Naquela mesa escura de granito
ele vivia sozinho rabiscando suas letras
tinha delírios animalescos, insanos, sujos
sempre fora um pervertido lunático
Naquela mesma mesa fria de granito
com sua ideias sempre canhestras
vivia a procura, tal uma matilha de sabujos
sempre com seu perfeito ímpeto pragmático
Farejava insatisfeito a vagar pelo mundo
praias, trilhas, matas, acampamentos
até que naquela noite veio a criatura
ela era ele, vestida de saias e cabelos
Pertencia então àquele mesmo submundo
noites, líquidos, gozos, excitamentos
vivia sob a exata mesma temperatura
ele era ela, vestido de membro e pelos
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PoetryJá tenho um livro editado 'Noites em Claro' a venda na Kotter e Amazon. Aqui publico outros poemas não relacionados para divulgar meu trabalho. Espero que apreciem.