-me dela que ainda dorme profundamente deixando um leve beijo na sua bochecha.
- Já estava na altura de voltares a ser feliz... - sussurro com um sorriso no rosto.
Deixo o quarto na sua escuridão, voltando a descer as escadas. Pego numa peça de fruta e vou relhando pelo caminho. Decidi, definitivamente ir a pé até ao hospital, demoraria mais tempo, mas também nunca me deixariam vê-la antes das 9h00.
O vento frio gelava-me a espinha mas por outro lado gostava de o sentir bater contra a minha face. Andei sempre com a mesma expressão neutra pelas ruas, mas com uma mente tão barulhenta. Tudo isto que está a acontecer, está a dar cabo de mim. Perdi um filho do qual não tive conhecimento. Agora não será o momento apropriado para falar sobre isso, mas eu quero saber: porque é que ela não me contou? Eu tinha o direito de saber, era o pai, certo?
Cheguei em menos de meia hora ao destino o que já era bom. Faltavam cerca de quinze minutos para a hora da visita. Sentei-me nas cadeiras à porta do quarto à espera da hora certa. Uma espera interminável para mim que estava exausto.
- Edward? Que fazes aqui tão cedo? – apuro os sentidos percebendo que Roy acabara de sair do quarto de Catherine. – Devias estar em casa a descansar.
- Passei a noite em claro. Por isso decidi vir verificar como é que ela está. – digo levantando-me.
- Anda. Precisas de um café. – ele afirma e eu sigo-o pelos corredores até à cafetaria.
Esperamos um pouco por ter alguns médicos fazendo fila à nossa frente. Quando chegou a nossa vez Roy pediu dois cafés que foram servidos em copos descartáveis. Parece que até nos hospitais já aderiram à moda americana. Ele sugeriu irmos até lá fora para apanhar um pouco de ar e eu acompanhei-o.
- Como estás? – Roy pergunta.
- Bem, dentro dos possíveis. – digo dando um gole no meu café.
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Narrativa generale- "When I'm away I will remember how you kissed me Under the lamppost back on 6th street Hearing you whisper through the phone Wait for me to come home." - For the "only one", Catherine. -x- #2 in ficção geral -x- Sigam: Twitter:...