Capítulo 75

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- POV Catherine

No final do almoço todos nos levantamos da mesa começando a sair do restaurante. Estranhei o facto de ninguém se chegar à frente para pagar a conta.

- A conta fica por conta da administração. Não nos temos de preocupar. – Marie esclarece.

Voltamos ao local de trabalho e Anthony pediu-me que o acompanhasse. Visitei outra sala que não conhecia onde algumas pessoas trabalhavam em frente do computador.

- Teremos outra audiência dentro de dez minutos. – vejo-o clicar num botão da impressora. – Veremos como se saí. – ele diz retirando a folha impressa e dando-ma para a mão. Era a situação descrita no papel.

- Espere. Quer dizer que eu vou... - ele interrompe-me.

- Terá o prazer de ocupar o meu lugar. Mas eu estarei lá a observá-la e corrigi-la caso necessário. – ele informa. – Acompanhe-me.

- Muito bem. – murmuro. Não tinha bem a noção do que estava a acontecer. Foi tudo muito repentino! As minhas mãos tremiam um pouco. Eu não podia desiludi-lo agora! Tem calma, vai correr tudo bem...

Segui-o até outra sala onde ele me ofereceu um manto preto, igual ao dele. O qual o vestiu em segundos e eu fiz o mesmo. Comecei a segui-lo até à porta da sala de audiência. Reli o texto que tinha na mão mais uma vez:

"Mark Power acusado de assaltar a própria mãe roubando-lhe todos os bens mais valiosos e cerca de 2.000£ que guardava em casa..."

- Vamos? – Anthony interrompe a minha leitura.

- Sim. – afirmo. Ele abre a porta abrindo-me caminho. Passo por ele entrando na sala. Coloco-me onde a princípio era o lugar dele e ele fica no meu.

Permito aos presentes que se sentem e todos o fazem. Dou início à audiência expondo a situação em frente de todos.

- ...Por favor, pode defender-se. – dirijo-me diretamente a Mark.

- O meu cliente não está autorizado a falar. – o seu advogado impõe-se.

- Mas eu gostava de o ouvir. Por favor... - peço para que o acompanhem até à frente. – Por favor, defenda-se. – o homem moreno olha-me.

- Só falarei com o meu advogado. – ele indica.

- Muito bem. Dirija-se de novo para o seu lugar. Passaremos de imediato para as testemunhas.

- Mas meritíssima... - interrompi-o.

- Desculpe. O seu cliente recusou-se perante a justiça suprema a falar! E a justiça suprema decide que passaremos para as testemunhas! – ele senta-se contrariado. – Por favor chame as testemunhas. – ele volta a levantar-se.

- Eu gostaria de chamar Samanta Parker, noiva do meu cliente que pode alegar que o noivo esteve toda a noite em casa.

- Muito bem. Diga o que tem a dizer. – dirijo-me à mulher loira.

- Eu e o meu noivo tivemos um jantar romântico nessa noite, foi ai que ele me pediu em casamento. – ela olha para o seu anel. Aquilo valeria muito. – Nós jantamos e depois estivemos juntos a falar um pouco sobre o casamento enquanto bebíamos vinho que ele comprou para aquela noite. – está mulher era um pouco ingênua. - Depois fomos dormir, por volta da meia-noite.

- Por isso pode garantir que o seu noivo esteve consigo o tempo todo.

- Sim. – ela responde com toda a certeza.

- Muito bem. Pode voltar para o seu lugar... - fui interrompida por Anthony que me deu a indicação que iriam entrar duas testemunhas contra o arguido. Nesse momento a porta lá do fundo abre-se mostrando duas mulheres e um homem bem vestido. – Anuncio a entrada de duas testemunhas, Kate Power, irmã de Mark e Jennifer Walker, uma vizinha. Iram ambas testemunhar. – olho para o homem bem vestido. – E o senhor é?

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