18. Thomas

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Thomas sorrir de lado, começando a limpar a louça suja e eu pego o pano para secar.

- Bom, vou adorar lhe contar, mas se achar entediante só me pedir que eu paro. - Thomas passa a água em um prato e me olha me fazendo sorrir animada. - Antes de entrar na pirataria, eu morava com minha mãe, meu padrasto e meus dois irmãos mais novos. Éramos felizes. Enquanto minha mãe era empregada de uma fazenda chamada Green Pasture, uma mulher tão doce e gentil, que possui o sorriso mais lindo e bondoso, meu padrasto era um soldado, um homem justo e gentil, que fazia o bem a todos.

- Queria ter tido essa mesma sorte. - Suspiro pensando em meus pais e recordando dos poucos momentos bons, que se tornaram esquecidos no passar nos anos infelizes que eu tive.

Minha mãe não sorria mais verdadeiramente e meu pai, só o vi sorrir uma vez para mim, uma única vez, quando eu tinha 7 anos de idade, o dia que quase quebrei o braço quando cavalgava no cavalo.

- Ela vai ficar bem, doutor? - Minha mãe pergunta ao lado do meu pai que tinha um semblante sério enquanto eu estava deitada na cama.

- Não se preocupe, ela apenas torceu o pulso. Logo ficará bem para voltar a cavalgar. - O médico sorrir para mim e acabo sorrindo fraco.

Depois de se despedirem do médico, minha mãe se aproxima de mim.

- Estou aliviada por não ter acontecido o pior com você, querida. - Ela carência minhas bochechas com sua mão quente e macia.

Sorrio fraco.

- Será que vou poder voltar a montar a cavalo, mamãe? Estou com medo de cavalgar novamente.

- Isso só depende de você, Ellie. Mas não deixa que esse medo de consuma.

Balanço a cabeça para minha mãe que sorrir para mim.

- Mas ela vai voltar a cavalgar a cavalo, sim. - Meu pai afirma com uma voz um tanto firme e um olhar rígido mostrando que novamente não tenho escolha.

Então minha mãe suspira se levantando e logo depositando um beijo em minha testa.

- Durma bem, querida. - Ela se afasta com seu jeito gracioso, saindo pela porta.

Então meu vai atrás dela, mas antes dele sair pela porta, ele vira a cabeça em minha direção.

- Sei que vai voltar a cavalgar, pois eu te conheço melhor que ninguém e sei que minha menina é muito corajosa. - Meu pai revela me dando um sorriso afetuoso que me faz abrir um grande sorriso também.

Logo ele sai, fechando a porta.

Foi a última vez que Carl sorriu para mim. Agora ele me quer morta.

- Eu sinto muito pela vida que teve. - Escuto Thomas falar atraindo meu olhar.

- Está tudo bem.- Sorrio fraco. - Por favor, continue sua historia, Thomas. Sinto que será emocionante.

Thomas sorrir fraco, voltando a contar:

-Nem tão emocionante assim. - Suspira. - Meus irmãos mais novos, Pietro e Maurício, eram crianças alegres, que sempre possuíam um grande sorriso no rosto. Enquanto eu, um amante de livros que sonhava em se tornar um professor e até mesmo um grande escritor, trabalhava duro para conseguir pelo menos um pouco de moedas para ajudar minha família.

Dois Corações, Uma Válvula Onde histórias criam vida. Descubra agora